quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

GRANDES CRAQUES: Taffarel



A melhor maneira de apresentar um craque é através de vídeos do mesmo. Impossível traduzir em palavras, jogadas, neste caso defesas, de um grande ícone do futebol. O País que pouco valor dá aos seus ídolos, reconhece, através desta série "Grandes Craques", pela qual já passaram Zico, Maradona, Zidane e outros, a trajetória de um goleiro. Com licença, senhores, o personagem da vez é Cláudio André Mergen Taffarel.

A trajetória do gaúcho de Santa Rosa começou no Internacional. Mas isso aconteceu por um detalhe curioso: ele foi reprovado nos testes que realizou no Grêmio. No colorado não foi diferente, em duas tentativas não obteve sucesso. Na terceira, enfim, ingressou no clube vermelho. Ficou de 1985 até 1990 como jogador profissional do clube. Não conquistou nenhum título e, apesar de já demonstrar grande potencial, ficou com a fama de falhar em clássicos contra o Grêmio. Ainda assim, foi premiado com o troféu Bola de Ouro, da revista Placar, em 1988.

Do Inter rumou para o Parma, mas sofreu com o limite de estrangeiros permitidos - até a Lei Bosman ser instituída, eram permitidos apenas três estrangeiros nos clubes europeus. Deixou o clube, mas não o país. Foi para o modesto Reggina, da Itália. Não conquistou títulos, como já era de se prever, mas foi responsável pela manutenção da equipe na elite do futebol italiano. Diante do poderoso Milan, em Milão, teve uma atuação fantástica, impedindo que o rubro-negro igualasse o marcador pelo placar mínimo.

No Atlético Mineiro consagrou-se campeão estadual em 1995 e da Copa Conmebol em 1997. Apesar dos títulos, viveu momentos muito ruins. Falhou em alguns momentos e passou a ser perseguido pelo técnico Emerson Leão. Sofreu também com os salários atrasados, porém, deixou a equipe mineira como ídolo. A idolatria pelo goleiro continuou na passagem pelo Galatasaray. Em 2000, conquistou como titular a Copa da UEFA, feito até então pouco esperado para um time turco. No ano de 2001 retornou ao Parma e encerrou a carreira dois anos depois.

Até aqui a Seleção Brasileira nem foi mencionada. Justo. Defender a amarelinha, no caso de Taffarel a amarelinha deu lugar principalmente ao seu inesquecível uniforme verde, foi um capítulo à parte na carreira deste ídolo nacional. Mostrando frieza, senso de colocação espetacular e uma reluzente estrela em penalidades, conquistou os brasileiros e, para os brasileiros, a Copa do Mundo de 1994. Inesquecível. Quatro anos depois, diante da Holanda, pegou os pênaltis cobrados por Cocu e Ronald de Boer. Foi brilhante. Jogou com Romário, Ronaldo, Rivaldo, Branco, entre outros jogadores consagrados, mesmo assim foi um dos principais personagens da Seleção na década de 90. Ganhou até um bordão: "Sai que é sua Taffarel", de autoria do narrador Galvão Bueno.

Não conquistou por clubes tantos títulos. O principal foi em 2000, a Copa da UEFA, mas foi inegavelmente um dos principais jogadores da Seleção Brasileira. Se nunca jogou em um clube de ponta da Europa, não há motivos para frustrações. Taffarel é um ídolo do Brasil. Da Seleção Brasileira de futebol.


sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Post de Felicitações

Fim do ano, tempo de festa e celebração.

Aqui no República, passamos uns dias meio ausentes, com dificuldade para postar - dificuldade que explica-se pela urgência da criação da Retrospectiva, por exemplo, e de viagens de família. Mas logo voltaremos ao normal.

Neste post, que não espero ser o último de 2009, desejamos um feliz natal! Que todos leitores aproveitem bem o seu tempo natalino com família ou sem.

E para não perder o hábito...

Curtinhas:

* Guiñazu e seu empresário, Fabiano Ventura, armaram grande confusão nos bastidores do Internacional. Pessoalmente, não acho que vá sair, mas também penso que há uma grande complicação, que ainda precisa ser explicada. Não é a cara de Pablo Guiñazu pedir para sair do time em que é ídolo.

* Grêmio ganhou o sub-20 com grandes atuações do goleiro Busatto - inclusive defendendo 3 pênaltis em pleno GreNal! Mas que muralha habita as categorias de base do clube!

* O Inter trouxe não apenas um, mas dois laterais-direito com qualificação para disputar a vaga de titular. Se Fernando Carvalho levar todas as contratações pontuais em áreas que o time tem dificuldade tão a sério assim, terá uma máquina em 2010.

* Grêmio acertou com Leandro, e Borges e Hugo parecem confirmados, de fato. Com Silas, um time bem montado e contratações de peso como as demonstradas até agora, o time entra competitivo em 2010. Lembrando que Réver, aparentemente, fica. Melhor "reforço", impossível. Talvez apenas a continuação do arqueiro Victor.

E é isso... logo atualizo com mais opiniões sobre a movimentação do mercado da bola.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Messi e Marta

Fim de ano, é hora de escolher os melhores do esporte. No futebol a FIFA se encarrega da escolha dos melhores jogadores. Normanlmente não há surpresas na escolha, tirando Canavarro em 2006, e neste ano não foi diferente. Dois Sul-Americanos, o argentino Lionel Messi e a brazuca Marta. Uma dupla anunciada aos quatro ventos, e já a algum tempo.

O curioso é que esses jogadores caminham em direções opostas, enquanto Messi amadurece, cada vez mais se transforma num catalão, nesta semana se distanciou mais ainda de seus país natal, aonde nunca jogou profissionalmente por clubes, e segundo os argentinos ainda não consegue repetir as atuações no Barça pele seleção portenha. Marta caminhou na direção contrária, voltou ao Brasil, no Santos ao lado de Cristiane, ganhou tudo e com folga. Um colírio para os amantes do futebol seja ele qual modalidade.
É inversamente proporcional, equanto Lionel se distancia da Argentina mostra todo seu futebol, e com as críticas descabidas de seus conterrâneos, não renderá mesmo. Quem rendaria na chácara da terceira idade que Maradona transformou a AFA, aparentemente nem o melhor do mundo.

