segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

SuperBowl XLIV - Pós-Jogo.



“WHO DAT? Who dat? Who dat say dey gunna beat dem Saints?"
O grito de guerra da torcida dos Saints estava certo. Ninguém conseguiu vencer os Saints.
Em um jogo que os Colts eram favoritos, o time dos Saints fez tudo certinho para levar para a cidade de Nova Orleans o tão esperado título de campeões da NFL.

Os Saints conseguiram fazer o que eu falei aqui no pré-jogo. Controlaram o relógio, Reggie Bush e principalmente Thomas Bell arrancaram jardas e conseguiram algumas conversões importantes através de corridas e recepções de passes curtos. A defesa conseguiu o turnover chave da partida, uma interceptação retornada para touchdown que praticamente matou o jogo.

Para os Colts a chave era parar o ataque terrestre dos Saints, mas o que realmente causou estrago foi o ataque aéreo. Os receivers do Saints dominaram a secundária dos Colts de uma maneira que foi até constrangedora, Marques Colston e Devery Henderson venceram praticamente todas as batalhas contra os cornerbacks dos Colts.
Alem disso o que matou os Colts foi não conseguir executar as coisas “simples”. Os receivers novatos que tanto fizeram na temporada, falharam em situações chaves para avançar as campanhas do time de Indianápolis, com um drop em 3rd down para cada um. Os especialistas dos Colts permitiram um onside kick recuperado pelos Saints e, por fim, Peyton Manning lançou a interceptação que selou o destino de seu time.

The Game

O jogo começou com um domínio dos Colts, 10 a 0 no primeiro quarto com Peyton Manning conseguindo jogar com tranqüilidade contra a defesa dos Saints. Primeiro o field goal de Matt Stover e depois um touchdown de Manning para Pierre Garçon.
No segundo quarto as coisas se inverteram e quem dominava era o Saints, mas o time de Nova Orleans só conseguia field goals. O garoto Garrett Hartley botou os dois lá dentro.

No final do segundo quarto aconteceram duas coisas curiosas. A primeira foi a tentativa dos Saints em um 4th down de entrar na endzone, ao invés de chutar o field goal. A defesa dos Colts parou o ataque dos Saints, aí aconteceu a outra coisa curiosa. Em grande parte dos jogos da temporada os Colts anotaram um td com um drive de 2 min. ou menos para acabar o primeiro tempo. Quando a defesa parou os Saints se imaginava que os Colts iriam com um novo drive rumo a endzone, mas o técnico anotou uma postura defensiva usando corridas para gastar o relógio, pois o Colts receberia a bola depois do intervalo....teoricamente. Acabou que os Saints receberam novamente a bola com alguns segundos e conseguiram chutar um field goal, o segundo da noite para os Saints. 10 a 6 para ir para os vestiários.

No intervalo do jogo, The Who emendou um medley de quase 20 min tocando vários clássicos em uma estrutura que é impossível de acreditar que foi montada e desmontada em menos de 10 min., minha música preferida das tocadas foi “Who Are You?”. Só pra constar.

Voltando do intervalo acontece uma das duas jogadas que foram determinantes na vitória dos Saints. Ao invés de chutar a bola para os Colts, os Saints optaram pelo onside kick, surpreendendo todo mundo, inclusive o time dos Colts que estava totalmente despreparado, e recuperaram a bola. Quem ia começar com a bola mesmo no segundo tempo? Colts...ah acho que não. Ótima chamada do técnico dos Saints, Sean Payton.

A partir daí o “momentum” da partida mudou. Os Saints começaram com a bola no 3º quarto, anotaram o touchdown com Pierre Thomas, na minha opinião o verdadeiro merecedor do MVP da partida, e assumiram a liderança. Os Colts voltaram para a liderança logo em seguida anotando um td corrido com Joseph Addai. Os Saints responderam com o field goal.17 a 16.
No começo do quarto período aconteceu a outra jogada que foi definitiva. Matt Stover perdeu um field goal, de 51 jardas é verdade, mas perdeu. Perder um field goal é igual a um turnover, ainda mais se tratando de um SuperBowl.
Os Saints cresceram e anotaram novo touchdown, dessa vez com o tight end Jeremy Shockey. 22 a 17 Saints. Ao invés do extra point os Saints foram para a obvia conversão de 2 pontos, para deixar a diferença em um touchdown. Bress lançou para Shockey o td e para Lance Moore os 2 pontos da conversão, numa jogada que foi revista pela arbitragem para ser confirmada. 24 a 17 Saints.

Os Colts começaram seu drive rumo ao empate, mas a grande virtude da defesa dos Saints nessa temporada apareceu. Num erro de comunicação entre Peyton Manning e seu principal wide-receiver Reggie Wayne, Tracy Porter apareceu para interceptar e retornar 76 jardas para touchdown, praticamente matando as chances de Indianapolis. 31 a 17 com pouco mais de 2 min para o fim da partida.

Os Colts tentaram novamente, Manning acertou um belo passe no meio do campo para manter as esperanças vivas. Chegando a beira da endzone, uma sucessão de erros acabou com qualquer chance dos Colts. Primeiro uma interferência contra os Colts, e recuo de 10 jardas. Depois uma chamada errada e mais perdas de jardas com uma tentativa de jogo corrido. Por último o drop de Reggie Wayne, dentro da endzone.

Com a falha na tentativa de converter o 4th down, a bola voltou para os Saints e com pouco mais de 40 segundos no relógio só restou ao quarterback Drew Bress ajoelhar no gramado, para garantir aos Saints a primeira vitória em SuperBowl da história da franquia.

O filme da vida real vivido por toda cidade de Nova Orleans, o time dos Saints e pelo quarterback Drew Bress teve um final feliz. A cidade comemorou, a equipe comemorou, e Bress comemorou alem do troféu de campeão o títitulo de MVP da partida. A esq. Tecnico Sean Payton; com o torféu na mão Drew Bress


Assim acabou mais uma temporada da NFL. Com festa em Miami, Nova Orleans e em praticamente todos os EUA. Agora é esperar sete meses até que comece a nova temporada.

Até lá, vou ter que arranjar o que fazer durante os domingos...

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