quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Predestinado e o Amaldiçoado

Antes de tudo, pedimos desculpas pela atual demora entre postagens. Eu e Elias estávamos envolvidos com a produção do curta-metragem, e agora diante de férias da faculdade, viajamos e tivemos problemas em achar um computador habilitado para a postagem. Mas agora vai normalizar!

E que melhor jeito de voltar à ativa do que falar em Libertadores?

Inter 1 x 0 São Paulo

O Inter derrotou o São Paulo por 1 a 0 ontem, no Beira-Rio, pelas semifinais da Libertadores, e tem vantagem para o segundo confronto, dia 5 de agosto, no Morumbi.

O 1 a 0 ficou barato. O Internacional foi superior durante a partida inteira, mas parou diante da retranca são-paulina. Uma retranca que evidenciou o pensamento de Ricardo Gomes: o São Paulo jogava por uma bola, qualquer empate seria comemorado. A bola não veio, a derrota foi justa.

Celso Roth realmente mudou a cara do time colorado. Em 5 jogos, 5 vitórias. Com a formatação tática renovada, em um 4-2-3-1, o time mantém a solidez defensiva pregada conhecidamente por Roth e busca uma consistência ofensiva apoiada nos três armadores. Pelo menos na teoria. Dentro de campo, um dos armadores puxa como segundo atacante e aproxima-se mais do ataque.

Com essa formatação tática, apostando no Alecsandro centralizado na área, Taison puxando pela esquerda, D'Alessandro pela direita e Andrezinho pelo meio, o Inter foi superior ao São Paulo. D'Alessandro e Taison, especialmente, além de Sandro e Guiñazu, tiveram atuações memoráveis.

D'Alessandro foi o melhor jogador do Inter em campo, desequilibrou a partida, foi o cérebro e motor do ataque colorado. Taison teve mais uma boa atuação com Celso Roth, confiante, ousado e participando inclusive do gol de Giuliano. Ah, e Giuliano? Se Andrezinho destoava dos outros dois armadores, Giuliano entrou para "simplesmente" marcar o gol.

Lembram do gol contra o Estudiantes? Giuliano já tinha colocado o time nas semifinais, e, agora, com esse gol, coloca o Inter no caminho da final e continua na luta pelo bicampeonato. Realmente, Giuliano é o predestinado colorado. E se ele é predestinado, Rogério Ceni, o único jogador de menção digna no time são-paulino, é o amaldiçoado. O jogador, em mata-mata, já jogou 5 partidas contra o Internacional e não venceu nenhuma. Já perdeu o título, agora pode perder a vaga na final.

O Internacional está com a vaga em mãos. Se repetir a performance do Beira-Rio contra o São Paulo no Morumbi, estará na final e será favorito contra La U ou Chivas. Se voltar às péssimas atuações fora de casa do início do ano, voltará sem a vaga para Porto Alegre. Alguém duvida deste Inter renovado? Eu não.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Die Packung



Parte 1
Parte 2
http://www.youtube.com/watch#!v=gxXXT1kIejA&feature=fvw

Primeiramente este post se tornará auto-explicativo no momento em que vocês acompanharem nosso trabalho. ''Die Packung'' - O pacote em alemão - é um curta-metragem produzido para uma disciplina da faculdade.

Uma vez que é uma chance única produzir algo assim, resolvemos fazer com qualidade, o resultado está aí, depois de muito problemas para entrar no YouTube, o Roberto se esforçou muito para estar no ar, infelizmente perdemos parte da trilha sonoram, mas em breve estará no 4shared a versão completa.

Com roteiro de Roberto Zambonato e produção minha e do Roberto também, tivemos uma grande contrubuição de Leandro Lopes, que fez esse trabalho se tornar possível. Além disso temos versão em dvd, com muita mais qualidade, querendo é só nos contactar.

Foram semanas de trabalho, mas gostamos muito do resultado. Espero que gostem.

domingo, 11 de julho de 2010

FINAL



É chegada a hora. Teremos um campeão inédito na seleta Copa do Mundo futebol.

A Holanda, digo faz tempo, já merecia estar com uma taça na prateleira, principalmente por 74 e 78, onde acabou perdendo a final para os anfitriões. A laranja ainda teve duas grandes gerações, uma no final dos anos 80, com Gullit, Van Basten e Riijkard, a outra no meio dos anos 90 com Berkamp, Davids, Kluivert e os irmãos De Boer.

Nesta edição o futebol não está bonito e vistoso como antigamente, mas está com cara de vencedor, é a única equipe 100% na Copa, porém depende demais de Snjeider e Robben, ainda sujeita a partidas ruins de seu centro-avante Van Persie.

Já a Fúria nunca teve tradição em Copas, tanto que está chegando pela primeira vez numa final. Lembro dos times dos anos 90, com base do Barcelona e alguns jogadores do Real. Sempre com times envelhecidos e de pouca chegada.