Já Marta não se sentia confortável nos EUA como aqui e resolveu apostar no projeto das Sereias da Vila. É claro que o futebol Sul-Americano ainda tem muito a evoluir, mas a presença das maiores craques de nossa seleção em nosso país só incentiva o crescimento do futebol feminino.

É ironico, mas as mulheres brasileiras estão dando aula de como se faz futebol, de como se cuida de seus ídolos, enquanto a Argentina prefere alentar apenas os ídolos do passado, afugentando os do presente e abastecendo a Europa, fazendo um já moribundo futebol argentino agonizar nos erros do passado, do presente e provavelmente do futuro.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009






Esses vídeos são os dois primeiros da retrospectiva do esporte pelotense de 2009, de um total de quatro partes, produzidos para a TV UCPel, pela equipe de Esportes, que contém a equipe do República Opinativa.

Com locução e texto de Elias Surita, os vídeos foram editados por Roberto [Krusser] Zambonato, com a ajuda do sempre presente Renan Silva, e as imagens do arquivo TV UCPel, com destaque para o funcionário da TV Leandro Lopes, que é o principal cinegrafista destas imagens.

Esperamos que gostem!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Eterno enquanto dure

Escrito por Renan Silva


O fantástico mundo da justiça brasileira aprontou novamente. O prejudicado, como sempre, o pequeno, a criança, o ingênuo, por fim, inofensivo - neste ponto até demais. O Chapadinha, clube de apenas sete anos de idade, está definitivamente banido do futebol. Entregou, mas entregou mesmo, o jogo por 11 a 0 ao Viana.


Atitude lamentável, mas pensada após um outro caso de jogo "estranho". O Moto Clube também venceu o jogo de maneira nada ética, porém, não obteve a classificação em virtude do massacre do Viana sobre o Galo da Chapada. Agora injustiça foi feita. Injustiça, sim. O Chapadinha deixa de ser um clube, e ocupa agora um espaço na galeria de ex-clubes do futebol nacional. Uma vergonha.


O Chapadinha Futebol Clube deixa de existir por um erro não só dele. Muita gente errou. E agora para quem os apaixonados torcedores do Galo da Chapada irão dedicar seu amor, fidelidade? Não interessa se o clube é uma criança. Se neste mundo existe um torcedor do Chapadinha, este único cidadão deve ser respeitado. Ele não possui nenhuma relação com essa ação vergonhosa dos atletas e dirigentes.


Lembrem-se do longínquo ano de 1978, quando o Peru entregou para a Argentina. Até hoje os peruanos estão em campo. Épocas distintas, é claro, mas a justiça brasileira não aprende. Nem com a história. É brincadeira. Que o amor do torcedor do Chapadinha seja eterno enquanto dure... sua paciência sem frequentar um estádio de futebol!


Do calvário ao infinito


Belém pode não ser a terra onde Jesus nasceu, ao contrário do que Claudiomiro pensava. No entanto, está muito longe de representar o fundo do poço. No livro "De Belém a Yokohama", porém, o município paraense cumpre esse papel. É um dos piores momentos da história do Internacional e lá o time de Librelato e mais 10 vence o Paysandu, livrando a equipe do rebaixamento. Em pouco tempo Fernando Carvalho, autor do livro juntamente com Luís Augusto Fischer, leva o colorado ao Japão e conquista o Mundial. Para os colorados, um boa dica de Natal.


Falando nisso


Cinco anos, um mês e dois dias. Examente essa a distância entre aquela inesquecível data e hoje (19/12/09). Para vencer o Paysandu o Inter colocou em campo: Clemer; Chris, Luiz Alberto, Vinícius e Claiton (Duílio); Cleitão, Alexandre, Cleiton Xavier e Chiquinho; Mahicon Librelato (Fabiano) e Fernando Baiano. Técnico: Cláudio Duarte. Um time horrível.


Reduzindo a pelota


No tênis, Roger Federer foi eleito o maior tenista da última década, ou seja, entre 2000 e 2009. A ATP divulgou a lista em seu site oficial e atrás dele aparecem Rafael Nadal, Lleyton Hewitt, Andre Agassi e Andy Roddick, respectivamente. Moleza para o suíço. Sem dúvidas o melhor da década e um dos melhores de todos os tempos. Os recordes e números comprovam. Recordes, aliás, obtidos e que poderão ser alcançados sem auxílio de maiôs, vento etc. Em outras palavras, ele simplesmente é superior aos demais. Simples assim.


Rapidinho


Banha - Luto dos gremistas. Qualquer gremista que guarda um pôster do time que realmente orgulhava os tricolores o verá. Uma pena. Vá em paz.


Jobson - Se alguém tem dúvida na enquete proposta pelo "República Opinativa", este alguém não é Jobson. Uma pena. Pode ser banido do esporte. Irei aguardar o desfecho do caso para dar minha posição. Desfecho que depende da justiça. Ai ai ai...


Cielo - Mais um recorde. Alegria dos brasileiros. Espero que incluencie outras gerações da natação, para que não ocorra o mesmo que houve quando o tênis brasileiro ganhou um ídolo nacional, mas ficou nisso...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

IMAGEM DA SEMANA


Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano, é atingido no rosto por manifestante, após discurso em Milão.

Entregou e foi banido?


Riso. Foi isso que a notícia que o Chapadinha Futebol Clube, aquele do caso dos 11 a 0 pela segunda divisão do Campeonato Maranhense, foi banido, me causou.

