
O técnico, tri-campeão brasileiro com o São Paulo, conhecido pela força de seu trabalho e idéias táticas concretizadas, foi demitido do clube alviverde por ter perdido contra o São Caetano por 4 a 1 em pleno Palestra Itália. Agora, ocupa a oitava posição no campeonato paulista, e Antônio Carlos é o técnico escolhido para substituir Muricy Ramalho.
Chega a ser uma piada. A diretoria do Palmeiras traz técnicos estelares para dirigir times fracos, sem caráter, marcados pelas carências no banco de reservas e até em campo. Ou alguém aqui não concorda que a zaga de 2009 do time era ridícula? O único motivo que chegou a liderar o Brasileirão por tantas rodadas foi seu meio-campo sólido.
E mesmo com tantos defeitos, esperam milagres dos seus técnicos, que transformam em seres contestados da noite pro dia, devido a uma derrota que, em um elenco bem montado, poderia até ser normal. Um acidente de percurso. Haja profissionalismo, heim?
Outro contestado no momento é Ferdinando.
Xodó de Silas, o volante gremista é o principal alvo das vaias da torcida, sendo criticado por seus erros de passe e deficiências técnicas. Afirmando que ignora as vaias, Ferdinando defende que não está no time apenas porque foi indicação de Silas. Mas é difícil de acreditar, ao observar as suas limitações em campo.
Ferdinando começou a jogar futebol profissional aos 21 anos. Não teve trabalho de base. Silas o tem como um talismã. Muitos técnicos apostam em certos jogadores para ser uma das suas bases no time, o homem de confiança em campo. Mas agora Silas está no Grêmio, não no Avaí. E todos sabemos as diferenças de tamanho entre os times. No Grêmio, há outras opções mais qualificadas. No Avaí, não.
Com a concorrência crescendo - William Magrão voltando ao time, Adilson recuperando-se - é provável que Ferdinando vire reserva. Daí não há problema. Como reserva, provavelmente é bom para suprir uma eventual ausência. Mas já ficou claro que não é um jogador técnico. É um novo Edinho, que, no Inter, foi conhecido por ser limitado, mas apostar na marcação.
Edinho, por sinal, que está no Palmeiras hoje. Que acaba de derrubar o contestado Muricy. Será que é a hora de Ferdinando cair também?

O último contestado que tem sua vaga ameaçada é Lauro, goleiro colorado.
Pato Abbondanzieri, histórico goleiro do Boca Juniors, com três títulos de Libertadores no currículo, chega ao Internacional interessado em um tetracampeonato. Obviamente, veio para ser titular, e provavelmente será, vendo pela reação da torcida quanto às falhas recentes de Lauro e à recepção de Abbondanzieri.
Lauro não é um goleiro ruim, na verdade, é capaz, tem suas qualidades. Mas a torcida pega no seu pé porque Lauro não passa segurança. Não tem atitude campeã, faz suas defesas difíceis mas toma outros tantos gols defensíveis. Clemer gritava, xingava a zaga. Nunca baixava a cabeça. Nunca foi unanimidade, mas, quando precisou defender tudo, defendeu. É isso que a torcida espera de Abbondanzieri.
Já dizia Marcos, o mítico goleiro palmeirense (olha mais um alviverde no post): "Goleiro bom é aquele que pega tudo quando o time precisa e nada quando o time não precisa". É verdade. Contra o Barcelona, Clemer foi perfeito. Contra o São Paulo, pegou tudo. Contra a LDU, uma das defesas mais difíceis da história da Libertadores. Mas contra o Vasco tomou um frango inacreditável. Contra o Grêmio, entregou a bola nos pés de Lúcio.
E mesmo assim, Clemer é o goleiro mais enfaixado do Internacional. O mítico Clemer. Até a chegada de Abbondanzieri. Agora, sob o peso de suas várias conquistas, Abbondanzieri veio ocupar a vaga que Lauro não pode: a de confiança. Ele que veio para encarar o adversário feio, indicar a movimentação dos zagueiros e socar o ar quando o time marcar o gol. Porque nada disso Lauro faz.
Custará sua vaga.
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