terça-feira, 30 de março de 2010

Terça Internacional: o pós-jogo.

Entre as duas partidas, escolhi aquela que prometia ser um jogão: Bayern de Munique vs Manchester United. Não me arrependi. Jogaço. Apenas na Liga dos Campeões vê-se futebol tão bem jogado, mas até na competição das estrelas são raras partidas deste calibre.

Começou tudo no 1º minuto. Logo na primeira jogada, cruzamento de bola parada de uma falta feita pelo argentino Demichelis, erro individual do mesmo Demichelis e gol de Wayne Rooney. Parecia mais um dia para o inglês que já marcou 34 gols na temporada. O que ele não esperava era encarar um adversário sem vontade nenhuma de perder.

No primeiro tempo, o jogo foi equilibrado. Os bávaros controlavam a bola, tinham a posse, ditavam o ritmo, mas no contra-ataque poucos times são mais letais que o Manchester. Cada ataque alemão rebatido virava uma chance de gol para o Manchester. Quando tentou adiantar a marcação, foi envolvido pelo Bayern, que também criava chances mas não conseguia empatar o jogo. Resumiu-se a chamar a equipe da casa para seu campo e apostar tudo em jogadas parecidas com as do primeiro gol.

Sem Robben, fora por lesão, o time não mostrava o mesmo tipo de perigo com seu substituo, Altintop. Mas não tem problema, Ribéry estava para jogo. O francês chamou a responsabilidade de maestro do Bayern e dos seus pés saíram jogadas que encantaram os espectadores. Mas volto a Ribéry em seguida. Saberão porquê.

Com o fim do primeiro tempo, Louis Van Gaal deve ter dado um bom sermão nos seus jogadores. Quando o time alemão voltou para a segunda etapa não precisou mais se preocupar nem com os contra-ataques ingleses. O jogo era dominado pelo Bayern. Parecia questão de tempo para sair o gol de empate. Mas o Manchester era o adversário, e todos sabem que com os diabos vermelhos não se brinca. A bola não entrava.

Demorou 32 minutos de domínio, dezenas de belíssimas trocas de passe alemãs, tentativas de contra-ataque ingleses sem sucesso, jogadas de efeito de Ribéry até Gary Neville tirar a bola de perto da zaga de Van der Sar com a mão. Ah, Van der Sar! Não posso dizer que foi sua melhor partida, porque não acompanhei a carreira do goleiro veterano como um todo. Mas que foi uma das melhores que eu vi, foi. Pegou tudo. O único motivo do empate não ter saído antes foi a eficiência do goleiro holandês.

Com a falta para o Bayern, Ribéry colocou a bola no chão, respirou fundo e mandou um balaço que parecia pronto para morrer no meio da barreira. Que nada. A bola desviou em Rooney e morreu no fundo das redes de Edwin Van der Sar. O estádio rendeu-se ao talento (e sorte) do francês, e os bávaros cantaram seu nome.

Após o gol, o time inglês pareceu acordar, e até os 46 minutos, o jogo foi lá em cá, mas a pressão alemã prevalecia. O time não desistiu, lutou, chutou, procurou o gol sem parar. E foi premiado. Olic, aos 46, rouba uma bola que não parecia apresentar perigo, entra correndo na área e só tira a bola de Van der Sar. 2 a 1. O Allianz Arena explode, Olic corre arrancando a camisa para celebrar, Louis Van Gaal comemora.

Jogaço. Ouvi muito na transmissão que "o empate é um resultado justo", sem esperarem o fim do jogo. Mas a vitória foi merecida. A partida era do Bayern. E que partida.
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No jogo entre Lyon e Bourdeaux, 3 a 1 para o Lyon. Eu acho que é difícil o derrotado reverter o resultado em casa, mas nunca se sabe. Michel Bastos fez boa partida e marcou gol.

Terça Internacional

Hoje é um dia internacional, decisivo. Na Liga dos Campeões, Manchester United e Bayern de Munique se encontram na Alemanha às 15h45, mesmo horário que Lyon e Bordeaux jogam para decidir quem vai às semifinais, na cidade de Lyon.

Entre os favoritos mais um ano, o Manchester encara o Bayern já com cara de semifinalista, pensando apenas em derrotar o temível Barcelona pelo caminho para chegar ao tetracampeonato. Mas eu não iria com tanta certeza que vem se falando para a disputa.