É ridículo observar como grande parte das instituições brasileiras são corruptas, e o futebol não está, nem de longe, excluído. Explico o caso: Moto Clube, um dos times mais tradicionais do Maranhão, caiu para a segunda do Estadual. A federação do estado permitiu que ele jogasse, no mesmo ano, a segunda.

Ao final da competição, o Moto Clube disputava uma vaga para subir com o Viana, que jogava contra o Chapadinha, e dependia de uma goleada. O Moto Clube, por sinal, que também precisava de saldo, vencera o seu jogo por 5 a 2 com três ou quatro pênaltis marcados pelo juiz.

E o Chapadinha, indignado com a federação, entregou descaradamente o jogo e perdeu por 11 a 0, garantindo o acesso do Viana e a estada do Moto Clube na segunda divisão. Grande parte das pessoas envolvidas no Maranhão ficaram impressionadas com o placar, furiosas pelo clube ter entregado completamente o jogo.

Eu me pergunto o que leva uma federação a ser tão descarada na sua ilegalidade. Um time jogando no mesmo ano que foi rebaixado a segunda, e subindo, com ainda mais uma atuação no mínimo suspeita do juiz? Eu ordenaria meus jogadores para entregarem também.

O Chapadinha foi banido do futebol. A instituição faz a roubalheira, o Moto Clube aproveita, e o Chapadinha, um mero clube-anão no caso, é banido. Ridículo. Apenas, ridículo. Agora uma torcida perdeu seu clube, perdeu seu futebol, tudo porque entregou o jogo. Protestou contra aqueles que não deveria ter protestado.

E, no fim das contas, me pergunto: se entregar faz o estilo do banimento completo do futebol, porque grande parte dos jogos que são claramente entregados não fazem nem parte de uma investigação? O gigante Corinthians, por exemplo, entregou o jogo contra o Flamengo pela penúltima rodada da Série A do Brasileirão de 2009. Claramente. O goleiro chegou ao ponto de aplaudir os gols do rival.

O Flamengo continuou na ponta com uma vitória sobre o Grêmio e garantiu o título. Ninguém nem falou sobre a entrega do Corinthians. Ninguém comentou sobre o corpo-mole. Quando é a Chapadinha, mini-clube do Maranhão, todos tem algum comentário na imprensa esportiva.

Quero ver se o caso fosse com qualquer outros times que não Chapadinha e Viana. Quero ver se fosse com o Curintia e o Mengão, as duas mais numerosas torcidas do futebol brasileiro. Opa! Vimos sim! E vimos que nada aconteceu. Ridículo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Parem com este papo


Escrito por Renan Silva


Começou com Ronaldinho, passou para Cristiano Ronaldo. A bola da vez é Messi. Não trata-se de uma jogada, que, diga-se de passagem, teria tudo para ser fantástica. Na verdade, até podemos entender como uma jogada, mas uma jogada totalmente mal ensaiada pela imprensa.


O primeiro alvo foi Ronaldinho. O gaúcho era incapaz de fazer na Seleção, o que na época fazia de sobra no Barcelona. O genial Ronaldinho do time catalão, não passava de um jogador importante com a camisa verde e amarela. Até lá eu acreditava nessa conversa. Tudo bem.


Mais tarde foi a vez de Cristiano Ronaldo. O “cara” do Manchester United, autor de belos gols e, principalmente, dribles, nem sempre objetivos é verdade, mas quase sempre espetaculares, não repetia as atuações ao lado dos companheiros portugueses.


Agora é Messi quem carrega o rótulo de “não render na seleção o mesmo que no seu clube”. Coitado do Messi. Além de enfrentar a mesma dificuldade dos outros dois craques citados, tem a missão de fazer chover em uma equipe desorganizada, desorientada e mal comandada como a Argentina.


Entretanto, meus caros parceiros da imprensa, não esqueçam algumas diferenças básicas entre seleção e clube. Qualquer jogador aqui mencionado atua em um grande clube, é verdade. Mas isso não significa que nas suas respectivas equipes, Messi, Ronaldinho e Cristiano Ronaldo terão sempre pela frente um adversário forte. E mesmo que tenham, não esqueçam que todo grande clube tem seu craque, mas também conta com atletas limitados - para pegar leve.


O mesmo, meus amigos, não acontece nas grandes seleções. Como se diz na gíria, algumas seleções “são um cano”. Sim. Sem defeitos. Do massagista ao atacante, todos desempenham sem erros suas funções. Ou a Itália em 2006 não era um time de respeito, sem “furos”?


Então, chega desse papo. Nenhum craque deixa de ser importante no seu país por não conseguir entortar os onze adversários nos jogos de seleções. A questão está na dificuldade. No fato do nível do confronto entre dois países ser superior ao de dois clubes. Ou alguém espera que na Copa, Cristiano Ronaldo e Kaká acabem com o jogo entre Brasil e Portugal? Duvido. Mas se for para calar minha boca, que Kaká seja o responsável. Afinal, existem exceções.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

GRANDES CRAQUES: Zico


Depois de 17 anos o Flamengo foi finalmente campeão Brasileiro, maestrado por Pet, a nação rubro-negra sorri novamente, como nos tempos do Galinho.

Zico, uma autoridade nas bolas paradas, a palavra maestro se aplica muito bem ao personagem eterno do Flamengo, clube onde iniciou sua carreira aos 14 anos e já chamava atenção pela categoria a visão de jogo de forma diferente dos outros colegas.

Estreiou profissionalmente logo contra o Vasco, eterno rival, e deu um passe para o artilheiro, e letra de música, Fio Maravilha marcar o tento da vitória. Mas foi em 1974 após um grande trabalho de preparação muscular que o Galinho de Quintino, por causa que era franzino, se tornou titular do time e titular até hoje nos corações ribro-negros.

