
Depois de 17 anos o Flamengo foi finalmente campeão Brasileiro, maestrado por Pet, a nação rubro-negra sorri novamente, como nos tempos do Galinho.
Zico, uma autoridade nas bolas paradas, a palavra maestro se aplica muito bem ao personagem eterno do Flamengo, clube onde iniciou sua carreira aos 14 anos e já chamava atenção pela categoria a visão de jogo de forma diferente dos outros colegas.
Estreiou profissionalmente logo contra o Vasco, eterno rival, e deu um passe para o artilheiro, e letra de música, Fio Maravilha marcar o tento da vitória. Mas foi em 1974 após um grande trabalho de preparação muscular que o Galinho de Quintino, por causa que era franzino, se tornou titular do time e titular até hoje nos corações ribro-negros.
Mas foi na década de 80 que o Galinho brilhou mesmo, quando o Flamengo enfileirou títulos brasileiros, vários estaduais, uma Libertadores e uma inédita Copa Intercontinental sobre o todo-poderoso Liverpool que vinha de três títulos de UEFA e tinha a base da seleção inglesa e alguns da seleção escocesa. Maestrado por Zico não teve para os britânocos, ele foi escolhido o melhor em campo, deu passes para o três gols da vitória a apavorou os adversários: "Joga o Zico para longe, Thompson, joga o Zico para longe, em nome de Deus!", dizia o goleiro do Liverpool. Se inciava então, não só no Rio, mas no Brasil a Era Zico.
E durante um década inteira o maestro encantou a todos, inclusive ele é um dos grandes motivos para a imensa torcida flamenguista fora do Rio de Janeiro. Pela seleção muitos acreditam ser o maior desde Pelé, Zico é o terceiro maior artilheiro da história da seleção canarinho, atrás apenas de Romário e o próprio Pelé, isso tudo sem ser atacante.
Zico ainda participou de um dos times que mais encantou o mundo com um belo futebol, a decepcionante seleção de 1982 na Copa do Mundo. Ao lado de Sócrates, Falcão e Careca, o amarelinha parecia imbatível, jogava bonito, dava show, mas a Azzurra foi a pedra no caminho deste íncrivel time. Zico marcou 4 vezes nesse mundial, sendo um contra a Argentina.
Deixou o Flamengo para atuar na Itália, jogou na Udinese e em times de menor expressão, mesmo sendo cobiçado por times com Roma e Milan. Fez sucesso lá e voltou jogando com mais elegância e mais inteligência, é claro.
Ainda voltou para o Flamengo, após uma boa passagem no novato futebol japonês, onde seria técnico mais tarde, e ganhou mais dois títulos brasileiros pelo rubro-negro em sua volta. Encerrou a carreira e se arriscou no futebol de areia, deu show é claro, hoje segue uma boa carreira de treinador, sendo o atual técnico do Olympiacos da Grécia.
Impossível fazer uma seleção brasileira de todos os tempos e excluir Zico, passe diferente, gols belíssimos e cobranças de faltas magistrais, até hoje há quem diga que o Galinho cobrava suas faltas com as "mãos" devido a tamanha precisão.
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