O Bayern tem uma equipe bem montada, que tem jogadores bons em todos setores do campo. Demichelis, argentino que virou ídolo na Alemanha, dá segurança à zaga. Lahm é um lateral tão qualificado que pode escolher o lado que joga. Van Bommel é líder tanto no clube quanto na seleção. Robben é o grande nome do Bayern, e ainda é acompanhado no meio pelo ótimo Ribéry. Mario Gomez é o centroavante que bota a bola pra dentro, mas quando a bola não chega, não faz muito.

Mas o Bayern ainda fica ofuscado pelo brilho de Rooney, que ocupa o outro lado e vem com vontade de firmar seu nome como melhor do mundo desta temporada. Auxiliado de Nani, em ótima fase, Giggs, sempre perigoso, e duma zona defensiva formada por jogadores qualificados como Fletcher, Evra, Vidic, Ferdinand, tem tudo para decidir a partida. No gol da equipe inglesa, encontramos Van der Sar, a múmia. Não só pela idade, mas pela quantidade de faixas de campeão que possui.

Com essa constelação em campo, podemos esperar um jogo ótimo. E não é porque não tem a mesma quantidade de estrelas que o jogo de Lyon também não será ótimo. O Bordeaux vem se mordendo para mostrar quem é o novo dono da França. Perdeu a Copa da Liga para o Olympique, que pode ter abalado os jogadores, mas lidera o campeonato nacional e vem jogando bola.

Destaque para Michel Bastos, o pelotense vendido por milhões ao Lyon para ser o grande nome da temporada - mas que ainda não chamou a responsabilidade -, seria essa sua hora? Gourcuff, pelo Bourdeaux, é chamado de petit Zidane, tanto pelo estilo de jogo, quanto pelo time - Zizou jogou na equipe francesa por 4 anos - e o aspecto físico. É bom jogador, e tem tanto potencial para decidir a partida quanto o próprio Michel.

Esta terça-feira promete!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Ganso, um ''bicho'' em extinção


8 Henrique Ganso, o apelido é de um animal comum, que se encontra com facilidade nos cantos rurais do Brasil e até nas cidades, porém como jogador, na sua posição, com seu talento é raro. Camisa 10, canhoto, meia armador, com boa técnica, visão de jogo, potência e uma sensibilidade rara.

Este tipo de jogador está extinto no país, poucos times tem jogadores assim, armadores clássicos, como, D'alessandro, Douglas e Danilo. Porém todos os citados são jogadores experientes, de outra geração. Ganso é da novíssima geração. É craque, até acho que não deve estar nessa Copa do
Mundo, mas futuramente será nosso camisa 10, não tenho dúvidas.

O último jogo dele, contra o Monte Azul, pelo Campeonato Paulista demonstrou a qualidade do garoto. Um golaço por cobertura, outro tirando do goleiro com extrema categoria e facilidade, além de assistências e jogadas maravilhosas. Num Santos que goleia sem dó nem piedade e já é comparado ao Santos de Pelé, as goleadas são corriqueiras e destes garotos da vila, não destaco Neymar, André, Maikon Leite nem Madson. Craque mesmo é o Ganso, esse bicho é bom.

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* Morreu hoje aos 83 anos Armando Nogueira, autoridade no jornalismo brasileiro e criador de toda a geração do jornalismo esportivo no Brasil. Crônicas, mesas redondas, blogs esportivas, todos fomos inspirados pelo mestre Armando Nogueira. Fica aqui a homenagem do Repíblica Opinativa ao mestre.

* Maicon Sapucaia precisou de apenas um tempo para decidir o jogo contra o Santa Cruz e recolocar o Pelotas na briga pelo Gauchão.

* Inter perdeu mais uma vez e Fosssati balança sériamente, tudo passa pelo jogo de quarta contra o Cerro-URU.

* Brasil de Pelotas empatou em Camaquã e ainda sonha com a classificação.

sábado, 27 de março de 2010

Tá ficando bom


Não tem como não notar. Podem falar mal do Ferdinando e do William. Podem dizer que o Silas pretere as promessas do time para colocar os “bruxos” em campo. Podem não gostar da nova camiseta do time. Mas não podem mais falar que o time não está rendendo.
É nítida a evolução no time do Grêmio, em todos os setores. A zaga melhorou muito, Silas resolveu ceder a pressão e escalar Mario Fernandes ao lado de Rodrigo, desde então o time que sofria gols em todos os jogos, sofreu apenas 3 nos últimos 6 jogos. Edílson veio e ganhou a lateral direita, é raçudo e chega bem ao ataque. Está longe do último grande lateral direito que o Grêmio teve, Anderson Lima, mas está bem a frente de todos os que sucederam o mesmo. Na lateral esquerda, Fábio Santos vem rendendo, não compromete lá atrás, e as vezes chega bem a frente.