Mas foi na década de 80 que o Galinho brilhou mesmo, quando o Flamengo enfileirou títulos brasileiros, vários estaduais, uma Libertadores e uma inédita Copa Intercontinental sobre o todo-poderoso Liverpool que vinha de três títulos de UEFA e tinha a base da seleção inglesa e alguns da seleção escocesa. Maestrado por Zico não teve para os britânocos, ele foi escolhido o melhor em campo, deu passes para o três gols da vitória a apavorou os adversários: "Joga o Zico para longe, Thompson, joga o Zico para longe, em nome de Deus!", dizia o goleiro do Liverpool. Se inciava então, não só no Rio, mas no Brasil a Era Zico.

E durante um década inteira o maestro encantou a todos, inclusive ele é um dos grandes motivos para a imensa torcida flamenguista fora do Rio de Janeiro. Pela seleção muitos acreditam ser o maior desde Pelé, Zico é o terceiro maior artilheiro da história da seleção canarinho, atrás apenas de Romário e o próprio Pelé, isso tudo sem ser atacante.

Zico ainda participou de um dos times que mais encantou o mundo com um belo futebol, a decepcionante seleção de 1982 na Copa do Mundo. Ao lado de Sócrates, Falcão e Careca, o amarelinha parecia imbatível, jogava bonito, dava show, mas a Azzurra foi a pedra no caminho deste íncrivel time. Zico marcou 4 vezes nesse mundial, sendo um contra a Argentina.

Deixou o Flamengo para atuar na Itália, jogou na Udinese e em times de menor expressão, mesmo sendo cobiçado por times com Roma e Milan. Fez sucesso lá e voltou jogando com mais elegância e mais inteligência, é claro.

Ainda voltou para o Flamengo, após uma boa passagem no novato futebol japonês, onde seria técnico mais tarde, e ganhou mais dois títulos brasileiros pelo rubro-negro em sua volta. Encerrou a carreira e se arriscou no futebol de areia, deu show é claro, hoje segue uma boa carreira de treinador, sendo o atual técnico do Olympiacos da Grécia.

Impossível fazer uma seleção brasileira de todos os tempos e excluir Zico, passe diferente, gols belíssimos e cobranças de faltas magistrais, até hoje há quem diga que o Galinho cobrava suas faltas com as "mãos" devido a tamanha precisão.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Piada de mau gosto, mas engraçada



Todos sabem que depois de 10 o Metallica voltará ao Brasil, para apresentar seu novo disco Death Magnetic, fazendo shows em Porto Alegre e São Paulo.Mas as dúvidas de todos o fãs da banda são qual será o set list e qual banda fará a abertura do concerto.

Nas últimas semanas foi lançado um boato que a banda "emocore" brasileira NX Zero abriria os shows, levando os metaleiros ao delírio, negativamente é claro. Muitos diziam que queriam o ingresso devolta, que se o Metallica fizesse isso seria uma traição aos fãs...

Ainda bem que o boato era falso, o mais precipitados foram traídos pela interface do site que deu o "furo", realmente parece um site de um jornal diário, enquanto na verdade é um site de paródias, muito bem feito por sinal.

O mais engraçado é que o site deu continuidade ao assunto, dando uma segunda notícia onde Carlinhos Brown supostamente pediria para o NX Zero não fazer o show, porque seriam escurraçados, como foi Carlinhos ao abrir um show do Guns and Roses, sendo até agredido pela platéia, levando garrafadas ao tocar A namorada.

Eu sinceramente ao ler o título me assustei, entretanto ao ler esse parágrafo da nota percebi a lorota:

- Segundo a Vamos Pular Produções, empresa responsável por trazer a turnê do álbum “Death Magnetic” do Metallica ao Brasil, a escolha se deu pela semelhança de estilos das duas bandas.
“É evidente que quem gosta de NX Zero também gosta de Metallica e vice-versa”, garante Adriana Fagundes, diretora artística da empresa. “NX Zero, Metallica e Simply Red são as minhas bandas prediletas”, revelou ela. -

Vamos Pular Produções? Quem gosta de NX Zero também gosta de Metallica e vice-versa? Aí ficou claro a brincadeira. Além do mais quem em sã conciência gosta de Simply Red? Ainda navegando pelo site pode-se perceber o teor do"jornal".

Brincadeiras a parte, ainda não se sabe a banda de abertura tampouco o set list, mas até o dia 28 de dezembro ouviremos muitas brincadeiras e suposições.



Fica pruma próxima pessoal, não chorem...


Site brincalhão:http://www.diariodebarrelas.com.br/2009/11/26/nx-zero-confirmado-para-abertura-de-metallica-no-brasil/

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

IMAGEM DA SEMANA


Flamengo garante o hexacampeonato.

Bom para o Grêmio, bom para o Flamengo



Foi o tema da semana, discutido em programas televisivos, em rodas de bares e é claro no República Opinativa: o Grêmio iria entregar o jogo pra o Flamengo? A nossa enquete da semana tratou de responder, 67% de quem votou na enquete do República tinha convicção que seria um jogo duro e foi.

O time carioca já parecia estar em festa mesmo antes do jogo, mesmo com Andrade tentando blindar seus jogadores, um certo de clima de oba-oba se instalou na Gávea. Durante a semana foi criado um certo sentimento de irmandade entre os clubes, mas não foi o que se viu em campo. Os garotos do tricolor gaúcho estavam lá pra mostrar serviço e quem sabe uma oportunidade no time, o garoto Jóbson nunca esquecerá do dia em que calou maior e mais bonito templo do futebol mundial. Susto no Marcacnã, alegria no Beira-Rio, mas duraria pouco.

Com o Maracanã, antes em festa e agora assustado, o Flamengo percebeu que o time gaúcho não venderia fácil o título então decidiu jogar. Virou na base da pressão e após ficar atrás no placar o tricolor sucumbiu. Dava passes laterais sem objetividade, abdicava de ir ao ataque. Desistiu de jogar, apenas olhava o futuro campeão, e merecido, fazer sua festa. E convenhamos, carioca sabe fazer festa.

