
Para o último clássico, não valeria a preocupação. Praticamente um amistoso, já que apenas um confronto não atrapalha a campanha de nenhum dos times no Gauchão. Mas, obviamente, não se brinca com este dérbi disputado. Sempre levado a sério, os efeitos podem ser sentidos, com motivação extra para o vencedor, o Internacional, e confusão no vestiário do Grêmio.
Observando o que certamente mudará:
● A confiança da torcida em Jorge Fossati. De cara, quando chegou ao Beira-Rio, ele foi recebido com incerteza por parte da torcida. Tradicionalmente, técnicos estrangeiros não se dão bem no Brasil. Mas Fossati mostrou suas qualidades. Foi abusado: sacou Taison quando Alecsandro (que acabou fazendo o gol da vitória) era o mais vaiado. Foi inteligente: mais de uma jogada ensaiada atormentou a defesa gremista. Continuando assim, terá sucesso.
● A confiança da torcida gremista no elenco. Foram demonstradas carências que antes pareciam não existir. Hugo, que começou na reserva, entrou sonolento. Borges não venceu nenhuma pelo alto dos zagueiros colorados. Souza jogou bem, mas limitou-se a levantar bolas na área adversária. E saiu lesionado. Mas apareceu o pior dos problemas: a perda de Réver. O Grêmio, com uma zaga titular composta por Rafael Marques e Maurício, teve atuação passável. Apenas passável. Sendo otimista.
● A perda de Souza. O jogador, que entrou no GreNal com a responsabilidade da camisa 10, vem sendo o principal nome gremista desde 2009. Habilidoso, com ótimo chute de longa e média distância, e coragem para arriscar o drible - por vezes até sem necessidade. Bem, Souza machucou-se. E fica parado por seis meses. Pode custar as pretensões de glória do Grêmio nesta temporada. Sorte que Douglas, ex-Corinthians, já foi apresentado e pode suprir a ausência do meio-campo.
● Por fim, a falsa sensação de competência. Não entendam mal. O Internacional foi competente, afinal, venceu. Aliás, não fosse pelo ótimo goleiro Victor, teria vencido por uma diferença maior. Mas não pode achar que está tudo bem só porque venceu o GreNal. Foi assim em 2009, e os colorados ficaram o resto do ano sem ver uma jogada pela lateral-direita, devido à escalação contínua de Bolívar por Tite, que também queimou o jogador, que é um bom zagueiro, mas nulo como lateral. Há o que mudar, e muito. Agora basta ver quem deve ser sacado e quem merece nova chance. Até pensar em contratações, o que nos leva a...
... Kléber Pereira apresentado no Internacional.
Mostrei minha posição quanto à contratação de um centro-avante de 34 anos e vindo de uma péssima temporada. Era completamente e absolutamente contra. Obviamente, ainda acho que ele não tem mais futebol, está em fim de carreira e penará para fazer mais de uma partida em seqüência. Porém, o Inter contratou Kléber Pereira.
O que resta agora é apostar para que o jogador resolva jogar como jogou os anos que antecederam 2009, que foi pouco mais que patético, sendo impedido e impedido a cada lance de ataque do Santos. Mesmo tendo 34 anos, é aposta. Ainda temos que ver se renderá. Tomara que queime minha língua.
● E Robinho, que voltou mesmo? Está sendo tratado como uma contratação espetacular, fantástica e essencial pelo Santos. Agora não referem-se a ele a não ser como "Rei das Pedaladas". Eu pergunto: por que isso? Faz tempo que ele não joga muito futebol, e em toda e qualquer conversa sobre futebol que eu me envolvo, a recepção ao nome "Robinho", é a mesma, sempre negativa.
É mais um jogador que será aposta, e não certeza. Interessado, talvez venha a render. E mesmo assim, não tudo que esperam dele. Difícil. Parece que apenas a crônica esportiva em geral o tem em alta consideração.
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