domingo, 28 de fevereiro de 2010

Grêmio garante a taça Fernando Carvalho


Deu o óbvio. O Grêmio venceu o Novo Hamburgo por 1 a 0, com gol de Ferdinando, e espantou a zebra para garantir a taça Fernando Carvalho, "título" do primeiro turno do campeonato gaúcho. Foi difícil e suado, mas a vitória veio.

O jogo mostrou que não seria fácil logo de cara: o Nóia defendia-se muito bem, marcando em cima desde o primeiro minuto. O Grêmio simplesmente não conseguia controlar o Novo Hamburgo, o time anilado havia aparecido com sangue nos olhos e queria levar para casa o caneco. Cada investida tricolor mostrava-se inefetiva.

A competência, no entanto, não era apenas do visitante na tarde quente no Olímpico. O Grêmio defendia-se assim como o Nóia, mais pelas óbvias diferenças técnicas do que pela qualidade do futebol gremista em si. O tricolor jogou apenas o regular. E jogava assim por todo o tempo, até que aos vinte minutos, em uma falta na entrada da área, Ferdinando, o contestado Ferdinando, o vaiado Ferdinando, bateu com força, ajudado por ineficácia do goleiro - que estava em cima da bola mas foi incapaz de defender - e abriu o placar.


Segundo tempo complicado

Se o primeiro tempo foi fraco tecnicamente, o segundo tempo mostrou-se complicado. Não pelas investidas fortes dos dois times ou sua equivalência em campo. Mostrou-se complicado para o tricolor, que chegou ao ponto de ser controlado pelo Novo Hamburgo, que montou uma verdadeira pressão no time da casa em certos momentos da etapa.

Com a experiência dos jogadores mais rodados, o Grêmio conseguiu estabelecer uma distância do Nóia do seu goleiro, buscando acabar com as esperanças de repetir a façanha que havia dado-se nas semifinais, onde o Nóia também começou perdendo e acabou virando para 2 a 1.

Mesmo assim, o Novo Hamburgo aproximava-se cada vez mais do gol de empate. Com Rodrigo Mendes em campo, a equipe foi com vontade para o ataque, e não deu descanso para a zaga gremista. O goleiro Victor salvou um gol feito, tirando com o pé a bola chutada pelo próprio Mendes e que havia desviado em Maurício. Puro reflexo. Espantou, além da zebra, a sina gremista de 2010: o time dos furos da zaga, e, finalmente, não levou gol, fácil acontecimento este ano.

O Nóia ainda foi prejudicado pela arbitragem. Gustavo Papa foi derrubado na área em, ao que me pareceu, pênalti, e ficou apenas na reclamação. Sorte, que, naquele ponto, já dizia muito aos torcedores presentes. O jejum de faixas estava acabando.

Se o futebol não foi o melhor, pelo menos o objetivo foi alcançado, onde o maior trunfo não é nem ter conquistado a taça, e, sim, ter conquistado a vaga para a decisão do campeonato gaúcho. O Grêmio é a única equipe que já tem um pé lá. Será ela a vitoriosa?

Em um mar de rosas, vale chamar atenção para a poluição: quando Fernando Carvalho foi entregar a taça ao time gremista, foi provocado pela torcida tricolor, que, em êxtase, berrava"Fernando Carvalho foi pedalado", lembrando uma agressão sofrida pelo cartola em 2007, no aeroporto Salgado Filho. Desnecessário.

Decisão da Taça Fernando Carvalho


Grêmio e Novo Hamburgo decidirão o campeão do primeiro turno do Campeonato Gaúcho 2010, no Olímpico, às 17 horas deste domingo. O Novo Hamburgo é a grande surpresa da final, tendo eliminado o Internacional em pleno Beira-Rio, por 2 a 1, de virada.

A ordem na Azenha foi o de declarações excitadas pela conquista próxima de um título, o primeiro de muitos jogadores do elenco pelo Grêmio, e o primeiro desde 2007 do próprio clube. Vale lembrar, mesmo assim, que não está nada decidido. O título do primeiro turno apenas garante vaga na final. Não a conquista do Gauchão.

No Novo Hamburgo, os jogadores esperam cometer mais um crime ao derrotar o Grêmio em pleno Olímpico. Ao seu lado, a qualidade do time, que foi montado pensando em, realmente, disputar com força as melhores posições do campeonato, e, contra, a consciência do Grêmio de que não deve ser subestimado. O Inter achou que venceria com um time de reservas e promessas e acabou por ficar no meio do caminho.

O Grêmio vai para a decisão com um time ainda inconsistente, com sérios problemas na zaga, apostando forte no novo ex-são paulino do elenco, o defensor Rodrigo. Victor, além disso, vem numa fase não tão brilhante quanto à que acabou 2009. Toma gols que antes pensavam-se impossíveis, mas continua sendo um goleiro que passa segurança. O Grêmio salva-se mesmo é no ataque.

A frente do time, formada por Douglas, Borges, Jonas e Hugo, que deve ocupar o lugar de Leandro, lesionado, compensa pelas deficiências defensivas. O time, aliás, faz jus ao estilo de Silas: ele é um técnico ofensivo, que aposta alto na criação e conclusão de jogadas trabalhas pelo coletivo.

O Novo Hamburgo jogará contra o Grêmio do mesmo modo que jogou contra o colorado. Ficará atrás, apostando nos contra-ataques e em jogar no caminho deixado pelos laterais gremistas, que terão suas subidas comprometidas. Gustavo Papa, famoso cabeceador, pode ser uma boa alternativa para o Nóia, mas a vitória virá pela força de marcação antes da de criação.

Ao que tudo indica, dará Grêmio. Vacinado pela derrota do arquirrival, o tricolor deve apostar no seu ataque consistente para vencer do time anilado. Mas já deu Nóia contra metade da Dupla GreNal. Poderá o clube repetir a façanha? Eu acho que não. Devemos esperar para ver, porque jogo é jogado, e nada foi decidido ainda.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Empresários, Walter e a Seleção



Aconteceu tudo de repente: Walter decidiu não ir treinar nesta sexta-feira, dia 26 de fevereiro, devido à sua reação a uma resposta do técnico Jorge Fossati, em entrevista coletiva.

Walter teve participação importante na vitória do Inter sobre o Emelec, dando a assistência para o gol de Alecsandro, depois de ótimo passe de Andrezinho. Ao invés de comemorar a participação do seu jogador, Fossati afirmou que ele ainda tinha o que melhorar, afirmação que magoou o atacante colorado.

Decidindo não comparecer aos treinos de sexta-feira, a suposta "revelação" colorada criou atrito com a direção. Não atendeu ligações, não demonstrou sua presença de forma alguma para o Internacional. Agora, fala-se sobre a orientação do seu procurador, Juan Figer, para Walter forçar a venda por desentendimento com a direção. O Inter já negou duas propostas pelo jogador, apostando alto no seu potencial.

Mais uma vez, um homem de fora entra na relação entre um jogador e um time, buscando apenas o lucro, ignorando por completo os desejos em comum das duas partes envolvidas. É comum ouvirmos declarações de jogadores que afirmam que "jogador quer jogar, não ficar treinando". Para que os procuradores forçam esse tipo de coisa, então?

Se Walter for vendido devido a essa confusão, não subirá na carreira e acabará o resto da vida jogando em times medianos. É um jogador com potencial, mas não é completo, ainda tem muito o que evoluir, em treinos, em jogos e encarando situações de pressão. Vê-se, no entanto, que não tem cabeça. São muitos os jogadores habilidosos, que, por não terem condições psicológicas de encarar a carreira acabam sem evoluir, desaparecendo no mercado. E, para piorar, os procuradores se metem no meio.

Haja paciência.

Seleção

Luís Fabiano está machucado e não jogará o amistoso da seleção com a Irlanda - o que não impede nada sua convocação para a Copa do Mundo, o mais garantido dos selecionáveis. Para suprir a falta do camisa 9 titular, Dunga chamou dois: Grafite e Carlos Eduardo.

Vindos do futebol alemão, Wolfsburg e Hoffenheim, respectivamente, são duas figuras novas nas convocações de Dunga. Grafite é chamado pela segunda vez para a seleção, tendo antes apresentado-se em 2005 e marcado um gol. Carlos Eduardo encaixa no padrão de convocados de Dunga.

Não nego a qualidade dos dois jogadores. Acho que ambos tem futebol para estar numa seleção, Grafite mais que Carlos Eduardo. Mas era esse o caso de, depois de dois anos de pressão, chamar Grafite para a seleção sabendo que ele tem muito poucas chances de estar na Copa? Eu sou um dos que sempre apoiou o ex-são paulino, gosto muito do futebol dele. Mas acho desnecessário forçar a cabeça dos dois.

Era mais o caso de ter chamado Pato, que para mim anda jogando mais que o Cadu, e Ronaldinho, não? A dupla anda matando a pau no Milan, inclusive levando o time ao topo para brigar pelo Calcio. Bom, não adianta duvidar dos métodos do técnico. Dunga já provou que tem o grupo na mão, e já levantou duas taças pelo time nacional. É esperar para ver.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Libertadores e a 1ª rodada


Começou mais uma Copa Libertadores da América, curiosamente sem River e Boca e infestada de Brasileiros sedentos pelo título continental. Talvez seja a primeira vez na década que todos os brasileiros entrem com chances de título, ainda adiciono Velez e Estudiantes, fora isso é zebra.

Grupo 1: O favorito mostra suas garras

O timão começou levando gol logo de cara, mas sobe controlar bem a partida e em duas jogadas parecidas Elias veio de trás e marcou duas vezes para concretizar a vitória do time paulista. Com o elenco que tem o Corinthians é o favorito da competição mas terá que aprender a joga-la, dessa vez o adversário foi fraco mas da próxima o timão terá que jogar mais.