Na volância, com a volta de Adílson, o futebol “não rende, mas não compromete” do Ferdinando parou de receber críticas, recebendo inclusive alguns elogios.
Eu não acredito muito nessa história de que “Deus escreve certo por linhas tortas”, mas, brincando um pouco, acho que o Silas reza tanto, que o “universo” conspirou a favor.
Os medalhões Hugo, Leandro e Souza, o último principalmente, jamais sairiam do time. Independentemente do rendimento, não sairiam. Aí vieram as lesões. Ah, as lesões. Falou-se tanto de como o Grêmio foi prejudicado nesse início de temporada devido às lesões de seus de seus “principais” jogadores. Para mim, é justamente o contrário, o Grêmio saiu muito beneficiado.


Douglas é um meia de verdade, daqueles que não se vê todo dia. Não é craque, como chegou a dizer o Silas, a palavra craque está banalizada, já fazendo um “lobby” para o post anterior do Roberto Krusser, mas é muito inteligente, está bem à frente de vários jogadores. Muitos falam que ele acertou o meio campo, não é verdade. Douglas acertou a parte de criação do meio campo, antes dele o Grêmio jogava em prol de seus laterais, hoje o jogo é centralizado nele, todas as jogadas passam pelos seus pés.


O verdadeiro responsável pelo acerto do meio campo se chama Maylson. Devo confessar que, apesar de ele sempre ser bem cotado e ter passado por seleções de base, nunca fui muito admirador do seu futebol. Entretanto, graças a ele, hoje o meio campo do Grêmio joga, e joga bem. Maylson tem qualidade para chegar à frente, mas o grande acréscimo que trouxe foi em relação à parte defensiva, o guri marca, e marca muito. O meio do Grêmio hoje é um 1-2-1, com Ferdinando na frente da zaga, Adílson e Maylson à sua frente, este com mais liberdade ofensiva, e o Douglas centralizado, sem obrigação de marcação.


É graças a isso que o futebol do Grêmio está rendendo, e é graças a isso que a cada jogo inúmeras chances de gol são criadas, com o Jonas seguindo se dando ao luxo de perder uns 4 gols por partida, não que ele não jogue bem, mas que desperdiça muitas chances, desperdiça.
Em relação ao centroavante, William, o mesmo é quase um folclore. Eu sou fã daquele jogador alto, bom no jogo aéreo, que vai trombar e brigar com a zaga adversária, mas quando a própria torcida acha graça do seu centroavante é porque sabe que está errado. A vaga é de Borges, quando este retornar.

Enquanto isso, Silas vai vendo (e ouvindo) as vaias se transformarem em elogios e aplausos.

Cerveja do Fim de Semana: Serramalte


Hoje falarei de uma cerveja pouco conhecida, porém de um sabor bem agradável e textura encorpada. Uma cerveja forte.

Informações relevantes: Cerveja gaúcha fundada em 1957 na cidade de Getúlio Vargas, e foi comprada pela Antártica em 1980.


Não lembro quando foi a primeira vez que eu bebi essa cerveja, creio que por meados de 2006. Naquela época eu já não gostava de cervejas pilsen comuns, eu bebia cervejas extras na maioria das vezes. Quando a bebi, senti que ela não era uma simples cerveja extra, era uma cerveja extra ao quadrado.

A maioria do público bebedor de cerveja, que está acostumado à fraqueza das cervejas nacionais fabricadas pela Ambev não aprecia as cervejas mais encorpadas e sabor mais forte e com um amargor mais presente, mas um amargor de respeito.


A diferença de coloração é algo incrível, se for comparada com qualquer cerveja extra, Serramalte parece ser feito de outro material, na visão dos leigos.


Muito boa cerveja, porém é uma cerveja da Ambev, e isso implica em decair a qualidade ao longo dos tempos. Em questão de meia década, a Ambev consegue acabar com uma cerveja (a exemplo da Polar, mas falaremos disso posteriormente), e é o que ela está fazendo com essa boa cerveja, uma das melhores nacionais. Ontem fomos eu e mais dois amigos ao bar mais freqüentado da cidade, e bem servidos pelo “Ovos”, e pedimos uma Serramalte para abrir os serviços. A cerveja em questão não agradou a mim e nem aos demais. Está caindo o nível. Já foi deveras melhor, espero que demore a ser uma cerveja ruim.


Preços: Garrafa 600 ml de R$2,68 a R$3,26 nos supermercados e R$4 a R$5 em bares. São preços salgados, porém para apreciar uma cerveja boa, vale o custo.