Para o Grêmio como instituição foi uma saída perfeita, jogou com dignidade e ainda não deu de bandeija o caneco para seu eterno rival. A torcida numa tentativa patética de acuar os jogadores reclamaram de esforço demais, este tipo de torcedor não represente a torcida gremista, este tipo de torcedor não merece ser chamado de torcedor, ir no Aeroporto é muita falta do que fazer. O que representa o torcedor brasileiro foram os 84 mil rubro-negros que lotaram o Maraca, afinal nessa confusão entre Inter e Grêmio o único beneficiado foi o Flamengo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Vem ou não vem?

Silas acertou com o Grêmio e vai comandar o time gaúcho em 2010. Golaço marcado pela diretoria gremista. É, fácil, o melhor técnico em 2009. Não ganhou do Andrade na premiação dos craques do campeonato porque o técnico rubro-negro foi campeão (e o Flamengo é muito mais midiático).

Junto com Hugo, Borges e Leandro, o Grêmio pode ter um time forte, com cara de favorito na Copa do Brasil e entrando para disputar o título no Campeonato Brasileiro. Agora, devemos lembrar que Mário Fernandes, Réver e Maxi López são prováveis perdas. Maxi ainda é a mais provável renovação, mas El Loco Mário, o zagueiro fujão, é disputado por vários times italianos. Réver, grande nome da defesa gremista em 2009, também deve ir para a Europa.

Com a perda das duas promessas, o Grêmio tem a obrigação de trazer mais um zagueiro de qualidade. Duvido que tenha um jogador tão essencial para a defesa quanto Réver foi nas categorias de base. Encontrar alguém para garantir a zaga em boa situação em 2010 é essencial para a boa campanha que pode fazer.

No Beira-Rio, o Internacional não confirmou com o técnico Vanderlei Luxemburgo. O provável líder do elenco colorado em 2010 é um treinador caríssimo que não trabalha sem sua própria comissão técnica. Detalhes como a continuação de Fábio Mahseredjian, fenomenal preparador físico que perderia o emprego com a chegada de Luxemburgo, pesaram na decisão da diretoria.

Agora, o Inter afirma que confirmará logo o próximo técnico, sendo que o favorito - ou assim considera a imprensa gaúcha - é Jorge Fossati, que ficou à frente do LDU pelos últimos anos e acaba de rescindir o contrato. Não conseguiu garantir a vaga na Libertadores. Fossati fala português fluentemente, e, nos últimos anos, foi campeão da Libertadores, da Recopa e da Sulamericana. Seu time mostrava grande disciplina tática e força de contra-ataque, mas devemos lembrar que tinha a atuação facilitada pela altitude do Equador.

No quesito jogadores, o Inter deve anunciar Thiago Humberto, destaque do Barueri, e a renovação com Andrezinho, essencial 12º jogador do elenco colorado. Sandro deve partir para o Tottenham, e a parte de Giuliano no colorado deve terminar assim que a Libertadores findar, já que a Traffic tem 50% do seu passe. O Internacional ainda não mostrou a mesma força de contratação que o arquirrival, e a torcida mostra-se insatisfeita com a falta de anúncios de reforços.

Silas no Grêmio, podemos esperar apenas o melhor. É um grande técnico. Agora, Fossati? Tenho minhas dúvidas, mas quando Mário Sérgio veio, também tinha. E achei que teve boa atuação no colorado, dificultado pelas lambanças que Tite havia feito em comunhão com a diretoria. Ah, por sinal, Hugo no Grêmio? Wow! A torcida gremista deve estar em júbilo. É um grande jogador, com um chute impressionante.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Flamengo hexa, Inter vice.


Gol do Grêmio.

No Beira-Rio, a torcida ruge de alegria, pela primeira vez na história.

Logo em seguida, gol do Inter. A torcida explode em festa. Por todos os lados, torcedores começam a chorar, acreditando no título. Outros berram, pulam, comemoram.

Infelizmente, durou pouco a alegria do tetracampeonato. Pouco mais de uma hora. O Flamengo conseguiu empatar e virar. Após o empate, era provável a falta de reação do Grêmio - não daria, assim, de presente, um título para seu arquirrival. Mas não entregou. Apenas não correu atrás do resultado que não lhe interessava. Não dá para culpar. Fez apenas o que sua fanática torcida esperava e exigia.

Mas o Internacional de Porto Alegre mais uma vez chegou forte numa disputa. Seguindo sua tradição dos anos 2000 e sua força histórica, o Inter teve um bom ano, apesar de tudo. Em 2005 também foi vice (apesar da polêmica), e em 2006, todos sabemos o que aconteceu. O colorado levantou o troféu da Libertadores da América e de Campeão do Mundo.

Para o Grêmio, resta disputar a Copa do Brasil. A diretoria dedica-se para montar um bom time em 2010 e buscar um título de expressão, que não vem há tempos. Acabar em oitavo no Campeonato Brasileiro pode ter sido uma decepção para a torcida, mas foi condizente com o elenco que possuía. Manteve a invencibilidade em casa por todo campeonato, que é algo de se orgulhar. No entanto, não rendeu quando não era empurrado pela torcida.

O título do Flamengo serve apenas para mascarar um péssimo momento do futebol do Rio de Janeiro. Fluminense e Botafogo terem escapado do rebaixamento também. O Fluminense, aliás, mereceu escapar, mas podemos lembrar que deve uma Série B não jogada. A falta de estrutura no Rio pode não ter prejudicado tanto assim os clubes em 2009 (tanto que nenhum caiu e Vasco voltou à Série A com título), mas vai voltar para assombrá-los em 2010 se a situação não mudar.