Grupo 2: São Paulo é tradição

O bom é se agarrar ao título de tradição na competição, porque acredito que este seja um do times mais fracos do São Paulo nos últimos anos. Ganhou semana passada mas não jogou bem.

Grupo 3: Estudiantes cambaleia

O atual campeão da competição tem dois jogos e três pontos, foi goleado na semana passada mas manteve a base e tem um time muito forte.

Grupo5: Colorado supera ansiedade

Foi sofrido suado e embaixo de muita chuva que o Inter ganhou do Emelec, jogo truncada e difícil, o Inter não se apresentou bem e se mostrou nervoso. Mas o grupo é fácil e o colorado não deve ter problemas para se classificar.

Grupo 7: O grupo da morte

Aí está. Um grupo com dois candidatos à título. Velez e Cruzeiro vão se alternar na liderança da chave. O ataque é arrasador mas a defesa é fraquissíma e o azulão preocupa.

Grupo 8: Império do amor

Grupo fácil para o Flamengo que sobrou no Maraca. Resta saber como o time vai se comportar fora de casa. Léo Moura parace estar em grande fase.


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vermelho, a cor do sangue



Vermelha foi a vitória do Internacional sobre o Emelec, no Beira-Rio, pela estréia do colorado na fase de grupos da Libertadores 2010. Vermelho sangue. Vermelho raça. Começou perdendo, com um gol aos três minutos do segundo tempo, mas achou o caminho da vitória em um golaço de um chute espetacular de Nei. Consolidou os três pontos com Alecsandro, depois de uma ótima jogada coletiva.

O Inter mostrou mesmo à sua torcida que veio para lutar com unhas e dentes pelo bicampeonato da Copa Libertadores. Os quase 40 mil torcedores viram um time nervoso no primeiro tempo. Ansioso. Errava muitos passes, não tinha jogadores o suficiente na frente para finalizar com precisão. Tudo piorava devido à marcação eficiente do Emelec.

Como Fossati havia dito, o time equatoriano jogava nos espaços deixados pelos gaúchos nos ataques. O Inter exagerava no passe longo, errava muito na armação de jogadas, quando acertava os zagueiros e volantes do Emelec tiravam como podiam. Constantemente, inclusive, apelando para a violência. O Inter queria claramente decidir com uma pressa desnecessária. E o Emelec contentava-se em esperar e fazer uma catimba fora da realidade. Até lateral virava minutos gastos.

O primeiro tempo foi marcado pelos erros. De digna menção, Nei, que foi parte das principais jogadas de flanco e atuou com qualidade durante toda partida. Edu também mostrou boa técnica. Segurava muito bem a bola, mas recebeu marcação em cima. Aos 21 minutos, deu um passe caprichado para Nei que valeu por dez. Na mesma jogada, Nei ajeitou para Sandro, que teria realizado um chute calibrado não tivesse sido empurrado por um jogador equatoriano.

E se os equatorianos apelavam para a marcação e contra-ataques, não era por falta de qualidade nos dois fundamentos. Técnica faltava. Talvez apenas o camisa 10, Rojas, demonstrasse alguma. Mas é um time bem montado. Marca sem erros, busca impedir o jogo do adversário para fazer o seu. Bate muito, catimba como se não houvesse amanhã, mas, no geral, é um time que poderá incomodar ainda na Libertadores.

O segundo tempo começou com declarações inspiradas dos jogadores colorados. Vontade nunca faltou. Faltava era qualidade, ou até calma. Onde se viu futebol foi do lado do adversário. O Emelec assustou a torcida aos três minutos, com um gol que teve colaboração direta do mal posicionamento da zaga. Abbondanzieri não deve levar a culpa, o jogador entrou completamente livre e fez apenas seu trabalho.

Até os dez minutos da etapa, só dava Emelec. O Inter começava a se achar. Aos poucos. Mas Nei resolveu acelerar o processo, e, aos 11, mandou um balaço de fora da área, cheio de efeito, que entrou no ângulo do goleiro Elizaga. Explosão no Beira-Rio. Inter 1, Emelec também 1.

O Internacional passou a dominar. Mas algo faltava. Fossati resolveu substituir e tirou Nei, que sofria com as faltas, para a entrada de Taison. Taison deu uma nova movimentação para o ataque colorado, colaborando para infernizar a zaga pelo lado esquerdo do campo. Teve boa atuação, algo que faltou no segundo semestre de 2009.

Não satisfeito, Jorge Fossati ainda trocou duas vezes. Andrézinho entrou no lugar de Giuliano, que errava passes e não fazia uma partida iluminada - por sinal, Giuliano necessita de um companheiro na armação, ao lado de D'Alessandro, rende maravilhas, mas sozinho não é o mesmo. E Walter entrou no lugar de Edu, que cansou.

Domínio não é equivalente a pressão, e, realmente, o Inter não chegou a pressionar nem a demonstrar uma busca incessante pelo gol. No geral, a partida foi fraca tecnicamente. Foi lutada, foi corrida, e já no fim do segundo tempo, os jogadores que entraram resolveram trabalhar. Tudo começou com Sandro. O volante colorado pegou a bola, entrou na zaga e fez a festa. Ninguém tirou a bola do guri. Ele encontrou Andrezinho, que deu um passe espetacular para Walter. Walter, na frente do gol, encontrou Alecsandro ao seu lado. O camisa 9 colorado marcou e foi comemorar.

Num jogo debaixo da chuva de Porto Alegre, faltou futebol, sobrou nervosismo, sobrou cera, sobrou violência. Mas na hora que precisava, o Inter teve raça, teve a vontade de vencer. Para os que gostam de coincidências, o time de 2006 era assim. Não aceitava perder. Será, que, de verdade, a busca pelo bi começou? Será que, no fim da Copa, veremos vermelho?

A busca pelo bi começa hoje!


Acabou o recesso, o ano de verdade começa agora para a nação colorada. E para o blog República Opinativa, que promete acompanhar a Libertadores mais a fundo, inclusive buscando aumentar a equipe para dar conta e manter a qualidade que buscamos sempre.

E não podemos deixar de dar destaque para o futebol gaúcho. Representado pelo Internacional de Porto Alegre nesta Libertadores, vamos torcer para mais um ótimo ano para o Sul do país.

O Inter estréia hoje, contra o Emelec, do Equador, buscando já os primeiros três pontos em casa. Favorito para acabar o grupo em primeiro, o time tenta apagar a campanha ruim de 2007, em que defendia o título e não conseguiu passar da primeira fase.

Primeiro, vale lembrar que o Inter ignorou o primeiro turno do Gauchão para apostar tudo no primeiro jogo da Copa sul-americana. Pagou o preço, e está fora da final em, provavelmente, a pior atuação do time em 2010 até agora. No entanto, os torcedores esquecerão completamente com um começo bom no seu maior objetivo da temporada, o bicampeonato da competição internacional.

E se "internacional" o colorado já tem no nome e na competição que disputará, o elenco vem para afirmar isto. Com Pato Abbondanzieri, Bruno Silva, D'Alessandro, Guiñazu e Sorondo, o clube buscará repetir o feito de 2006, calibrado pela experiência dos jogadores cisplatinos e no seu espírito e vontade em buscar o título.

Além dos jogadores, vale destacar Jorge Fossati, o técnico uruguaio que veio com suas convicções e nome em alta no cenário do continente. Já deixou avisado: "O Emelec tem jogo curto interessante. Se deixarmos espaços, é perigoso." No último treino antes do confronto, os jogadores ainda capricharam no rachão. Mostraram vontade, calibrada pelo motivador Evandro Motta.

Parece que tudo está pronto. O Internacional estreará na Libertadores 2010 contra o Emelec às 21h50 desta terça-feira, 23 de fevereiro, com apenas uma palavra em mente: Bicampeão.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O craque voltou


Em terra de cego quem tem um olho é rei. No Brasil de Pelotas, hoje, o ditado se encaixa. E para delírio da torcida. Para alegria da direção. E para o alívio do novo treinador, Cléber Gaúcho voltou. Ele está recuperado. Após três jogos horrorosos e nenhuma vitória, o rubro-negro tem na quarta-feira a missão de alcançar os primeiros três pontos e para isso conta com a volta do meio-campista.

Cléber não é craque. Nem mesmo no auge da carreira chegou a ser. Mas com o atual elenco desempenha este papel. Ainda não jogou em 2010 uma partida oficial, porém, não há riscos em dizer. Atualmente ele é craque nesta péssima equipe. Sem dúvidas, não esqueceu a forma de tratar a bola. "Conhece os atalhos do campo". Tem técnica de sobra. Prova disso foi dada poucos dias atrás. O homem treinou a equipe durante o período sem treinador. É diferenciado...

Em uma equipe sem sintonia, incapaz de organizar jogadas, Cléber será o homem que irá trabalhar a bola. Empurrar o time para frente e cadenciar quando houver necessidade. Até agora o Brasil se mostrou um time "esculhambado". Uma esculhambação total. Sem reforços, por enquanto, Cléber será o responsável por amenizar as dificuldades da equipe. Elas continuarão.

Mudanças

O começo do post indica o descontentamento com o rendimento do atual time. É fato. É um time terrível. Tonho Gil ainda poderá dar chances para Kleyr, Ney Santos, entre outros. Poderá também se arrepender. Assim como posso me arrepender em dizer que os mesmos não são jogadores capazes de vestir a camisa vermelha e preta.