NOTA: 7,8

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A sua piscina está cheia de ratos



O estereótipo é válido, político ladrão e folgado, isso que pode-se encontrar em Brasília, na terra onde tudo é grandioso, escandaloso e misterioso ao mesmo tempo. Misturam-se nordestinos corridos de sua terra, e arrogantes de São Paulo. Engravatados, são todos da mesma ''laia''.

A cidade que faria o Brasil evoluir 50 anos em 5 agora esconde do país tudo o que acontece. Brasília é uma fortaleza, onde todos políticos ficam intocados. Em Buenos Aires, é só ir ao centro da cidade para protestar, no Brasil é preciso atravessar o cerrado, um lago, uma barreira, mais um lago e ainda sim ninguém te ouvirá.

Lula representava uma utopia, de mudança, de igualdade social. Até ele desistiu, se entregou a dura realidade da política brasileira, fechou os olhos para muitas coisas, encobertou outras, tudo para tentar realizar alguns de seus desejos, afinal o presidente não governa sozinho.

Ele sozinho insiste em políticas públicas para bens sociais, sempre se preocupando com o proletariado, ainda de forma impressionante conseguindo manter a economia estável. Lula está acima de qualquer partido ou ideologia, ele é algo mais. O que vier será uma sombra independente de quem seja.

Hoje ele tem uma aprovação recorde, mas ainda há os contrários, mas em alguns anos ele será reconhecido como um dos maiores estadistas da história do país, ao lado de Jk e Getúlio Vargas. E isso é um fato. Fato também que o governo dele não foi o que se esperava, nem ele mesmo atingiu suas expectativas, mas ainda sim é o maior pós militarismo.


O presidente é um cara simples, que não esquece suas origens, mas assim como eu me impressionei com a clausura da nosssa capital em relação ao resto do país, vejo como ninguém nem o presidente consegue saciar a ganância do brasileiro. Um país continental, com uma capital compacta, mas mais desordenada que todo o país inteiro.

Fotos: Elias Surita

Os pontos de vista aqui exprimidos refletem a opinião do autor, e não do blog República Opinativa como um todo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Fiasco e Quartas-de-Final


O Internacional do contestado Jorge Fossati estabeleceu nova marca história quarta-feira, e não das boas. Foi derrotado pelo São José, fato que havia ocorrido apenas quatro vezes nos confrontos entre os times.

E não foi apenas uma derrota. Foi um vexame. O Inter levou 3 a 0 sem nem esboçar reação. Um time desorganizado, mal-escalado e apático entregou-se à marcação e aos ataques do Zequinha, com uma atuação do sistema defensivo das piores que já viu-se na história recente colorada.

E Fossati está na fossa (com o perdão do trocadilho). O uruguaio enfrenta nova polêmica devido às cinco partidas sem vitória, com um fiasco de luxo no fim da sequência. Meus argumentos para proteger o técnico estão acabando. Mas ainda assim acho o grupo colorado não tão bom quanto vêm se falando constantemente.

No Internacional de hoje falta um zagueiro para jogar ao lado de Bolívar, falta um atacante diferenciado como era Nilmar e falta um jogador que não desperdice chances. Quando a bola for, ele faça o gol. O fiasco provavelmente teria sido evitado com um jogador assim. A derrota, dificilmente.

● Já para os lados do Olímpico, o Grêmio venceu o Novo Hamburgo ontem por 2 a 1 e garantiu, além da vaga nas quartas-de-final, a melhor campanha do campeonato. Embora ainda restem duas rodadas, dificilmente o Internacional tirará a vantagem.

Com gols de Maylson e William, o tricolor empilhou a 12ª vitória consecutiva. Tem méritos, mas não pode ser vítima do mesmo golpe que o Inter levou em 2008 e 2009. Com campanhas invejáveis no Gauchão, o Inter mesmo assim teve problemas quanto a atingir suas metas.

● Em São Paulo, tanto o São Paulo Futebol Clube quanto o Corinthians perderam para times de menor expressão, a exemplo do Inter. Não bastasse a zebra no paulista e no gaúcho, os cariocas ainda viram Vasco ser derrotado, e, assim, decretar a demissão de Vágner Mancini. Eu sou completamente contra trocar de técnico no início de uma temporada, mas quando os resultados são tão insatisfatórios quanto parecem ser para direção do Vasco, não há o que fazer.

● A Velha Senhora perdeu mais uma no Calcio. A Juventus, em sua absoluta crise, levou a virada do Napoli e caiu para sétimo colocado, ficando cada vez mais próximo de dar adeus às competições européias. É uma pena ver um time de tanta tradição passar por isso. Tenho carinho pela Juve. O primeiro jogo que eu lembro de ter assistido da equipe italiana, lá por 96 ou 97, tinha um francês classudo em campo, portando a camisa 21. Zinédine Zidane. Foi o suficiente para me encantar.