Este ano é diferente. Um time, jovem misturando experiência, mas acima de tudo, uma das melhores equipes de futebol dos últimos anos. Toque de bola já mais visto, velocidade, beleza e encanto. No meio campo, jogadores que seriam titulares em qualquer equipe do Mundo são reservas na Espanha.

Resumindo: O time da Espanha é melhor, mas isso não a candidata a favorita, uma vez que numa final o emocional também vale e a Holanda quer encontrar algo que perdeu no passado.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A nova dinastia



Antes de tudo venho peor meio deste dizer que o blog está mesmo parado, semana de provas, e algumas novidades que virão em breve.

Ma venho falar de basquete, confesso que estou alegre e temeroso ao mesmo tempo. Dando uma breve explicação, o basquete tem um limite de salários, um teto, o que impede uma equipe ter todos os melhores jogadores, além do draft que tembém premia as equipes menores.

Mas dessa vez aconteceu. Vários dos melhores jogadores da NBA se tornaram agentes livres nesse verão. Era o caso de Dwayne Wade, Cris Bosh e LeBron James. Cada um é craque, mas joga em equipes que não disputam títulos. Bom, eles dicidiram se juntar, foram todos para o Miami Heat.

Isso mesmo, Wade, Bosh e LeBron James juntos, e não é All Star, é Miami Heat. Fico feliz por poder ver uma máquina. Mas fico triste por poder ver uma dominação, coisa que não há no basquete.

Claro que o time pode não dar liga, como o Real Madrid fez no futebol várias vezes. Além de que ainda falta um pivô ao Miami e com esses três o CAP irá estourar e o resto do time será baba, mas o provável é que nos próximos anos vejamos várias finais entre Lakers e Heat.

* Enquanto isso a COPA chaga ao seu final, em breve cobertura completa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Lições da Copa - Uruguai e Holanda


O Uruguai chegou à copa do mundo talvez como o menos badalado dos times sulamericanos.
Também, conseguir a vaga na repescagem num jogo dramático contra a Costa Rica e cair num grupo com México, França e o país anfitrião, Africa do Sul, não é exatamente o tipo de coisa que faz as pessoas apontarem você como um pais candidato à alguma coisa.


Mas não é apenas por isso que muitos esperavam pouco da celeste.

O problema é a decadência que vive o futebol urguaio. Estamos falando de um país que não chegava à uma semi-final há 40 anos, de um país aonde o campeonato nacional tem média de 4.400 pessoas por jogo, sendo que mais de 40% dos jogos registram público pagante inferior à 1.000 pessoas. Se trata de um país aonde seus principais clubes, Nacional e Penharol, não são nem sombra do que ja foram um dia, e mostram-se presas fáceis para qualquer clube brasileiro que cruze o seu caminho.



É por tudo isso que se olhava torto para o Uruguai na copa.



Não mais...



A derrota de hoje para a Holanda era uma coisa previsível. O time laranja era teoricamente superior, alem do mais, os desfalques de Lugano e Suarez pesavam muito contra a equipe celeste.

Mas o que fica não é a derrota de hoje, e sim a brilhante campanha realizada até aqui.

Cair na semi-final para um time como o da Holanda não é nenhum problema. Perder ou ganhar é do esporte, o que conta no final é a maneira como se ganhou ou como se perdeu. O Uruguai cai de pé, caiu honrando às suas tradições, jamais perdeu por que quis menos do que o adversário, simplesmente esbarrou em um adversário que é superior. Vai disputar honrosamente o 3° lugar e será pedreira tanto contra Alemanha ou contra Espanha.

O Uruguai conseguiu recuperar um pouco do seu prestígio, não apenas em relação à seus adversários, mas em relação à seu povo, que ama futebol, e não comemora nada há muito tempo. Os uruguaios voltaram à sorrir por causa de futebol, e não é a desclassificação na semifinal que vai tirar isso deles.
É um país bicampeão mundial, que tem times com mais conquistas de libertadores do que qualuquer time brasileiro.
Espero que em um futuro próximo o Uruguai volte a ser temido como na primeira metade do século passado, embora tenha certeza que nas próximas competições como a Copa América que vêm por aí ano que vem, não passará desapercebido.


Se ergue Uruguai! E volte para o lugar de onde nunca deveria teres saído!




Holanda, o time pragmático, burocrático, do futebol não tão bonito assim, está na final.

O técnico holandês Bert van Marwijk sempre disse que a holanda encantava e não ganhava. Colocou em sua cabeça que o time tinha que ser forte defensivamente para poder sair campeão. Abriu mão de varios conceitos implantados no futebol holandês principalmente depois do carrocel de 74, montando um time que marca forte atrás e espera seu adversário. Claro que alguns conceitos seguem, como os três atacantes por exemplo, mas se compararmos com as "Holandas" mais recentes, pegando principalmente a de 98, que tinha um excelente time e foi semifinalista, veremos que a seleção atual joga muito diferente.

É um time obediente, que sabe como quer jogar e não se importa com jogadas bonitas e tabelas envolventes, quer apenas, vencer.