Como se viu, o grupo não mudou. O técnico saiu, o Departamento Técnico-Científicou também se foi e o gerente de futebol, Luiz Parise, deixou o clube. Cada um tem pouco - uns mais, outros menos - de culpa. Entretanto, são os jogadores os maiores culpados. É impossível demitir tanta gente ao mesmo tempo. E por isso os atletas permanecem no Bento Freitas. Embora ainda estejam aqui, alguns devem ter um prazo de validade curto. Para isso, basta chegarem outros jogadores para substituí-los. Afinal, não há condições de continuar assim.

Não tenho opinião formada em relação as demissões. Não sei até que ponto será possível extrair futebol de alguns jogadores. Muitos são limitados. É possível tirar leite de pedra? Ou estou enganado e o time apenas não se acertou ainda? Estou quase convicto de que haverá necessidade de mudanças no elenco. Tonho Gil descobrirá para mim.


Foto: Carlos Insaurriaga

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Jogo dos 6 erros



Não foi um domingo comum, o Botafogo de Joel Santana foi campeão da Taça Guanabara, o Palmeiras, em péssima fase, ganhou do São Paulo com dois gols de Robert e o Inter conseguiu a façanha de perder para o Novo Hamburgo em casa.

É claro que o time do NOIA teve seus méritos, mas méritos de aproveitar todos os erros.

Erro Número 1: Federação Gaúcha de Futebol transformou séries A e B numa zona, fazendo os times jogar de dois em dois dias.

Erro Número 2: Visando a Libertadores o Inter botou o time B com alguns jogadores do grupo considerado principal, que estavam claramente desmotivados. Andrezinho se arrastou em campo.

Erro Número 3: Jorge Fossati escalou dois Centro-avantes juntos, com exatamente o mesmo estilo de jogo, ocupando os mesmos espaços, insistindo na jogada de pivô que não deu certo nem com Kleber Pereira tampouco com Leandro Damião.

Erro Número 4: Escalar o Wilson Mathias na zaga.

Erro Número 5: O penalti bizarro que foi marcado pelo fraquíssimo árbitro pelotense Jean Pierre Lima

Erro Número 6: Tirar Josimar, um dos poucos inspirados junto com Muirel, e botar mais um centro-avante, isso mesmo TRÊS CENTRO-AVANTES.


O time do Vale dos Sinos pouco tem a ver com os vacilos de Federação, Inter, Juíz, Fossati e Cia. Jogou melhor e mereceu o resultado.

Gilmar Iser percebeu que a defesa colorada jogava em linha e colocou dois atacantes de volocidade, tirando seu centro-avante. Deu nó no Uruguaio Fossati.
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CURTAS

* O Grêmio passou fácil pelo Interzinho e não deve ter problemas para levantar a taça do primeiro turno. Mostra eficiência e potência no ataque, inconstância no meio e deficiências defensivas, mas começa a ter contornos de um time bem entrosado. Victor está num rara má fase, mas nada que vá tirar sua vaga na Copa.

* Borges tem 11 gols na temporada e é o maior artilheiro no Brasil, está em grande fase.

* Ronaldinho deu show DE NOVO, na vitória de 2 a 0 sobre o Bari. Abre o olho Dunga! O dentuço tá jogando demais.

* No Rio deu Botafogo e o Império do Amor tá mais para paixão de carnaval.

* O Brasil de Pelotas trocou de treinador, sai André Luis entra Tonho Gil, e como sempre a corda rói para o lado mais fraco. Quem consegue trabalhar com apenas 3 jogos?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Os contestados



Entre os times grandes do Brasil, é difícil indicar uma mais amadora do que a do Palmeiras. Já ficara visível com Luxemburgo, agora é certeza com Muricy.

O técnico, tri-campeão brasileiro com o São Paulo, conhecido pela força de seu trabalho e idéias táticas concretizadas, foi demitido do clube alviverde por ter perdido contra o São Caetano por 4 a 1 em pleno Palestra Itália. Agora, ocupa a oitava posição no campeonato paulista, e Antônio Carlos é o técnico escolhido para substituir Muricy Ramalho.


Chega a ser uma piada. A diretoria do Palmeiras traz técnicos estelares para dirigir times fracos, sem caráter, marcados pelas carências no banco de reservas e até em campo. Ou alguém aqui não concorda que a zaga de 2009 do time era ridícula? O único motivo que chegou a liderar o Brasileirão por tantas rodadas foi seu meio-campo sólido.

E mesmo com tantos defeitos, esperam milagres dos seus técnicos, que transformam em seres contestados da noite pro dia, devido a uma derrota que, em um elenco bem montado, poderia até ser normal. Um acidente de percurso. Haja profissionalismo, heim?

Outro contestado no momento é Ferdinando.

Xodó de Silas, o volante gremista é o principal alvo das vaias da torcida, sendo criticado por seus erros de passe e deficiências técnicas. Afirmando que ignora as vaias, Ferdinando defende que não está no time apenas porque foi indicação de Silas. Mas é difícil de acreditar, ao observar as suas limitações em campo.

Ferdinando começou a jogar futebol profissional aos 21 anos. Não teve trabalho de base. Silas o tem como um talismã. Muitos técnicos apostam em certos jogadores para ser uma das suas bases no time, o homem de confiança em campo. Mas agora Silas está no Grêmio, não no Avaí. E todos sabemos as diferenças de tamanho entre os times. No Grêmio, há outras opções mais qualificadas. No Avaí, não.

Com a concorrência crescendo - William Magrão voltando ao time, Adilson recuperando-se - é provável que Ferdinando vire reserva. Daí não há problema. Como reserva, provavelmente é bom para suprir uma eventual ausência. Mas já ficou claro que não é um jogador técnico. É um novo Edinho, que, no Inter, foi conhecido por ser limitado, mas apostar na marcação.

Edinho, por sinal, que está no Palmeiras hoje. Que acaba de derrubar o contestado Muricy. Será que é a hora de Ferdinando cair também?

O último contestado que tem sua vaga ameaçada é Lauro, goleiro colorado.

Pato Abbondanzieri, histórico goleiro do Boca Juniors, com três títulos de Libertadores no currículo, chega ao Internacional interessado em um tetracampeonato. Obviamente, veio para ser titular, e provavelmente será, vendo pela reação da torcida quanto às falhas recentes de Lauro e à recepção de Abbondanzieri.

Lauro não é um goleiro ruim, na verdade, é capaz, tem suas qualidades. Mas a torcida pega no seu pé porque Lauro não passa segurança. Não tem atitude campeã, faz suas defesas difíceis mas toma outros tantos gols defensíveis. Clemer gritava, xingava a zaga. Nunca baixava a cabeça. Nunca foi unanimidade, mas, quando precisou defender tudo, defendeu. É isso que a torcida espera de Abbondanzieri.

Já dizia Marcos, o mítico goleiro palmeirense (olha mais um alviverde no post): "Goleiro bom é aquele que pega tudo quando o time precisa e nada quando o time não precisa". É verdade. Contra o Barcelona, Clemer foi perfeito. Contra o São Paulo, pegou tudo. Contra a LDU, uma das defesas mais difíceis da história da Libertadores. Mas contra o Vasco tomou um frango inacreditável. Contra o Grêmio, entregou a bola nos pés de Lúcio.

E mesmo assim, Clemer é o goleiro mais enfaixado do Internacional. O mítico Clemer. Até a chegada de Abbondanzieri. Agora, sob o peso de suas várias conquistas, Abbondanzieri veio ocupar a vaga que Lauro não pode: a de confiança. Ele que veio para encarar o adversário feio, indicar a movimentação dos zagueiros e socar o ar quando o time marcar o gol. Porque nada disso Lauro faz.

Custará sua vaga.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Por que só ele?


Essa pergunta me vem à cabeça cada vez que eu vejo alguma atuação do Ronaldinho Gaúcho.


Quem acompanha o jogador sabe que ele tem feito uma grande temporada, vem sendo o cara para o Milan, e o clube depende totalmente de suas atuações para conseguir resultados satisfatórios.
Ontem assistindo o jogo entre Milan e Manchester pela Liga dos Campeões fui testemunha de uma ótima atuação de “Ronnie”, criou varias chances, fez um gol e deu uma assistência. Hoje fui ver alguns comentários em relação a partida e não pude deixar de notar comentários negativos em relação ao Gaúcho. Dizendo que ele sumiu durante o segundo tempo, que a “única” coisa que fez foi o gol, que não é jogador de grupo e que não merece lugar na seleção.


Aí me vem a pergunta: Por que só ele?

Eu não escuto ninguém abrir a boca para falar uma palavra do Kaká, que não vem jogando nada há tempos.
Vão dizer que o Kaká decide mais que o Ronaldinho na seleção, o que eu discordo. Copa de 2002, Ronaldinho era um excelente coadjuvante, que foi protagonista em dois jogos, contra China e Inglaterra. Copa das Confederações em 2005, Ronaldinho fez uma boa copa e foi o cara da final contra o misto da Argentina. Kaká também fez uma bela copa, também marcando um belo gol na final. Em 2006 os dois não jogaram nada, mas o Gaúcho saiu mais marcado porque era o melhor jogador do mundo, e porque depois da copa foi meter festa com o Adriano. O Kaká pode ter feito uns golzinhos contra Colômbia/Equador e essas “seleçõezinhas” aqui da América do Sul, mas dizer que ele decide mais que o Ronaldinho na seleção é ir contra os fatos. A verdade é que dos dois o único de já decidiu jogo grande em Copa do Mundo se chama Ronaldinho, e isso deve ser levado em conta.