● A imprensa paulista continua pressionando por Ganso e Neymar na seleção. Pelos céus! Tenho bem claro que se Ronaldinho não for à Copa, é ridículo dar chances a Neymar e qualquer outro jovem santista. Eles são promessas. Promessas. Ronaldinho já foi melhor do mundo com méritos de sobra. Um dos melhores da década. Quero vê-lo, sim, na seleção. Tire Josué ou qualquer outro jogador duro, mas não para colocar uma mera promessa. Coloquem o dentuço!

E aí? Neymar ou Ronaldinho na Copa 2010? Juventus tem saída ou vai afundar de vez? Opine!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Pequeno grande craque

Não conheço nenhum fã de futebol que não goste de discutir o velho "quem foi melhor?". Eu não sou diferente. Poucas discussões elevam tanto o emocional quanto a comparação entre ídolos. Por sorte, meus ídolos, em sua maioria, estão aposentados. Posso tirar o emocional da área.

E sobram apenas os craques atuais nesta discussão. Quem é melhor e quem foi melhor, e suas variáveis. Quem foi mais habilidoso, quem foi mais preciso, quem foi mais importante... pois é. Muitos valores para levar em consideração.

Recentemente, o atual melhor do mundo vem ocupando a mídia com suas atuações de luxo. Lionel Messi faz gol a torto e a direito, dribla filas e filas de adversários, mesmo mantendo a objetividade, e protagoniza lances espetaculares.

Pelos últimos meses, já se dizia "Wayne Rooney será o melhor do mundo desta temporada". Por quê? Messi é o atual vencedor do prêmio e continua no topo. Parece doentio a necessidade de procurar um melhor do futebol por ano. Ele está logo ali, e continua sendo o mesmo do ano passado, o argentino baixinho do Barcelona, Messi.

Como eu disse em uma postagem anterior, o termo "craque" é desvalorizado constantemente. Precisamos tanto de ídolos no nosso país que chegamos ao ponto de eleger jogadores tais quais Robinho e Diego Souza como craques. Bons tempos aqueles que existiam pouquíssimos craques, ao ponto de podermos citar suas décadas, e não seus anos, como hoje.

O que se diz constantemente, é o desafio de Messi. Ser o maestro argentino na Copa do Mundo. Com isto, ele chegaria lá. Ao topo do imaginário portenho. Finalmente apareceria um tão grande quanto Maradona. Será que é possível? Eu acho que é. Mas desde que o próprio Maradona, técnico da seleção, saiba montar o time em torno do seu principal nome.

Messi é o melhor do mundo, atualmente, e possivelmente, o nome do início desta década. E ele tem apenas 22 anos. Se continuar evoluindo, daí sim, alcançará o posto ocupado por poucos e míticos jogadores. O de um lendário craque.
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● O Santos vem empilhando gols e vitórias. Robinho parece focado e dedicado, como eu previa que não seria quando ele voltasse. Bom, prefiro esperar. Veremos até onde os novos meninos da Vila vão. Ainda acho que o grande nome do Santos atualmente é Neymar. Tem futuro, mas, por enquanto, ainda não é tudo que vêm falando dele. Ainda é promessa.

● O Inter empatou contra o Pelotas por 2 a 2 e Fossati está cada vez mais a perigo. Vejo um time bem montado, mas que não consegue fazer a jogada fluir, não consegue decidir em algumas das tantas finalizações que cria. Culpa do treinador? Parcialmente. Ele que escolhe os jogadores.

● O Superclássico argentino, Boca Juniors x River Plate, foi cancelado e adiado para esta quinta-feira, amanhã, devido à chuva. Os dois times não vão muito bem no campeonato. Mesmo assim, é sempre um bom jogo para se ver, move milhões.

domingo, 21 de março de 2010

O 4-2-3-1


Primeiro, peço desculpas pela demora em fazer esta postagem. Problemas particulares me impediram. Mas vou tentar retomar a discussão que propus no meu texto do dia 17 de março, antes do jogo do Internacional pela Libertadores. Na ocasião, disse o seguinte:

"Fossati vem recebendo muitas críticas ao seu trabalho no colorado. Acho a grande maioria delas infundadas. Mas a torcida teme que o uruguaio seja um técnico de um esquema só, que poderia "queimar" alguns jogadores, em favor de outros de menos qualidade. O jogo contra o Cerro será essencial. Ganhando, o Fossati ganhará a confiança dos colorados. Empatando, receberá muitas críticas devido à quaisquer que forem as falhas da equipe em campo. Perdendo, será massacrado."