Esses dois últimos paragrafos poderiam muito bem se referirem a seleção brasileira, porém entre a Holanda e o Brasil tem uma enorme diferença. O time laranja não vive só de operários. Tem craques, que fazem a diferença quando jogo aperta. Possui um meia que pouquíssimos times do mundo tem, além de ter um atacante/ponta que tem uma jogada "imparável".
São justamente esses caras que vem decidindo todos os jogos da Holanda.

Um passe perfeito, um drible, desmontam qualquer esquema tático de marcação, ensinar isso para os brasileiros chega à ser paradoxal.

Após a vitória sobre o Urugai o hoje, a Holanda espera pelo jogo entre Alemanha e Espanha, e pode sim, sonhar grande com a chance de ser campeã mundial pela primeira vez.

A geração do futebol total chegou à duas finais encantando e perdeu...

Viva o futebol pragmático e de resultados.


*Amanha, se a Espanha ganhar, teremos um campeão inédito no domingo, o que seria ótimo para o futebol mundial, ainda mais se tratando de Holanda ou Espanha, duas grandes seleções. Porém à sombra das duas está a bicho-papão (em todos os sentidos possíveis) Alemanha, que almeja sua oitava final e vai em busca do tetracampeonato.



Holanda x Espanha, Holanda x Alemanha?



Façam suas apostas, vem aí World Cup Finals!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

E você, é jogador?

Um passe genial para o primeiro gol do Brasil, de Felipe Melo, isso mesmo, passe genial de Felipe Melo para um gol, cerca de 35 metros até chegar a Robinho em profundidade. Tava muito estranho, tinha algo errado.

No segundo tempo faltas desnecessárias, nervosismo e falha no primeiro gol, Além de atraplhar Julio César, Felipe fez contra, um leve toque de cabeça contra sua propria meta. Com isso o time se desestabilizou e foi à ruína em minutos.

Sjneider tomou conta do meio campo, e com o cartão de Michel Bastos, Robben teve mais espaço. No segundo tempo, gol do armador da Inter de Milão, baixinho, nem pulou. Quem o marcava: ele, Felipe Melo.

Mas ele ainda não estava contente, queria mais para apagar seu passe genial. Foi expulos numa jogada infantil prejudicando a equipa pro restanta da partida.
E PVC, da ESPN, discutiu com o volante antes da Copa, perguntando se ele seria o Felipe das boas atuações nas eliminatórias, ou o vaxaminoso volante da Juventos. O jogador se irritou e perguntou se ele era jornalista. PVC fatalizou: "e você, é jogador"

Felipe desligou o telefone e rumou à Copa para fazer isso que vimos. Não foi culpa dele, culpa de Dunga que o convocou e colocou para jogar.


*Em tempo, a Holanda já merece estar no hall dos campeões do mundo desde 1974, pode ser esse ano.

quinta-feira, 1 de julho de 2010


Peço desculpas, em primeiro lugar, pelo hiato acidental. A demanda de trabalhos na faculdade está tirando boa parte do meu tempo e do tempo dos colegas. Em compensação, logo veremos um curta-metragem produzido pela equipe do República Opinativa com o gênio das imagens Leandro Lopes.

Na Copa do Mundo, as oitavas já vieram e foram, e as quartas-de-final começam amanhã, justamente com o jogo da seleção brasileira. Os brazucas encaram a Holanda, em busca de repetir o feito de 1994, em que tiraram a Laranja Mecânica exatamente nas quartas, e acabaram sendo campeões. Detalhe: uma figura em comum nas duas seleções, é, justamente, o técnico Dunga, que era capitão da seleção de 94.

Em outros confrontos, Uruguai pega Gana, o último país da África na competição. O franco favorito é o país sul-americano, mas Gana teve méritos para chegar até as quartas, e não deve ser subestimada. Mesmo assim, acho que dá Uruguai. É bom ver nosso país vizinho se reerguendo no futebol.

Do outro lado da chave, Argentina e Alemanha se encaram no possível melhor confronto das quartas. É fácil apostar que um dos finalistas sai desse confronto. Alemanha é a Alemanha, já tirou a Inglaterra e vem bem montado. Pela primeira vez, o time alemão joga bem. Camisa e futebol? Dá medo. Ou daria, se do outro lado não tivesse a badalada Argentina, até agora um dos melhores times da competição e com um craque, que, afinal, desequilibra. Messi está jogando um bolão e pode fazer a diferença no confronto contra os germânicos.

E o Paraguai, afinal, na melhor campanha da sua história, pega a Espanha. O time sul-americano chegou às quartas com um time bem montado, mas, de fato, aos trancos e barrancos. Dificilmente tira a Fúria. E a Fúria, que encanta muitos por jogar um futebol plástico, ganhou moral ao tirar Portugal, e deve ter o caminho fácil até a semifinal. Será que é dessa vez que a Espanha vai longe? Com Argentina ou Alemanha pelo caminho, eu acho que não, mas, vai saber...