Mas a implicância com o Gaúcho não é só em comparação com o Kaká, é em comparação com qualquer jogador. Nenhum jogador brasileiro está fazendo uma temporada ao menos perto do nível da temporada do ex-gremista, e mesmo assim ele é preterido em favor de outros jogadores. Se dos outros exigimos gols, dele exigimos gol e espetáculo. Se dos outros exigimos uma boa apresentação, dele exigimos que “faça chover”. O passado condena Ronaldinho, ao ponto de que uma exibição com gol e assistência não é considerada boa.


Penso que não se pode abrir mão de um jogador como esse. É um dos jogadores mais experientes do grupo. Se for falar em aparições com camiseta da seleção, Ronaldinho é o mais experiente, e é o único de todos os que estão lá que já decidiu jogo de Copa do Mundo. Não é possível que Julio Baptista, Josué, Gilberto (um meia improvisado na lateral), Klebérson e Elano sejam mais importantes que o Gaúcho para a seleção. Não é possível que entre estes não abra uma vaga para o Ronaldinho.


O Dunga sempre falou que futebol é momento e que tem que jogar os que estão no melhor momento, agora ele está indo contra isso, sem dar uma explicação lógica.


Eu não contesto os métodos de Dunga, acho que fez um bom trabalho e transformou o ambiente da seleção num ambiente sério e focado para vencer, o que não aconteceu na última copa. Ele tem méritos e seus métodos devem ser respeitados, mas todos conhecem a personalidade de Dunga, e tenho medo que ele não convoque Ronaldinho, só para fazer birra com a imprensa.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Lamentável


O título do post nada mais é do que o resumo em uma palavra do que vem sendo o Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas em 2009. É claro que ainda dá para acrescentar adjetivos como: horrível, desprezível e desesperador.

Pode parecer exagero, mas não me baseio nos números - que por si só são ridículos - mas pude acompanhar hoje transmitindo pela TV Ucpel o jogo contra o 14 de Livramento. Já haviam me alertado que o time era fraco, mas dava para entender, não havia como manter o plantel do ano passado para disputar a segundona. Mas assim foi demais.

Com 28 segundos de jogo em uma bola alçada à área o goleiro conseguiu engolir o frango mais rápido da segundona. Já a defesa é risível, os zagueiros são lentos e pouco técnicos, mas os laterais conseguem ser piores, não sobem com qualidade tampouco dão cobertura aos volantes. No meio alguns seres que não se sabe quem os enganou dizendo que são jogadores de futebol. Para completar o ataque trocou duas vezes e não mudou nada. Empate em 1 a 1 e apenas dos pontos em três jogos. Triste.

Para não cometer injustiças ressalto a atuação destacada de Russo, como sempre, muito agerrido, sério e eficiente. Hoje até armou. Ainda destaco o jovem atacante Jair, que está com fome de bola, é rápido, ousado e habilidoso. Mas joga sozinho no ataque.

Não, não é corneta, afinal não sou xavante tampouco Lobão, sou apenas um estudante de jornalismo que acompanha futebol desde que nasceu e se entristesse em ver num dia Manchester x Milan em um jogão de bola - com Ronaldinho e Rooney comendo a bola - e no outro ver um show de horror no Nicolau Fico. Espero melhoras da dupla, afinal o Pelotas com todo o time que tem ainda está devendo. Ainda tenho esperanças nos times da região, espero não estar enganado.

CURTAS
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* Milan e Manchester fizeram o jogo do ano no San Siro ontem, Ronaldinho jogou como nos velhos tempos, lindo de se ver. Mas não foi o suficiente para vencer o eficiente time inglês. Rooney marcou dois e tem 32 gols na temporada.

* Foi confirmada a contratação de Pato Abbondanzieri para o Inter. Goleiro experiente, acostumado com Libertadores. O Inter parece estar contratando com diferentes critérios este ano, já que costuma contratar jovens jogadores: Kleber Pereira e Pato junto tem quase 70 anos, só o tempo dirá se darão certo.

* O Grêmio venceu o Veranópolis e mais uma vez Borges, Mário Fernandes e Douglas se destacaram. Destaque negativo fica para toda a defesa que levou gol em todos os jogos esse ano. Victor falhou feio, mas o time está evoluindo.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Time comum, resultados comuns


Um time jovem e com atletas desconhecidos. A receita vem de Caxias do Sul e atende pelas cores verde e branco. Não é a juventude da equipe que ocasia os maus resultados do Juventude este ano, mas a fragilidade da equipe. O nível técnico.

O Juventude não é mais o mesmo. Não tem mais a qualidade do time de 2009, muito menos da equipe do ano retrasado. Isso que, nos dois últimos anos, o clube acumulou dois rebaixamentos. Em 2008, o destaque era o goleiro Michel Alves, hoje no Ceará. No ano passado, o atacante Mendes, hoje no Sertãozinho, virou a grande esperança da Papada.

Hoje, nenhum defende o time da Serra. E o pior: nem o ataque, assim como o gol, foi reforçado à altura. A camisa 1 poderia ser vestida por Silvio Luiz, que não lembra mais o mesmo atleta do São Caetano. Sendo assim, Carlão e Tiago Rocha ainda lutam pelo posto.

A maior esperança de gols é depositada nos pés de Marcos Denner. Seu último clube foi o rival Caxias. E não poderia ser diferente. O atacante rodou o Brasil. Jogou na Portuguesa, Santo André, Criciúma, Flamengo, Fortaleza, entre tantos outros. Se encontrou no futebol de Caxias do Sul. É inteligente e faz gols, mas tudo isso, é claro, se comparado aos adversários da Série C. Recentemente, sofreu no Bento Freitas enfrentando o aguerrido zagueiro Alex Martins - o defensor levou a melhor.

A grande estrela da equipe é o meia Zezinho. Defende a base da Seleção, demonstra habilidade e velocidade, com apenas 17 anos. No entanto, tem apenas 17 anos! Jovem demais para comandar uma equipe... Na falta de experiência, Lauro (foto) aparece para suprir a necessidade. Ídolo do clube, o volante ainda mostra que pode acrescentar positivamente na equipe. Embora considerado um atleta importante, não faz a diferença.

Aliás, o que falta na equipe é o diferencial. O Juventude não se sobressai como anteriormente, pelo menos em nível estadual. O meio-campo conta ainda com Edenilson, com passagem pelo Brasil de Pelotas que disputou o Gauchão após o trágico acidente. O atleta, de apenas 22 anos, mostra qualidade com a bola nos pés, tem técnica, mas pouco diferencia-se de outros tantos bons jogadores do interior gaúcho: Maicon Sapucaia (Pelotas), Pedro (São José), Miro Bahia (Avenida), Marcelo Costa (Caxias), Rodrigo Mendes (Novo Hamburgo). A maioria, aliás, com mais talento que o atleta do Juventude...

Na lateral, aparece o limitadíssimo Calisto, com passagens muitos ruins por Vasco e Atlético-MG. E assim, com jogadores comuns, os resultados são simples. Para um torcedor mal acostumado, fica difícil aturar. Resta para a Papada torcer para que no confronto contra o Internacional, histórias como a de 2008 não se repita.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Um Passeio pela América



A Copa Libertadores da América 2010 começou em fevereiro e o blog República ficou devendo um post relacionado aos grupos e aos competidores. Aqui vai, então, uma série, para falar das chances de cada time brasileiro e quais as apostas do blog quanto aos grupos (aos moldes das apostas feitas para a Copa do Mundo).

Esclarecendo: a Libertadores já está na sua 51ª edição, e, neste ano, temos o detalhe de que nem todos os segundo lugares se classificarão. Apenas os seis melhores segundos colocados na fase de grupos, junto com todos os primeiros, passarão para as oitavas-de-final. Isso deve-se à presença dos times mexicanos, que, em 2009, sairam da disputa devido à polêmica envolvida através da gripe A.

Grupo 1: O primeiro grupo é composto por Corinthians, Cerro Porteño, Independiente Medellín e Racing. De cara, o clube brasileiro pegou confrontos fáceis. É favorito e pleno candidato para ter a melhor campanha da fase de grupos. Para as próximas fases, pode complicar a dificuldade que o time paulista tem para jogar a Libertadores. Nunca chegou à final.

Palpites: Corinthians em primeiro lugar e Cerro Porteño em segundo.

Grupo 2: Com São Paulo, Monterrey, Once Caldas e Nacional-PAR, o segundo grupo já aparece com mais incerteza, em comparação ao primeiro. Os três times que enfrentarão o São Paulo são campeões nacionais. Além disso, Once Caldas venceu a Libertadores em 2004 e o Monterrey tem um técnico que sabe montar bem suas equipes. São Paulo deve passar em primeiro, mas a disputa do segundo lugar fica entre Once Caldas e Monterrey. Nacional-PAR não deverá incomodar.

Palpites: São Paulo em primeiro lugar e Once Caldas em segundo.

Grupo 3: No terceiro grupo, o atual campeão da competição, Estudiantes de La Plata, enfrenta dois times peruanos, Alianza Lima e Juan Aurich, e um boliviano, Bolívar. É, provavelmente, uma das chaves com mais facilidade de indicar quem será o primeiro colocado, e uma das prováveis chaves que não terão um segundo lugar entre os seis melhores. O Estudiantes tem um time e técnico bons, e contam com um grupo unido, que já foi campeão da competição uma vez. Para mim, é o favorito na taça para levar o bi. Dos outros times, aposto em Alianza Lima para ficar em segundo lugar, por ser o maior dos três times, mas é provável que desse grupo não passe um segundo lugar.

Palpites: Estudiantes em primeiro lugar e Alianza Lima em segundo.