Com o empate, um leitor comentou "O que achas de Fossati agora?". Vou tentar responder, já agradecendo pela participação!

Fossati não foi a campo com um 4-2-2-2, como eu previa. Ao invés disso, optou pelo 4-2-3-1, ou seja, utilizou quatro jogadores na defesa - dois zagueiros e dois laterais de ofício, responsáveis por marcação antes de apoio -, dois volantes, três meias ofensivos e um atacante colocado na área adversária. Era claro o que desejava fazer. Queria a aproximação de D'Alessandro, Giuliano e Edu (os "3" do esquema), unindo-se a Alecsandro buscando concluir a gol e apostando num bom último passe para camisa 9 colorado.

Durante o primeiro tempo, viu-se isso. Até os 10 minutos, o Cerro tentou surpreender o Inter indo para cima e buscando abrir o placar. Com duas chances logo de cara, a conduta do time colorado mudou, e a equipe adiantou a marcação, manobra essencial para crescer na partida. Com essa formação, o Inter teve controle do meio-campo e criou suas próprias chances, as duas mais claras com Giuliano, em duas ótimas defesas do arqueiro uruguaio.

Parecia que o Inter tinha a vitória encaminhada, e Fossati havia achado seu esquema. Não fosse pelo segundo tempo. O Inter não entrou em campo. Não dá para dizer que o Cerro veio com tudo - o que aconteceu foi que o time colorado deixou o Cerro invadir seu campo. Alecsandro perdeu-se mais uma vez na marcação de três ou quatro jogadores na área adversária, Edu parou de buscar a bola no meio-campo, D'Alessandro, que foi bem na primeira etapa, mostrou sinais de cansaço e Giuliano, que criará suas duas chances, não ameaçou mais.

Terminou como terminou. Empatado. O resultado justo. O Cerro é um bom time, e também buscou a vitória. Duvido que aguente a pressão colorada no Beira-Rio, mas já mostrou que não é um time fraco. Tem suas virtudes e seus bons jogadores. Mas tudo dirigiu a crítica ao treinador do Internacional. Mais uma vez seu esquema foi ineficiente.

Fossati, para mim, continua recebendo críticas infundadas. Quando pressionado, mudou de esquema. Testou algo novo. Abandonou suas crenças - que passam por considerar o 3-5-2 uma formação confiável - em busca do melhor resultado. Mostrou que não é um técnico de um esquema só. O problema é que o resultado está faltando. Num grupo mediano para fraco, o Inter ainda não assumiu a liderança. Faltam atacantes que desequilibrem, meias que se aproximem, mas isso não sabe-se ser culpa do técnico. Sua única culpa seria escalar certos jogadores que simplesmente não são os melhores para cada posição. Vide a situação Bruno Silva vs. Nei.

Jorge Fossati vem buscando arrumar o time, encontrar a formação ideal. Resta saber se será tarde demais para o Inter em suas pretensões na Copa Libertadores.

● A pressão da imprensa paulista para a convocação de Neymar só aumenta. Seu empresário chegou ao ponto de dizer que ele é um quatro jogadores no mundo inteiro que pode desequilibrar uma partida. Ou seja, chamou-o de um dos melhores do mundo. É bom jogador, vem tendo ótimas atuações, mas não é para tanto. E cabe perguntar: se ele jogasse no Grêmio ou no Inter, haveria toda essa badalação? Pois é...

● De contestado a favorito, Alecsandro vai garantindo seu lugar como um dos titulares absolutos. Atuou bem mesmo contra Cerro, faltou apenas o gol. Bom ver que o preciosismo que cabia-lhe em 2009 não repete-se na Libertadores de 2010. Bom para o Inter. E Taison? De absoluta desaprovação da torcida, já passa a ser nova aposta para o time. Edu não mostrou a que veio, e a torcida começa a pressionar.

sábado, 20 de março de 2010

Cerveja do Fim de Semana: Skol



Esta postagem inaugura a coluna "Cerveja do Fim de Semana", que virá através deste autor, todo o fim de semana, uma nova cerveja a ser avaliada.


Neste primeiro post, a cerveja a ser avaliada é a mais popular do Brasil: Skol.


Por algum tempo, nesta década, esta cerveja foi a melhor do país com certeza, perdendo é claro apenas para as cervejas extras, importadas e variantes do tipo não pilsen. Mas em termos de cerveja pilsen nacional, liderou o paladar dos degustadores por um tempo significativo, como foi dito.