A Libertadores em 2010 será jogada por Flamengo, Internacional, São Paulo, Corinthians e Cruzeiro (que pega pré-Libertadores). Contratando corretamente, o Inter poderá fazer boa campanha. O São Paulo é sempre perigoso, sempre tem um time forte. O Flamengo tem a obrigação de manter seus pilares em 2010 para ir bem. O Cruzeiro tem um elenco que pode garantir a vaga na fase de grupos e ir muito bem na Libertadores, como foi em 2009. Já o Corinthians, com pose de time grande, contrata forte, mantendo o time pode ir bem. Preocupa apenas a média de idade dos jogadores contratados.

O Campeonato Brasileiro foi marcado por tropeços, subidas e quedas na tabela. O campeão só liderou nas duas últimas rodadas. O maior líder (por mais tempo, isto é) nem pegou Libertadores, o Palmeiras. Foi emocionante embaixo e em cima. Parece que os times pegaram o jeito dos pontos corridos, e o São Paulo não garantiu o hepta.

Em 2010, quero o futebol gaúcho melhor. Vamos lá! Grêmio penta-campeão Copa do Brasil, Inter bi da Libertadores! (E que em 2011, tenha GreNal, esse clássico magnífico, na Libertadores. Ou já é pedir demais?)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Grupos da Copa 2010 Definidos

O sorteio começou com Nelson Mandela. Falando sobre a importância de uma Copa do Mundo disputada pela primeira vez na história na África, o líder sul-africano afirmou que o privilégio de receber o mundial deixará benefícios a longo prazo para o país e o continente, e que ele tem certeza do bom trabalho que a África do Sul realizará.

Bom, se formos tomar como padrão a festa de ontem, definitivamente a África do Sul fará um bom trabalho. Estava tudo bonito, tudo funcionando perfeitamente, tudo muito legal. O vídeo que mostrou todos os qualificados para 2010 estava um trabalho de mestre. Já o pequeno filme dividido em três partes do avô mostrando aos netos tudo sobre as Copas do Mundo em geral, então, era feito para relembrar.

Mas, voltando ao sorteio e aos grupos, e como ficou tudo:

GRUPO A: África do Sul, México, Uruguai e França
GRUPO B: Argentina, Nigéria, Coréia do Sul e Grécia
GRUPO C: Inglaterra, EUA, Argélia e Eslovênia
GRUPO D: Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana
GRUPO E: Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões
GRUPO F: Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia
GRUPO G: Brasil, Coréia do Norte, Costa do Marfim e Portugal
GRUPO H: Espanha, Suíça, Honduras e Chile

GRUPO A GRUPO

A: Achei o grupo mais equilibrado. A África do Sul está em má fase, mas joga em casa, o que é motivação a mais da torcida. O México é sempre uma pedra no sapato dos times grandes, o Uruguai tem potencial para melhorar até 2010, mas a renovação da seleção está demorando demais. A França não vem jogando bom futebol, foi parar na repescagem... mas Raymond Domenech levou a mesma França jogando mal em 2006 para o vice-campeonato. É sempre perigosa.

Minha aposta? França e Uruguai.

B: Fato curioso: a Argentina quase sempre cai no grupo da morte. Dessa vez, não. O grupo está relativamente fácil. Passa Argentina e mais um, assim como passaria o cabeça-de-chave qualquer que fosse. O único que pode complicar é a Nigéria. Coréia do Sul teve boa campanha em 2002 apenas por duas arbitragens ridículas contra Espanha e Itália, e Grécia venceu a Eurocopa de 2004, mas depois não fez nada de bom.

Minha aposta? Argentina e Nigéria. Sem surpresas.

C: Meu técnico favorito é o Fabio Capello. Raramente ele faz algo de errado apenas por orgulho, como muitos técnicos brasileiros. É controlado, cerebral, domina o vestiário como poucos, tem a capacidade de pegar grandes estrelas e uni-los em um verdadeiro time. E está no controle da Inglaterra. Nem é preciso dizer que a Inglaterra, então, é favorita. Com um timaço, e com Fabio Capello, qualquer time é favorito. EUA vem melhorando, mas Copa do Mundo é outro nível. É Copa do Mundo! Não deve passar das oitavas. Eslovênia tirou a Rússia, mas quem viu o jogo sabe que não dá para se enganar muito. Argélia é um bom país africano, mas fica ali ali.

Minha aposta? Inglaterra e Eslovênia.

D: Grupo difícil. Sim. Difícil. Austrália só cresce em Copas, Sérvia fez uma ótima campanha nas Eliminatórias e Gana foi bem em 2006. E a Alemanha é a Alemanha, não é tricampeã por nada. Alemanha é praticamente certo que vai - não costuma desapontar, em 2002 foi vice e em 2006 foi terceiro lugar. Tenho esperança na Sérvia, embora se Gana e Austrália passarem, não será surpresa nenhuma.

Minha aposta? Alemanha e Sérvia.

E: Será essa a Copa do Mundo da Holanda? Foi vice-campeã nos dois anos que era a Laranja Mecânica. Uma das maiores injustiças do futebol, ter a Holanda, de Cruyff, nunca ter sido campeã. Sempre sou simpático com a Holanda. Dessa vez, parece que vai longe. Passou com 100% nas Eliminatórias. Dinamarca, Japão e Camarões disputam o segundo lugar. Apenas isso.

Minha aposta? Holanda e Camarões.

F: Itália é a atual campeã. Por si só, esse fato já garante que o time seja tratado como favorita. Mas não vejo a Itália indo tão bem assim. Parece um time envelhecido, às vezes esperando a mesma renovação que o Uruguai necessita. Tem seus jogadores mais novos, mas nenhum deles ao nível do que os velhos representavam quatro anos atrás. Paraguai fez boas eliminatórias, venceu do Brasil, ué! Nova Zelândia e Eslováquia são zebras.

Minha aposta? Itália e Paraguai.