Grupo 4: Uma incógnita. Assim pode ser definido o grupo com Lanús (ARG), Libertad (PAR), Blooming (BOL) e Universitario (PER). Lanús é o mais fraco dos times argentinos na competição, mas, em compensação, deve ir bem em um grupo com times atualmente fracos, como um desconhecido Blooming, pela primeira vez em 10 anos na fase de grupos, um Libertad que transformou-se em incógnita e um Universitario que, se antes era um gigante peruano, hoje não passa de apenas mais um, mesmo tendo participado de 26 edições da Copa Libertadores. Lanús deve passar e o segundo lugar ficar em aberto numa briga dos três. Pela manutenção do elenco campeão nacional, Blooming tem uma vantagem de grupo.

Palpites: Lanús em primeiro lugar e Blooming em segundo.

Grupo 5: O Internacional enfrenta o Deportivo Quito (EQU), Cerro-URU e o Emelec (EQU) em um grupo que tem características que devem facilitar o trabalho do técnico Jorge Fossati. Vindo da LDU e uruguaio, ele conhece os times que enfrentará. Além disso, o Inter tem o melhor elenco entre os que disputam as vagas para as oitavas, e é o único campeão da Libertadores no grupo. O Dep. Quito vem pressionado por um título de expressão internacional agora que a LDU fez sucesso em 2008 e 2009 na América, e o Emelec e Cerro não deverão incomodar tanto.

Palpites: Internacional em primeiro e Deportivo Quito em segundo.

Grupo 6: O grupo que possui o uruguaio Nacional, o argentino (e campeão do Apertura) Banfield, um mexicano, o Morelia, e um equador, Deportivo Cuenca deve apresentar bons confrontos. Nenhum time é um "morto", como se diz. O franco favorito é o Nacional, que já disputou a Libertadores 36 vezes e é tricampeão. Não tem como não deixar de apostar no Banfield, já que foi campeão argentino, e tem um time bem montado taticamente.

Palpites: Nacional em primeiro e Banfield em segundo.

Grupo 7: Cruzeiro, Vélez Sarsfield, Colo Colo e Deportivo Italia (VEN) enfrentam-se em um grupo complicado. Três campeões da Libertadores e um time campeão venezuelano com uma equipe qualificada. O Cruzeiro chegou à final de 2009, e, como manteve o grupo, deverá ir bem mais uma vez. O Vélez tem um time muito bom, e se o Cruzeiro entrar de sangue doce na primeira fase pode até roubar o primeiro lugar dos mineiros. Colo Colo, embora qualificado, deve ficar de fora.

Palpites: Cruzeiro em primeiro e Vélez em segundo, mas com dificuldade para ambos.

Grupo 8: Flamengo, campeão brasileiro, Universidad de Chile, Caracas (VEN) e Universidad Católica enfrentam-se no último grupo. O Flamengo tem um bom time e deve passar. O segundo lugar tem uma briga especial entre as "universidades" chilenas, e o Caracas, embora não seja um time desqualificado, não deve incomodar.

Palpites: Flamengo em primeiro e Universidad de Chile em segundo.

Observações:

• Entrando na segunda fase, os mexicanos Guadalajara e San Luís não tem times ruins, mas ficarão sentindo a falta de ter disputado a fase de grupos, não aposto na permanência deles por muito tempo. Improvável participação nos quatro melhores.

• Enquanto as apostas indicam o mais provável, sem contar com zebras, não devo deixar de informar que qualquer dos times que tiver chance ao decorrer da fase de grupos será devidamente apontado como tal.

• Tentarei, logo, fazer um agregado geral dos clubes que mais interessam e que devemos prestar atenção nesta que é a melhor competição internacional do continente. Até lá, aproveitem a análise grupo-a-grupo.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Gauchão, Centroavantes e a Dupla


A Dupla GreNal ganhou mais uma vez no campeonato gaúcho, como era de se esperar, pela última rodada. Deixarei para falar sobre o Gauchão em um segundo post, logo, mas limitarei-me agora a falar sobre algo que chamou minha atenção no dia de hoje.

Os centroavantes da dupla GreNal estão longe de ter a aprovação da torcida.

Essa afirmação por si só é redundante e nada impressionante em 2010, mas vamos parar para ver detalhadamente os motivos e se tal desaprovação é ou não justificada.

Primeiro, Alecsandro, que marcou gol hoje e garantiu a vitória do Inter sobre o Esportivo, em Bento Gonçalves. O camisa 9 colorado, mesmo sendo reserva no primeiro semestre de 2009, ainda foi o artilheiro da equipe, com 28 gols. Mas viveu na sombra de Nilmar, o excelente jogador que foi vendido ao Villareal.

A desaprovação a Alecsandro passa principalmente por sua necessidade de enfeitar as jogadas, buscar sempre o gol bonito, em vez do gol por si só. É comum ver o jogador no meio-campo tentando dar dribles ridículos e ineficientes, passando de calcanhar e inventando jogadas que raramente dão certo.

Por causa da sua falta de capricho em bolas outrora fáceis de finalizar, como contra o Grêmio pelo segundo turno do Brasileirão 2009, que, em vez de garantir a vitória apenas chutando no gol de um Victor já vencido, tentou driblar o goleiro de seleção e deixou de fazer o segundo da equipe rubra. Ou inúmeras outras situações que praticamente sozinho contra o goleiro deixou de marcar.

O fato é: Alecsandro tem tudo para ser um bom centroavante. Mas enfeita muito. E, sempre que perguntado porque a desaprovação da torcida, ele age como desentendido, afirma que fez 28 gols. Bem, um bom centroavante, que marcasse mesmo gols em vez de tentar driblar e inventar como mais uma vez Alecsandro fez hoje contra o Esportivo, teria marcado pelo menos 40.

Jonas e seu contrato milionário.

Já no Olímpico, temos Jonas. Ah, Jonas. O incompreendido grande matador. Jonas foi artilheiro da equipe no Brasileirão, mesmo machucado durante boa parte desse. Foi artilheiro do clube também na temporada. Sempre sob uma chuva de críticas e críticos, Jonas marcou seus gols e garantiu vitórias ao tricolor gaúcho.

E Jonas foi o mesmo eleito "o pior atacante do mundo" por um jornal espanhol, ao perder três vezes um gol na mesma jogada, pela Libertadores 2009. Foi o mesmo que colecionou uma quantia de gols perdidos que renderiam um DVD cheio.

Jonas sofre de um mal até parecido com o de Alecsandro. Os dois têm, sim, qualidade. Mas não tanta quanto acham. Alecsandro acha que pode fazer o que Nilmar fazia no Inter - entrar em velocidade, entortando as defesas a dribles e marcar belíssimos gols. Jonas, agora, não tem um exemplo tão recente para se espelhar no Grêmio. Por sua vez, ele tem convicção no seu futebol. Uma convicção incompatível com a quantidade de gols perdidos, jogadas desperdiçadas.

Enquanto observamos um jogador com vontade, correndo até a linha de fundo, tentando achar os espaços, também achamos um jogador atrapalhado, sem se dar consciência de suas limitações. A torcida chega a reclamar que Jonas "não joga para o time", deixa de tocar para um jogador livre, melhor posicionado, para tentar fazer seu próprio gol.

E Jonas constantemente faz observações que chegam a parecer inacreditáveis. No fim do Brasileirão passado, ao marcar gol, fazer uma boa atuação, Jonas deu uma entrevista à beira de campo afirmando que "Agora é pensar na seleção". E, recentemente, há a luta pela sua renovação com o Grêmio. Essa sim, pode ser até risível.

Jonas pede 2 milhões de luvas e um salário de 240 mil reais por mês. Atualmente, ele recebe 80 mil. Ele busca triplicar seu salário mensal e ainda mais 2 milhões de luvas. Se for contar tudo conjunto pelo ano, o jogador quer praticamente quadruplicar seus ganhos. Diz-se sentir "desvalorizado" no tricolor. Ignora completamente que não é titular absoluto, que tem muitos críticos no próprio clube, é desaprovado constantemente pela torcida...

A vida dos centroavantes da dupla GreNal não anda fácil com a torcida. Mas que eles não estão ajudando, não estão.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnival







Está começando mais um carnaval no Brasil, acontece uma vez por ano, festa popular com grande apelo comercial e sexual, época marcada pela desenibição das pessoas menos esperadas.

Alguns se preparam o ano inteiro, outros curtem, mas há aqueles que odeiam, abominam, detestam a data. São eles roqueiros, nerds, pessoas com fobia de público ou apenas pessoas que não gostam da maior manifestação popular brasileira, porque tenho certeza que mais gente participa do carnaval que das eleições. O jeito é encontrar algo diferente, fugir do normal, olhar escolas de samba pela TV também não vale.

Não sou contra o carnaval tampouco sou um carnavalesco nato, apenas participo, mas vim apenas sugerir algo diferente para aqueles que fogem desta data tipicamente brasileira. Ao invés de ficar em casa odiando quem se diverte pelas ruas com fantasias absurdamente ridículas, ou quase sem roupa, porque não fazer algo diferente. Os roqueiros podem tocar, beber, bater cabeça com os amigos, jogar futebol e tomar cerveja importada, algo diferente, ou seja festejar o feriado, não o carnaval.

Quem sabe os anti-carnaval não começam um movimento novo, um manifestação popular mais inteligente nesta inevitável data. Fica a dica, ao invés de rogar praga a quem se diverte, se divertir também da forma que achar melhor.

Seja como for, use camisinha, não use drogas, não dirija alterado, não mate ninguém e não beba. Opa! Beba sim! Afinal é carnaval e sól depende de você se divertir ou se deprimir.