Junto com um sabor agradável, Skol começou a investir pesado em publicidade e propagandas na televisão. A criatividade dos publicitários e dos roteiristas de propaganda era (e ainda é) digna de prêmio. Além de liderar o mercado em número de vendas, as propagandas na TV eram as mais comentadas entre o clube de comentadores de propaganda de cerveja. O marketing dessa cerveja trouxe inovações ao mundo cervejeiro, como a garrafa de 500 ml e o orifício alargado da lata de 350 ml. Bem, isso não muda o gosto, não é mesmo?



A propaganda estragou o gosto. - Hein? Sim! – Com a venda garantida pela fama de cerveja boa, e continuando a investir pesado em mídia, a qualidade da cerveja poderia cair, uma vez que a qualidade da cerveja tinha sido legitimada e fora totalmente incontestada por muitos bebedores de cervejas, amadores na maioria das vezes. É claro que os bebedores, bebedores não, degustadores perceberam a diferença e mudaram de marca. No ano de 2006 essa cerveja chegou ao um nível péssimo de qualidade, principalmente no verão, época em que a cerveja é produzida em escala maior que em outras estações.

Até hoje, a cerveja é listada por populares como umas cinco melhores que já beberam. Realmente isso deve ser falta de conhecimento! Mude de cerveja, varie esporadicamente a marca que você consome. Cerveja não é apenas Skol e semelhantes do tipo pilsen.


Skol desce redondo. Água e Coca-Cola também. Cerveja tem que descer quadrada, sim! Ela precisa causar na garganta, precisa arranhar e fazer sentir, isso mostra que ela tem consistência e que não é aguada.

É claro, amigos, que existem cervejas bem piores que Skol, e que sendo a última escolha, Skol se transforma em uma boa opção, infelizmente.


Os preços são acessíveis, porém existem algumas cervejas que a meu ver, são melhores, ou “menos piores” e são mais baratas que Skol. Preços aproximados no supermercado:

Litro: R$ 2,80 – Lata: R$ 1,55 – Garrafa 500 ml: R$ 2,20 – Garrafa 600 ml R$ 2,55 – Latão 473 ml: R$ 1,85


Nota de 0 a 10: 3,2

edit: critérios de avaliação revisados e nota alterada

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Farinha, Erva, Ovo e Cabelo Raspado.


Já começou mais um semestre letivo em praticamente todas as universidades do país, e logo após o início das aulas, os calouros são recebidos calorosamente por seus veteranos. É algo muito antigo, mas ainda persiste na imbecilidade do ser humano cultivar a prática de trote na cultura universitária. Eu por sorte não tive trote por ser da primeira turma do meu curso, não poderia ter, segundo as regras da Faculdade de Letras, e se pudesse não aplicaria aos meus bixos.
Existem ‘n’ razões para que o trote seja algo que não me agrade.
Não é divertido sair sujo na rua, andar preso por uma cordinha e esmolar por moedas, andar fedendo mais que caminhão de lixo, ser submetido a outros tipos de humilhação.
Segundo os veteranos, o objetivo do trote é integrar os calouros aos demais alunos do curso. Uma festa com bastante álcool (desculpem-me os que não bebem) é mais divertida e faz a determinada função com mais eficiência que o trote sujo.
O mais incrível nisso tudo, é que o torturado um dia se torna torturador, ao invés de tentar abolir a prática que o humilhou, mas Paulo Freire explica bem isso no livro “Pedagogia do Oprimido”, o oprimido vira repressor.

É no mínimo uma perda de tempo.

O que não é perda de tempo é o trote solidário. Por sorte esse tipo de trote ainda é realizado e não deixado de lado.

quarta-feira, 17 de março de 2010

It's not so easy


Ver Axl Rose e Sebastian Bach numa mesma noite pode ser considerado o apíce do prazer musical para qualquer um que é fã de hard rock.


Eu tive esse prazer ontem a noite, e posso dizer, sem nenhum pesar, foi inacreditável.


Chegamos em Porto Alegre eram exatamente 16:00. Fomos para a fila, interminável. Com a clássica desculpa de "vou ver se acho algum conhecido", logo achamos um buraco na fila e...sim, furamos.


Entramos dentro do local do show eram umas 17:00, ficamos confinados lá dentro até umas 20:00, enquanto o pessoal da pista VIP passava por nós rindo e apontando. Normal.


Quando finalmente nos liberaram, foi aquela correria, todo mundo tentando correr mais que o outro para chegar na frente e pegar o melhor lugar.

