
Riso. Foi isso que a notícia que o Chapadinha Futebol Clube, aquele do caso dos 11 a 0 pela segunda divisão do Campeonato Maranhense, foi banido, me causou.
É ridículo observar como grande parte das instituições brasileiras são corruptas, e o futebol não está, nem de longe, excluído. Explico o caso: Moto Clube, um dos times mais tradicionais do Maranhão, caiu para a segunda do Estadual. A federação do estado permitiu que ele jogasse, no mesmo ano, a segunda.
Ao final da competição, o Moto Clube disputava uma vaga para subir com o Viana, que jogava contra o Chapadinha, e dependia de uma goleada. O Moto Clube, por sinal, que também precisava de saldo, vencera o seu jogo por 5 a 2 com três ou quatro pênaltis marcados pelo juiz.
E o Chapadinha, indignado com a federação, entregou descaradamente o jogo e perdeu por 11 a 0, garantindo o acesso do Viana e a estada do Moto Clube na segunda divisão. Grande parte das pessoas envolvidas no Maranhão ficaram impressionadas com o placar, furiosas pelo clube ter entregado completamente o jogo.
Eu me pergunto o que leva uma federação a ser tão descarada na sua ilegalidade. Um time jogando no mesmo ano que foi rebaixado a segunda, e subindo, com ainda mais uma atuação no mínimo suspeita do juiz? Eu ordenaria meus jogadores para entregarem também.
O Chapadinha foi banido do futebol. A instituição faz a roubalheira, o Moto Clube aproveita, e o Chapadinha, um mero clube-anão no caso, é banido. Ridículo. Apenas, ridículo. Agora uma torcida perdeu seu clube, perdeu seu futebol, tudo porque entregou o jogo. Protestou contra aqueles que não deveria ter protestado.
E, no fim das contas, me pergunto: se entregar faz o estilo do banimento completo do futebol, porque grande parte dos jogos que são claramente entregados não fazem nem parte de uma investigação? O gigante Corinthians, por exemplo, entregou o jogo contra o Flamengo pela penúltima rodada da Série A do Brasileirão de 2009. Claramente. O goleiro chegou ao ponto de aplaudir os gols do rival.
O Flamengo continuou na ponta com uma vitória sobre o Grêmio e garantiu o título. Ninguém nem falou sobre a entrega do Corinthians. Ninguém comentou sobre o corpo-mole. Quando é a Chapadinha, mini-clube do Maranhão, todos tem algum comentário na imprensa esportiva.
Quero ver se o caso fosse com qualquer outros times que não Chapadinha e Viana. Quero ver se fosse com o Curintia e o Mengão, as duas mais numerosas torcidas do futebol brasileiro. Opa! Vimos sim! E vimos que nada aconteceu. Ridículo.
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