Alguns exemplos de quem não se "mixa":






quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

De volta pra a América


Final de semana passado ao invés de prestar atenção no acontecia no futebol, passei cobrindo o SuperBowl. Agora depois de um belo post do Roberto sobre os acontecimentos da semana no “esporte bretão” , novamente quero chamar a atenção para um evento que acontece lá na terra do “Tio Sam”.

O All-Star Weekend da NBA é uma grande festa. Não se trata apenas do jogo entre os melhores do Leste contra os melhores do Oeste. É um final de semana inteiro cheio de programações especiais. Começando com o jogo das celebridades, passando pelo campeonato de enterradas, pelo desafio dos calouros e vários outros, culminando com o jogo das estrelas no domingo.
Esse ano o evento vai acontecer no Cowboys Statium, Texas, nova casa do Dallas Cowboys (time profissional de futebol americano). Só para se ter uma noção do tamanho e da estrutura desse estádio, tem um telão de 50 metros de largura que fica pendurado no teto, flutuando sobre cabeça dos jogadores no campo. O estádio custou mais de US$ 1 bilhão para ser terminado. O dono dos Cowboys, Jerry Jones, gastou mais de US$ 1 milhão por dia durante no período da construção do estádio.

São esperadas aproximadamente 90 mil pessoas para comparecer ao evento, o que quebraria o recorde de maior público assistindo a um jogo de basquete (o recorde atual é de 78,129 pessoas no jogo entre as universidades de Michigan State e Kentucky).

Programação

O evento começa sexta-feria com o jogo das celebridades. Atores, músicos e esportistas de outras modalidades se enfrentam num jogo festivo que conta também com a participação dos Harlem Globetrotters. Logo após esse jogo de festa, temos um jogo mais sério e interessante, “Rookies VS Sophomores”. Os melhores calouros da temporada enfrentam os melhores segundo anistas. Ainda na sexta feira temos o D-League Dream Factory, evento que conta com campeonatos de arremessos e enterradas, além de outras modalidades, com os jogadores da NBA D-Legue, liga menor que pertence a NBA.
No sábado temos os jogadores da NBA em varias competições. Temos o H.O.R.S.E, o desafio de habilidades, os campeonatos de arremessos do meio da quadra, arremessos de 3 pontos e de enterradas. Lebron James decepcionou todo mundo ao afirmar ano passado que participaria da competição de enterradas desse ano e não cumprir a promessa.
No domingo, finalmente, temos o jogo das estrelas. Os times são escolhidos por votação popular. O time do Oeste é: Kobe Bryant (Lakers), Carmelo Anthony (Nuggets), Amar’e Stoudemire (Suns), Tim Duncan (Spurs) e Steve Nash (Suns). A escalação do leste é: Dwayne Wade (Heat), Kevin Garnett (Celtics), Dwight Howard (Magic), Alan Iverson (76ers) e Lebron James (Cavaliers).
Horários
-Sexta a transmissão começa às 22h00min com o jogo das celebridades, logo após, às 00h00min, temos o desafio dos calouros.
-Sábado os eventos começam às 23h30min.
-Domingo o jogo das estrelas é também às 23h30min.
Se você é como eu, odeia carnaval e assistir aqueles desfiles chatos de escola de samba, é só ligar na ESPN durante as noites desse final de semana de carnaval, que você terá a companhia do melhor basquete do mundo e suas estrelas.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Post Futebolístico Agregado



Depois de dois posts sobre o honorável SuperBowl, vamos voltar um pouco ao foco de nossas maiores atenções: futebol. E o fim de semana rendeu muito o que falar.

• Primeiro, sobre a estréia de Robinho. Jogou com vontade e teve boa atuação. Mas o mesmo vale para suas estréias na Espanha e na Inglaterra. Não me impressiona. Eu ainda acho que é um jogador superestimado. Mas seu gol apenas mostra que mesmo sendo fraco para os padrões europeus, talvez vá bem no Brasil. O que mais uma vez mostra a diferença das competições.

Ainda no jogo do Santos e São Paulo, Neymar marcou um gol de pênalti com uma "paradinha" polêmica, já que foi demorada em demasia. Sou contra a paradinha. Já disse mais de uma vez. Acho que em um futebol como o brasileiro, onde os árbitros constantemente cometem erros, principalmente sobre a existência ou não de um pênalti, ela serve apenas para dificultar ainda mais a vida de uma defesa e de um goleiro.

Mas ninguém no mundo tem menos direito de reclamar disso que Rogério Ceni, o goleiro-artilheiro do São Paulo. Ao cobrar pênaltis, por vezes ele cobrava com paradinha. Um goleiro que faz gols deste modo tem direito de reclamar quando tem sua meta vazada por uma malandragem? Não. Qualquer outra pessoa tem direito. Ele, não.

• No Sul, o Pelotas vem bem e alcançou o topo da tabela, para classificar-se às quartas-de-final, pela primeira vez. É o time do interior que vem jogando melhor. Contra o Porto Alegre - jogo que venceu ontem por 2 a 1 - não foi tão bem, "achou" dois gols. Mas, no geral, é um time forte. E, principalmente, bem montado. Tem potencial para ir bem nesse campeonato, e deve, com certeza, ambicionar o título simbólico de campeão do interior. Os torcedores têm de agradecer Beto Almeida, que é um grande técnico fazendo um ótimo trabalho com o time do Pelotas, e à direção, que providenciou material humano ao treinador.

• E a seleção? Com certeza dedicaremos um tópico mais delicado sobre a aproximação da Copa 2010, lembrando as apostas do blog e, logo, aproveitaremos para lançar um novo quadro no blog. Mas Dunga convocou hoje. E com surpresas, como Gilberto, jogador do Cruzeiro, para a lateral-esquerda. Ronaldinho não está na convocação.

Dunga deixou claro que os Ronaldos estão longe da Copa da África do Sul. Bom, sou a favor da convocação de Ronaldinho, nem que seja para ficar no banco. O nome de Ronaldinho Gaúcho ainda trás terror à vários adversários. Seria um ótimo motivador, e, se inspirado, faria a diferença em qualquer jogo. Mas Ronaldo teve seu tempo. Está fora de forma, não tem mais condições de jogar em uma seleção brasileira, que deve aceitar apenas os melhores, os melhor preparados e os em melhor fase.

Mesmo assim, com Josué, Doni e Robinho na convocação... bem, não dá para levar a sério. Sou um grande fã de Dunga. Acho que ele é um bom técnico, mesmo sem a aprovação geral da mídia e da torcida. Fez um bom trabalho e já levantou títulos, deu consistência à equipe e os jogadores confiam nele. Mas Josué? Ah, daí não dá.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

SuperBowl XLIV - Pós-Jogo.



“WHO DAT? Who dat? Who dat say dey gunna beat dem Saints?"
O grito de guerra da torcida dos Saints estava certo. Ninguém conseguiu vencer os Saints.
Em um jogo que os Colts eram favoritos, o time dos Saints fez tudo certinho para levar para a cidade de Nova Orleans o tão esperado título de campeões da NFL.

Os Saints conseguiram fazer o que eu falei aqui no pré-jogo. Controlaram o relógio, Reggie Bush e principalmente Thomas Bell arrancaram jardas e conseguiram algumas conversões importantes através de corridas e recepções de passes curtos. A defesa conseguiu o turnover chave da partida, uma interceptação retornada para touchdown que praticamente matou o jogo.

Para os Colts a chave era parar o ataque terrestre dos Saints, mas o que realmente causou estrago foi o ataque aéreo. Os receivers do Saints dominaram a secundária dos Colts de uma maneira que foi até constrangedora, Marques Colston e Devery Henderson venceram praticamente todas as batalhas contra os cornerbacks dos Colts.
Alem disso o que matou os Colts foi não conseguir executar as coisas “simples”. Os receivers novatos que tanto fizeram na temporada, falharam em situações chaves para avançar as campanhas do time de Indianápolis, com um drop em 3rd down para cada um. Os especialistas dos Colts permitiram um onside kick recuperado pelos Saints e, por fim, Peyton Manning lançou a interceptação que selou o destino de seu time.

The Game

O jogo começou com um domínio dos Colts, 10 a 0 no primeiro quarto com Peyton Manning conseguindo jogar com tranqüilidade contra a defesa dos Saints. Primeiro o field goal de Matt Stover e depois um touchdown de Manning para Pierre Garçon.
No segundo quarto as coisas se inverteram e quem dominava era o Saints, mas o time de Nova Orleans só conseguia field goals. O garoto Garrett Hartley botou os dois lá dentro.

No final do segundo quarto aconteceram duas coisas curiosas. A primeira foi a tentativa dos Saints em um 4th down de entrar na endzone, ao invés de chutar o field goal. A defesa dos Colts parou o ataque dos Saints, aí aconteceu a outra coisa curiosa. Em grande parte dos jogos da temporada os Colts anotaram um td com um drive de 2 min. ou menos para acabar o primeiro tempo. Quando a defesa parou os Saints se imaginava que os Colts iriam com um novo drive rumo a endzone, mas o técnico anotou uma postura defensiva usando corridas para gastar o relógio, pois o Colts receberia a bola depois do intervalo....teoricamente. Acabou que os Saints receberam novamente a bola com alguns segundos e conseguiram chutar um field goal, o segundo da noite para os Saints. 10 a 6 para ir para os vestiários.

No intervalo do jogo, The Who emendou um medley de quase 20 min tocando vários clássicos em uma estrutura que é impossível de acreditar que foi montada e desmontada em menos de 10 min., minha música preferida das tocadas foi “Who Are You?”. Só pra constar.