G: O grupo da seleção canarinho. E o Brasil, que é o Brasil, sempre é favorito. E vai passar, é claro. Ou alguém acha que o Dunga, com seu pragmatismo italiano, vai deixar escapar uma vaga em qualquer que seja o grupo? Coréia do Norte é só número. Costa do Marfim e Portugal lutam por vaga. Com times bons. Entre os dois, vejo a Costa do Marfim em melhor momento, Portugal com melhor time. Se até 2010, Portugal e Costa do Marfim estiverem do mesmo jeito, os portugueses não passam.

Minha aposta? Brasil e Costa do Marfim.

H: Espanha é campeã da Eurocopa. Parou de ser o "time-que-nunca-chegará". Chegou. Em alto estilo, com uma campanha magnífica de um futebol-arte na sua mais pura essência. Também, com craques como Iniesta, Xavi, Fernando Torres, David Villa, Casillas... não tem como ir mal. Honduras vem para cumprir tabela, Suíça para tentar a segunda posição. O Chile não é uma seleção fraca, provavelmente fará boa campanha, e é o mais provável acompanhante da Espanha para as oitavas.

Minha aposta? Espanha e Chile.

*

Deu para ver que não deixei espaço para a zebra, e todos os cabeças-de-chave passaram. Por um motivo simples: nenhum grupo pode ser realmente visto como perigosíssimo para os favoritos. Não vejo nenhuma zebra absurda na primeira fase. Agora, na segunda, é outros quinhentos... ah, e o grupo da morte? Difícil eleger. Diria grupo D (porque tem quatro seleções com condições de passar) ou grupo A (porque tem o país-sede jogando em casa e três seleções com condições).

E é isso aí... a maravilha de uma Copa do Mundo.

E QUE VENHA 2010!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

GRANDES CRAQUES: Falcão


Muitos colorados que viram e lembram do Internacional dos anos 70 afirmam que foi a melhor década que o clube já teve. De 1975 a 1979, o elenco manteve sua base e formou um time competitivo, campeão e incrível. Desses colorados, todos afirmam que Paulo Roberto Falcão era o melhor jogador.

Não só do time. Do Brasil. Melhor meio-campo já formado pelo Inter, Falcão foi jogador do time profissional por seis temporadas, de 1973 a 1979, e levantou o tri-campeonato brasileiro, sendo também parte do único título invicto do Brasileirão, em 1979.

Falcão era um jogador completo. Foi revelado como volante, e de fato exerceu essa função por um bom tempo, mas era bom demais para ser gasto em uma posição muito defensiva. Passou a ser segundo volante. E em seguida, praticamente um armador, embora nunca tenha deixado de ser "volante".

Tinha qualidade defensiva, tinha qualidade ofensiva, marcava gols com facilidade. E com a bola no pé, era um gênio. Seu passe era milimétrico; seus lançamentos, certeiros. Suas assistências e seus gols, então, eram arte. Pura arte técnica, bela e perfeita. Era um jogador que atuava de cabeça erguida, com classe, orgulho.

Em 1978, foi deixado fora da Copa do Mundo. O técnico Cláudio Coutinho decidiu por levar Chicão, um volante viril e forte. Mas contra classe e inteligência, não há força existente que possa parar um jogador como Falcão. A Argentina venceu a Copa de 78.

Em 82, formou com Cerezo, Sócrates e Zico um meio-campo destruidor, mas que foi parado por uma Itália pragmática de Paolo Rossi, que acabou campeã. Falcão, nessa ocasião, nas quartas-de-final, marcou o segundo gol do Brasil na derrota de 3 a 2 para a Itália. Um belíssimo gol de fora da área, um dos mais famosos da sua carreira.

Em 83, já na Roma, foi campeão italiano. Em uma das únicas três vezes que o clube venceu o Scudetto. Era o suficiente para virar ídolo. E foi o que ocorreu. O catarinense que desde jovem jogava um futebol fenomenal, ajudara a construir o Beira-Rio, encantara os colorados de todo o país foi à Itália, à terra da contenção, à terra do ferrolho. E fez história.

Com seu futebol de classe, seus chutes de ouro, seus passes refinados, Falcão jogava como realeza, como um nobre no meio de plebeus. Que pouco podiam fazer diante do talentoso Rei de Roma.

"Dizem que jogador sozinho não ganha campeonato. Mas o Falcão de 79 seria vice com certeza". (Luís Fernando Veríssimo)

Pela volta do diploma


Quem é brasileiro, acompanha o que acontece no país e não é totalmente alienado sabe; a profissão de jornalista não é mais regulamentada, ou seja para exercer a profissão não precisa de diploma ou qualquer outra formação. O Supremo Tribunal Federal nos derrubou, assim como a dignidade e respeitabilidade, já arranhada, da imprensa brasileira.

Hoje basta querer para ser um "foca", não importa que instrução, ou a falta dela, não importa a índole ou os interesses. É como se a medicina não fosse regulamentada e no outro dia eu abrisse um consultório, afinal já me curei de uma gripe, e sozinho....

Mas este absurdo que nos foi imposto pela Folha de São Paulo, Globo, e STF tem seus dias contados. Willian Bonner terá que se retratar depois, de forma constrangida, afirmar que o fim do diploma era um avanço para o país, à pedido da emissora. No senado já esta tramitando a possível volta da exigência do diploma de jornalismo para exercer esta profissão. A votação no senado foi quase unanime, parece qua a os maiores interessados no fim do diploma ainda não chegaram no senado.

É claro que não será fácil, afinal uma decisão do Supremo nem o presidente pode julgar, mas o absurdo ficou tão evidente que o senado tomou providências. Ainda dependemos do STF, no caso de parecer positivo, o Supremo terá que revogar o que já tinha sido declarado.

O fim do diploma parecia tão absurdo que a sociedade e nós da área da Comunicação pouco fizemos, mas agora, de forma desesperada lutamos contra a empáfia da burguesia brasileira que ainda domina a prole e sempre dominará, mas cabe a quem tem o poder mudar isso, e os jornalistas o tem.

