quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

GRANDES CRAQUES: Taffarel



A melhor maneira de apresentar um craque é através de vídeos do mesmo. Impossível traduzir em palavras, jogadas, neste caso defesas, de um grande ícone do futebol. O País que pouco valor dá aos seus ídolos, reconhece, através desta série "Grandes Craques", pela qual já passaram Zico, Maradona, Zidane e outros, a trajetória de um goleiro. Com licença, senhores, o personagem da vez é Cláudio André Mergen Taffarel.

A trajetória do gaúcho de Santa Rosa começou no Internacional. Mas isso aconteceu por um detalhe curioso: ele foi reprovado nos testes que realizou no Grêmio. No colorado não foi diferente, em duas tentativas não obteve sucesso. Na terceira, enfim, ingressou no clube vermelho. Ficou de 1985 até 1990 como jogador profissional do clube. Não conquistou nenhum título e, apesar de já demonstrar grande potencial, ficou com a fama de falhar em clássicos contra o Grêmio. Ainda assim, foi premiado com o troféu Bola de Ouro, da revista Placar, em 1988.

Do Inter rumou para o Parma, mas sofreu com o limite de estrangeiros permitidos - até a Lei Bosman ser instituída, eram permitidos apenas três estrangeiros nos clubes europeus. Deixou o clube, mas não o país. Foi para o modesto Reggina, da Itália. Não conquistou títulos, como já era de se prever, mas foi responsável pela manutenção da equipe na elite do futebol italiano. Diante do poderoso Milan, em Milão, teve uma atuação fantástica, impedindo que o rubro-negro igualasse o marcador pelo placar mínimo.

No Atlético Mineiro consagrou-se campeão estadual em 1995 e da Copa Conmebol em 1997. Apesar dos títulos, viveu momentos muito ruins. Falhou em alguns momentos e passou a ser perseguido pelo técnico Emerson Leão. Sofreu também com os salários atrasados, porém, deixou a equipe mineira como ídolo. A idolatria pelo goleiro continuou na passagem pelo Galatasaray. Em 2000, conquistou como titular a Copa da UEFA, feito até então pouco esperado para um time turco. No ano de 2001 retornou ao Parma e encerrou a carreira dois anos depois.

Até aqui a Seleção Brasileira nem foi mencionada. Justo. Defender a amarelinha, no caso de Taffarel a amarelinha deu lugar principalmente ao seu inesquecível uniforme verde, foi um capítulo à parte na carreira deste ídolo nacional. Mostrando frieza, senso de colocação espetacular e uma reluzente estrela em penalidades, conquistou os brasileiros e, para os brasileiros, a Copa do Mundo de 1994. Inesquecível. Quatro anos depois, diante da Holanda, pegou os pênaltis cobrados por Cocu e Ronald de Boer. Foi brilhante. Jogou com Romário, Ronaldo, Rivaldo, Branco, entre outros jogadores consagrados, mesmo assim foi um dos principais personagens da Seleção na década de 90. Ganhou até um bordão: "Sai que é sua Taffarel", de autoria do narrador Galvão Bueno.

Não conquistou por clubes tantos títulos. O principal foi em 2000, a Copa da UEFA, mas foi inegavelmente um dos principais jogadores da Seleção Brasileira. Se nunca jogou em um clube de ponta da Europa, não há motivos para frustrações. Taffarel é um ídolo do Brasil. Da Seleção Brasileira de futebol.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dá um pitaco!