Voltando do intervalo acontece uma das duas jogadas que foram determinantes na vitória dos Saints. Ao invés de chutar a bola para os Colts, os Saints optaram pelo onside kick, surpreendendo todo mundo, inclusive o time dos Colts que estava totalmente despreparado, e recuperaram a bola. Quem ia começar com a bola mesmo no segundo tempo? Colts...ah acho que não. Ótima chamada do técnico dos Saints, Sean Payton.

A partir daí o “momentum” da partida mudou. Os Saints começaram com a bola no 3º quarto, anotaram o touchdown com Pierre Thomas, na minha opinião o verdadeiro merecedor do MVP da partida, e assumiram a liderança. Os Colts voltaram para a liderança logo em seguida anotando um td corrido com Joseph Addai. Os Saints responderam com o field goal.17 a 16.
No começo do quarto período aconteceu a outra jogada que foi definitiva. Matt Stover perdeu um field goal, de 51 jardas é verdade, mas perdeu. Perder um field goal é igual a um turnover, ainda mais se tratando de um SuperBowl.
Os Saints cresceram e anotaram novo touchdown, dessa vez com o tight end Jeremy Shockey. 22 a 17 Saints. Ao invés do extra point os Saints foram para a obvia conversão de 2 pontos, para deixar a diferença em um touchdown. Bress lançou para Shockey o td e para Lance Moore os 2 pontos da conversão, numa jogada que foi revista pela arbitragem para ser confirmada. 24 a 17 Saints.

Os Colts começaram seu drive rumo ao empate, mas a grande virtude da defesa dos Saints nessa temporada apareceu. Num erro de comunicação entre Peyton Manning e seu principal wide-receiver Reggie Wayne, Tracy Porter apareceu para interceptar e retornar 76 jardas para touchdown, praticamente matando as chances de Indianapolis. 31 a 17 com pouco mais de 2 min para o fim da partida.

Os Colts tentaram novamente, Manning acertou um belo passe no meio do campo para manter as esperanças vivas. Chegando a beira da endzone, uma sucessão de erros acabou com qualquer chance dos Colts. Primeiro uma interferência contra os Colts, e recuo de 10 jardas. Depois uma chamada errada e mais perdas de jardas com uma tentativa de jogo corrido. Por último o drop de Reggie Wayne, dentro da endzone.

Com a falha na tentativa de converter o 4th down, a bola voltou para os Saints e com pouco mais de 40 segundos no relógio só restou ao quarterback Drew Bress ajoelhar no gramado, para garantir aos Saints a primeira vitória em SuperBowl da história da franquia.

O filme da vida real vivido por toda cidade de Nova Orleans, o time dos Saints e pelo quarterback Drew Bress teve um final feliz. A cidade comemorou, a equipe comemorou, e Bress comemorou alem do troféu de campeão o títitulo de MVP da partida. A esq. Tecnico Sean Payton; com o torféu na mão Drew Bress


Assim acabou mais uma temporada da NFL. Com festa em Miami, Nova Orleans e em praticamente todos os EUA. Agora é esperar sete meses até que comece a nova temporada.

Até lá, vou ter que arranjar o que fazer durante os domingos...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

SuperBowl XLIV - Pré-Jogo


Chegou o dia! Hoje as 21:00 a bola oval vai voar para o confronto entre Indianapolis Colts e New Orleans Saints.

A grande história desse jogo envolve a cidade de Nova Orleans e o quarterback do time, Drew Bress.
A cidade de Nova Orleans foi devastada há quatro anos atrás pelo furacão Katrina. Em menos de 24 horas da chegada do furacão 80% da cidade estava em baixo da água. A casa dos Saints, o Superdome virou abrigo para as pessoas da cidade. O Saints virou um time nômade, jogando vários jogos em Santo Antônio, alguns em um estádio de uma universidade ali na volta da cidade, e até jogando um jogo como mandante em Nova Iorque, contra o New York Giants.
O dono dos Saints, já negociava com a cidade de Santo Antônio para mudar a franquia de cidade.
Do outro lado do país lá na Califórnia o quarterback Drew Bress, defendendo o San Diego Chargers, passava por um mau momento na carreira, e sofria uma lesão no ombro que o tirava da temporada. Logo depois foi dispensado pelos Chargers.

Ao começo da temporada 2006 New Orleans procurava um quarterback, Drew Bress um time.
A partir desse casamento, o time dos Saints mudou muito. O time que sempre foi saco de pancadas na NFL foi para os playoffs logo na primeira temporada com Drew Bress, quase chegando ao SuperBowl, perdendo na final de conferencia.

O ataque nunca foi o problema dos Saints, desde a chegada de Bress o ataque sempre esteve entre os melhores da liga, com Bress liderando a liga em jardas passadas desde 2006. O que comprometia os Saints era a defesa, por isso o time passou longe dos playoffs em 2007 e 2008.
Esse ano com o novo coordenador defensivo, o time melhorou muito, começando a temporada com 13 vitórias e nenhuma derrota. Nos playoffs venceu o atual vice-campeão da NFL, o Arizona Cardinals, e venceu o Minessota Vikings na final de conferencia. Os Saints estão na liga desde 1967, desde aquela época, contando com as duas vitórias nos playoffs desse ano, o time venceu quatro, vou repetir, quatro (4) jogos em playoffs em toda a sua história. Isso é pra se ter uma noção de o quão ruim sempre foi esse time que agora está a um passo da maior gloria possível no mundo do esporte mais popular nos EUA.

Mas se trata de uma coisa muito maior do que no time em si, se trata de uma cidade que se reconstruiu junto com o time, e agora quatro anos depois do Katrina vê a possibilidade de ser campeã da NFL.

Por tudo isso que passou a população de Nova Orleans e o quanto o time representa para eles, muitas pessoas importantes declararam abertamente sua torcida pelo Saints, incluindo o homem mais importante na terra do “Tio Sam”, o presidente dos EUA, Barack Obama.

Pelo lado dos Colts temos um time que desde a chegada do quarterback Peyton Manning, em 1998, se acostumou a vencer, chegar nos playoffs, tendo inclusive conquistado um SuperBowl, justamente em 2006, ano que os Saints ficaram a uma vitória de chegar ao grande jogo.
Esse ano os Colts estão de volta para a decisão, e contam com Manning, eleito pela quarta vez na carreira o MVP da temporada, para levantar o troféu.

Outra história curiosa envolvendo a cidade de Nova Orleans é que o pai de Peyton, Archie Manning, jogou pelos Saints entre as décadas de 70 e 80, com Peyton e seus irmãos nascendo na cidade e crescendo como torcedores dos Saints. Um dos irmãos de Peyton também é jogador profissional, e também é quarterback. Eli Manning joga pelo New York Giants.
O outro irmão, que não é jogador, se chama Cooper. É torcedor fanático dos Saints e, seu melhor amigo é um tal de Andrew, também conhecido por Drew, sim ele mesmo, Drew Bress.
Imaginem a situação. Você torce por um time que é sempre o saco de pancadas da liga, aí quando aparece a sua grande chance, do outro lado está o seu irmão.
Já foi declarado por Cooper que nem quando Peyton e Eli se enfrentam ele fica tão dividido.

Agora falando do jogo em si, mesmo com toda a simpatia do país pelos Saints, acho que vai dar Colts.
Semana retrasada assistimos a exibição de gala de Peyton Manning contra a melhor defesa da NFL, New York Jets. Ele simplesmente dominou a defesa dos Jets, que não cedia 3 touchdowns aéreos desde novembro de 2008. Manning passou para 3 tds e 377 jardas no jogo. Se tornando o primeiro quarterback com 7 jogos de pelo menos 300 jardas em playoffs.

A chave do jogo para os Saints é controlar o relógio e deixar Manning fora de campo. O jogo corrido tem que funcionar, o Saints não vai vencer se ficar só no passe. A defesa dos Saints cede muitos pontos, mas conquista muitos turnovers. Vai ser necessário interceptar Manning e forçar fumbles, se não pode esquecer.

Outro fato que pode mudar a balança a favor dos Saints é a provável falta de Dwight Freeney, defensive end dos Colts, que teve uma ruptura no tendão do calcanhar jogando contra os Jets. Freeney um dos melhores em sua posição é indispensvel para a defesa dos Colts e se não puder jogar, não há quem possa substituí-lo à altura.

Para os Colts a chave é parar o jogo corrido dos Saints. Não vai ser fácil, os Saints revezam três running backs e desgastam a defesa adversária. Se conseguir pará-los os as chances de vitória para os Colts são enormes.

É díficil palpitar quando se trata de SuperBowl. Há dois anos atrás assistimos o New England Patriots que era considerado o melhor time da história, com um ataque super pontente, uma defesa dominante e que não tinha perdido nenhum jogo durante toda temporada perder justamente na final, contra o "underdog" New York Giants, produzindo apenas 14 pontos, naquele que é considerado por muitos o maior "upset" da história do SuperBowl.

Mas mesmo assim aqui vai o meu: Saints 24 x Colts 31

Para os que não acompanham a NFL, não há um jogo melhor para começar a entender e se interessar pelo esporte, e para os que como eu, são fanáticos pela bola oval, se trata de um compromisso. É um feriado não oficial, para reunir os amigos, beber cerveja e ver o jogo.

A cada fim de SuperBowl esperamos pelo próximo, e é sempre um melhor que o outro.

sábado, 6 de fevereiro de 2010



Com a cabeça longe

Ontem Jorge Fossati, treinador colorado, foi entrevistado por Paulo Roberto Falcão - que já apareceu nos nossos Grandes Craques, confira! -, cronista e comentarista da rede RBS. Acompanhei a entrevista e fiquei satisfeito com a clareza e habilidade que Fossati expressava suas opiniões.