O pior de tudo é que o nosso maior aliado é ninguém menos que José Sarney, o maior dinossauro da política brasileira, mas como ele já exerceu a profissão, até como repórter, já declarou apoio total a Fenaj.

Enquanto o diploma não volta, continuarei escrevendo no blog me considerando um jornalista, mas torcendo para não ser mais, afinal ainda não me formei, e sou tão jornalista quanto uma diarista...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ó meu Mengo


O Flamengo será campeão. Essa é a certeza que invade os colorados, já que o Grêmio não dará de presente um título para seu maior rival. Mesmo que não entregue, não tem a capacidade de vencer o Flamengo, motivado, em pleno Maracanã lotado. Mas, ignorando esse detalhe do "entregar ou não entregar", vale chamar atenção às últimas rodadas do campeonato.

Depois de uma competição liderada principalmente pelo Palmeiras, e que aparentou ir direto para a sala de troféus do São Paulo mais uma vez, depois de uma arrancada invejável, quem teve a arrancada do topo foi o Flamengo. E por que isso? Vale a análise: um pouco sorte, um pouco competência, quase nada de planejamento.

Sorte? Sim. O Flamengo tem três principais jogadores, responsáveis diretos pela arrancada do time: Adriano, Petkovic e Bruno. Não coloco Maldonado ou Álvaro nessa lista porque a zaga melhorou por méritos do Andrade. Ah, o Andrade, por sinal, foi um jogo de sorte também, ele só foi efetivado depois das negociações com Vagner Mancini desandarem. Mas voltando aos jogadores... Adriano veio de graça da Inter de Milão, gigante italiana, porque estava deprimido lá.

Tudo bem, ele tem direito. E o Flamengo o recebeu. Mas que é uma sorte um jogador da qualidade do Adriano ter voltado ao Brasil, pedido para jogar no Flamengo e ter encontrado sua melhor forma com rapidez, no contexto geral, é. Petkovic a mesma coisa. Veio para negociação de uma dívida, e, para surpresa de todos, está comendo a bola. Sempre teve a qualidade, mas, aos 37 anos, renasceu. Isso é bom trabalho do Pet. Sorte do Flamengo.

Outro detalhe: Corinthians entregou o jogo. Grêmio provavelmente também fará corpo mole. Então, nos seis pontos do título (pontos que colocaram e mantiveram o Flamengo na primeira colocação nas duas últimas rodadas), nenhum deles foi realmente jogado. Assim fica fácil.

Competência? Ter efetivado Andrade na hora certa, mesmo dependendo da sorte de não ter assinado com Mancini, foi competência. Conquistar inúmeros pontos em uma série invicta de motivação e reação, foi competência. Contar com os tropeços de todos adversários do topo, foi sorte. Andrade mostrou ser um ótimo técnico, com a cabeça direita e noção tática invejável, mas teve o trabalho facilitado por não contar com uma pressão absurda por qualquer parte da imprensa, diretoria ou torcida. De cara fez um bom trabalho. Isso sempre ajuda.

Planejamento? Como grande parte dos times do Rio de Janeiro, o futebol de soberba e orgulho dos flamenguistas não parecia ir a lugar nenhum. Até o meio do campeonato, o presidente afirmava que o título viria. Mesmo com o clube mais próximo da zona de rebaixamento do que do G4! O mesmo presidente foi à imprensa afirmar que "o dinheiro acabou!", do mesmo clube que não paga nenhum salário em dia, com exceção de Adriano.

Realmente, o Flamengo em primeiro lugar, é uma campanha de várias caras. E fica a certeza de que, no campeonato de pontos corridos mais fácil de ser vencido, marcado por tropeços e equilíbrio, foi vencedor não aquele que foi melhor que 19. E sim o que foi o menos pior de 20.

A torcida agradece.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ele vale por 11


Chegou ao Inter para integrar o grupo, meia de bom passe, de cobranças de falta, Andrezinho veio sob os olhares desconfiados dos colorados que mal lembravam do garoto do Flamengo, que atuou ao lado de Adriano e chegou a seleção sub-20.

Aos poucos Andrezinho foi se tornando um jogador essencial para o colorado, mas nunca se firmou, sempre foi, pelo Inter, o chamado reserva imediato ou décimo segundo jogador. Entrava e muitas vezes resolvia, mas mesmo assim nunca teve lugar cativo no time.

É só lembrar de jogos como Inter x Paraná na Copa do Brasil de 2008 onde ele acabou com o jogo, ou Inter x Flamengo na mesma copa mas em 2009, em que ele marcou um golaço de falta em cima de seu clube de origem e coração. Ele decidiu nas duas oportunidades. O meia também já atuou em várias funções, como lateral-direito e segundo volante, sempre atuando bem. Sempre muito profissional e disponível.

Nesta reta final de Campeonato Brasileiro Andrezinho mais uma vez corespondeu, entrou no lugar do apático D'alessandro contra o Sport e mais uma vez decidiu. Em uma bela cobrança de falta, no finalzinho, em um jogo ruim do Inter, ele colocou o colorado de volta na disputa do título, dependo de uma combinação de resultados, principalmente dependendo de seu maior rival.

Apesar de ser reserva Andrezinho é o jogador mais participativo do time, pelo Brasileirão ele participou de nada mais que 42% dos gols marcados, com passes ou gols, isso tudo vindo do banco ou substituindo um colega no início raras vezes. Ninguém discute a qualidade e a importância do meia no time do Internacional, mas o que se lamenta é que sempre que ele tem uma oportunidade de sequência não aproveita, entretanto saindo do banco talvez seja o melhor jogador do time.

O que falta para Andrezinho se firmar ninguém sabe, mas os colorados ainda poderão descobrir, afinal o meia que disse recentemente que nunca se sentiu reserva no time, pode renovar com o colorado, mas só no caso de aquisição definitiva do jogador, além de finalmente uma vaga no time é claro.