O ponto que mais chamou a atenção foi na formação do grupo do Internacional. Fossati afirma trabalhar com 25 ou 27 jogadores que serão, todos, na sua opinião, capazes de assumir uma vaga de titular no time principal. Realmente, o elenco colorado chama a atenção. Mas vale lembrar que estes 25 ou 27 serão os que disputarão a Libertadores... e o Inter não foi exatamente o mais reforçado para a Libertadores.

Claro, manteve Giuliano e Sandro, que, podem, sim, ser considerados dois dos melhores reforços de todos times brasileiros que disputarão a Taça. Mas não trouxe nenhum jogador de renome. Trouxe duas apostas (Thiago Humberto e Wilson Mathias), dois reforços pontuais (Nei e Bruno Silva) e um centro-avante criticado (Kléber Pereira). O verdadeiro trunfo colorado foi, realmente, manter o grupo. Manteve Andrézinho, manteve Kléber, manteve D'Alessandro e Guiñazu, e, como já disse, seus dois meninos de ouro, Giuliano e Sandro.

Falando ainda sobre os reforços, chamou a atenção, e muita, o que Fossati acabou falando. Falcão perguntou: "O que você tem a falar sobre Wilson Mathias?" (ou foi este o teor da pergunta). E Fossati começou a dar uma resposta que não condizia com as características de Mathias. O que chamou mais a atenção, na verdade, foi que ele disse que o jogador estaria "desinteressado" em jogar em um time grande, ou "despreparado" para tanto. Não tinha sua mentalidade pronta.

Acontece que ele falava de Thiago Humberto. Isso assusta. O jogador, jovem (mas nem tanto) e talentoso, não tem cabeça para jogar num time do tamanho do Internacional? Preocupa. E muito.

Aliás, quando Falcão corrigiu o técnico e afirmou que desejava saber sobre W. Mathias, Fossati respondeu que é um jogador de "qualidades extraordinárias". Mas ficou no ar que Thiago Humberto vem sentindo a camisa. Mesmo assim, Fossati afirmou que já teria conversado sobre isso com o jogador, e tinha certeza que veria mudanças no seu comportamento. Bom saber.


Quando o líder tomba

Souza e sua lesão de seis meses tornaram-se uma dor de cabeça para o Grêmio. Atualmente, o líder no elenco era o alagoano, que, inclusive, é um ótimo coadjuvante, mas vinha deixando a desejar como principal nome gremista.

Agora, o trabalho de levar o Grêmio à conquista da Copa do Brasil está nas mãos dos novos contratados: Hugo, Douglas, Leandro e Borges. Hugo não jogou bem nos últimos jogos que foi relacionado como titular. É displicente e acabou indo para o banco, já que cobria a área do campo em que Souza rendia melhor.

Leandro, polivalente, não é craque, não decide todo jogo. É apenas um bom jogador, que, com uma boa equipe, pode funcionar. Borges, o mesmo. Atenta o fato de que conclui muito bem, pode ajudar a equipe com gols. E Douglas.

Todos sabemos como Douglas foi no Corinthians em 2009. Venceu o Paulistão e a Copa do Brasil. É um jogador de qualidade, mas não é líder. Pode ser, realmente, a melhor alternativa para suprir o meio ano em que Souza frequentará o departamento médico.

O Grêmio estreará na Copa do Brasil sem sua melhor formação, sem sua equipe completa e com um técnico pressionado por resultados. Aliás, já deixei claro que Silas tem, sim, que responder com resultados. O Grêmio é um time tradicional que não deve contentar-se com a mediocridade de depender do adversário para montar seu sistema tático.

Foi no GreNal em 3-5-2, usará contra o Universidade o 4-4-2... e assim vai. A defesa vai de mal a pior, o goleiro Victor tem que urgentemente perder a braçadeira de capitão (e, assim, parar de sair do gol desnecessariamente) e o meio-campo, agora sem Souza, vai depender dos seus reforços, que ainda não mostraram a que vieram... a não ser Douglas. Que suprirá Souza e é a esperança dos torcedores.

É tudo com ele.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

SuperBowl XLIV - Introdução e Curiosidades.


Sabem o jogo aquele, a final do campeonato de futebol americano, que tem um show no intervalo, e cada propaganda custa milhões de dólares?

Pois é, estou aqui para falar do SuperBowl. Essa palavra que não é estranha, mesmo para aqueles que nunca viram um jogo sequer do campeonato da liga profissional de futebol dos Estados Unidos.

Antes de tudo quero fazer uma introdução de como funciona a liga e como os times chegam ao SuperBowl.

A liga se chama “National Football League” (NFL), é o campeonato dos times de futebol profissional dos EUA. É divida em duas conferências, Conferência Americana e Conferência Nacional. Cada conferência tem 4 divisões (Norte, Sul, Leste, Oeste), com 4 times em cada. Os times jogam 16 partidas durante a temporada regular, jogando dentro da sua própria divisão (duas vezes contra cada time), contra uma outra divisão dentro da própria conferencia e contra uma divisão da outra conferencia (é mais complicado que isso, mas estou só tentando dar uma idéia de como funciona). Os campeões de cada divisão, mais os outros dois melhores colocados avançam para os playoffs. Nos playoffs os times vão se enfrentar dentro das conferências. Os campeões de cada conferencia se enfrentam na final do campeonato, o SuperBowl.

Na edição desse ano teremos o Indianapolis Colts (Campeão da Conferência Americana) contra o New Orleans Saints (Campeão da Conferência Nacional).

Nesse primeiro post não vou falar sobre o jogo. Quero falar sobre o tamanho do evento, e como os americanos sabem produzir os jogos e transformar eventos esportivos em verdadeiros shows.

Para se ter uma noção do tamanho desse evento, é o evento esportivo mais assistido em todo mundo, mesmo se tratando de um esporte praticado (profissionalmente) unicamente nos EUA e no Canadá. A última edição foi assistida por mais de 150 milhões de pessoas no mundo sendo que 98 milhões só nos EUA, superando inclusive as finais da UEFA Champions League e da Copa do Mundo de Rugby (que é o segundo esporte coletivo mais praticado no mundo).

Arrecadação

A NFL é a liga mais rica do mundo, seguida pela “Major League Baseball”(MLB), liga profissional de beisebol dos EUA. Depois vem a Premier League e depois a NBA, que, acredito eu, não precisa de introduções.

Mesmo sabendo que os EUA possuem uma economia das mais fortes do mundo, é fato que eles sabem como gerenciar e vender quando se trata de esportes. É só olhar para a informação acima, três das quatro ligas que mais arrecadam no mundo estão nos EUA, sendo que duas estão nas duas primeiras colocações.

Agora imaginem o que é a final da liga mais rentável do mundo. Estou falando de US$ 3 milhões para se colocar uma propaganda de 30 segundos no ar. Empresas travando verdadeiras guerras milionárias a cada intervalo do grande jogo. E garanto, nenhuma delas se arrepende do gasto que estão fazendo, elas sabem que todo mundo está assistindo, só para se ter uma noção aqui vão alguns números:

- 17 das 20 maiores audiências da historia da televisão nos EUA foram do SuperBowl

- a AB-Inbev garante que a semana do Super Bowl é a única, fora do período do verão, que está entre as dez mais em números de venda durante o ano todo. O tráfego no site da empresa aumentou em 600% no ano passado e seus filmes foram vistos mais de 21 milhões de vezes

- em 2008, a Hyundai fez uma campanha que chamava para um hot-site específico. A página teve 300 mil visitas apenas na hora do jogo, que se transformaram na venda de mais de 25 mil carros

- a Pepsi está presente nos intervalos do Super Bowl há 23 anos

Isso só para começar. Eu poderia citar umas três paginas inteiras sem nenhuma dificuldade, tamanhas são as estatísticas relacionadas a esse evento.

Ainda saindo do jogo em si, vamos falar dos benefícios que ele traz a cidade que vai ser sede. Não vou me estender muito porque o post vai ficar gigante, mas é obvio que com toda a atenção do país voltada para uma cidade só, o turismo e a economia tendem a crescer muito. Aqui vão dois números só pra se ter uma noção do que ganha a cidade sede e as que estão ao seu redor (Esse ano o SuperBowl é em Miami):

- Custo para o Sul da Flórida receber o Super Bowl: US$ 8 milhões

- Estimativa de benefícios para o Sul da Flórida: US$ 353 milhões


O half-time show também é um espetáculo a parte e é uma aula de como se organizar um evento. Para se ter uma noção se monta um palco no meio do campo em menos de 10 minutos, a banda sobe, as pessoas saem de seus lugares, vão para o campo curtir o show, acaba o show e todo mundo volta para seus lugares. Imaginem isso no Brasil...

*Quem toca esse ano no intervalo do jogo é o The Who.

Enfim, eu queria falar muito mais sobre como funcionam os direitos de transmissão e o quanto as televisões arrecadam, mas acho que com os números já expressados se tem uma boa idéia do quão grandioso é esse evento.

Na próxima edição falarei sobre o jogo. Peças importantes de cada time, quais são as expectativas e darei meu palpite.

Fiquem com mais umas curiosidades sobre o evento:

- No ano passado mais gente viu o jogo do que votou para a eleição presidencial.

- O numero de televisões vendidas na semana que antecede o jogo aumenta em 500%.

- as reuniões que acontecem na casa das pessoas para ver o jogo superam em número as festas de natal e ano novo, com o comsumo de comida só não superando o Thanks Giving (Ação de Graças).

- A venda de anti-ácido sobe 20% no dia depois ao SuperBowl.

- (O meu favorito) Ninguém casa nos EUA no final de semana do SuperBowl.