Eu estava atrás, mas logo fui me infiltrando e atingi a grade. Ali ficamos impacientes até umas 22:00, quando veio o anuncio, sob uma chuva de vaias, de que haviam acontecido muitos problemas com a estrutura do palco e com alguns equipamentos dos músicos, e que o show começaria dentro de uma hora. (Detalhe, estava marcado para começar as 21:00)


Quando bate 23:00 todos começam a se olhar, procurar...nada. Nós haviamos tido como última refeição o almoço, lá pelo meio dia, e estavamos desde as 16:00 em pé. A fome e o desgaste eram uma coisa absurda. A única coisa positiva foi que trocaram o cd que estava rolando lá desde as 20:00, e que já tinha virado umas 5 vezes.


Faltando pouco para 00:00 , sobe ao palco a Rosa Tatooada. Tive pena dos caras, era óbvio que devido a falta de organização, a raiva iria estourar em cima deles. Mas mesmo assim os caras não se abalaram, fizeram um "mini-show" de 3 músicas, com as vaias sendo reduzidas consideralvente da primeira para a última música, esta que foi dedicada para a Tequila Baby, que seria a outra banda a abrir o show, se tudo tivesse ocorrido dentro dos conformes.


Ao final do show da Rosa, o vocalista estendeu a bandeira do Rio Grande do Sul, levando grande parte do público ao delírio, e mostrando o porque eles estavam ali. Queriam representar as bandas gaúchas num evento desse tamanho. Eu não soltei uma vaia, e aplaudi muito no final.


Meia noite e pouco vem ao palco Sebastian Bach. Com o perdão do trocadilho, mas... bah! O cara é muito foda. Baita presença, e mandando muito no vocal. O show contou com muitas músicas do primeiro cd do Skid Row, de mesmo nome, algumas do segundo, Slave to the Grind, e varias outras do último cd solo de Sebastian, Angel Down.

Claro que as clássicas, 18 and Life, I Remember Rou e Youth Gone Wild foram as mais cantadas.Mas não posso deixar de manifestar meu pesar por grande parte das pessoas que estavam a minha volta, ficavam pedindo o fim do show, e não conheciam nada do trabalho desse monstro do rock and roll. Meus registros ficam para In A Darked Room, Slave to The Grind e para o cover de Aerosmith, Back in the Saddle, além dos clássicos já citados.


1:45. Não muito depois do fim do show do Bach, as luzes se apagaram novamente, agora sim, delirio geral. Ao fundo os telões começaram a passar algumas imagens, enquanto rolava a introdução de Perry Mason (clássico da TV e clássico do Ozzy). Bem em cima do palco apareceu DJ Ashba, todo mundo gritava como nunca. Então o riff de Chinese Democracy começou a ser executado. Meu deus! Só quem estava lá para sentir a energia emanada por essa banda.

O tiozão Axl Rose, com seu visual motoqueiro sulista, continua em forma. Cantando muito. Logo ao final de Chinese Democracy veio o clássico grito emando por Axl: "Do you know where you are?"

Sim todos sabiamos aonde estavamos, estavamos na selva. Porque quando entrou o rff de Welcome To The Jungle todos viraram uns animais, pulando e batendo uns nos outros.

Antes de seguir, vale uma nota geral.

A todos que se recusaram a ir no show por dizer que não era Guns N' Roses, que Axl e banda não valia a pena. PERDERAM!

Que banda foda! Não da pra dizer de outra maneira. Dos três guitarristas escolhidos por Axl, é um melhor que o outro. É incrivel como soam bem, como toda a banda soa muito bem. A qualidade de todos os músicos da banda é algo fora de série. Axl realmente escolheu os melhores.


Depois de Welcome To The Jungle, o repertório seguiu no Appetite For Destruction, e foram executadas It's So Easy e Mr. Brownstone. Seguidas de duas do Chinese Democracy, Sorry, e o grande sucesso Better.

Pausa para o solo de guitarra de Richard Fortus, tocando o tema do 007. Demais.

Seguindo..

Live And Let Die me arrepiou, ao ouvir a voz rasgada de Axl nas primeiras estrofes.

Mais três musicas do Chinese, If the World, Shackler's Revenge e Street Of Dreams.

Uma coisa que me deixou triste, foi que ao executar Rocket Queen, talvez minha música preferida do Guns, eles cortaram um pedaço dela. Mas nada que tire a beleza do espetáculo.

Ao final do solo de DJ Ashba começou Sweet Child O' Mine, delirio dos fãs e dos pseudo-fãs. Cantada em coro obviamente, Axl still got it.

You Could Be Mine foi foda demais. Não achei que Axl conseguiria. Tudo bem que no final o grito de 10 segundos virou um grito de 5, mas não importa, Axl mato a pau.

Depois ele se sentou ao piano, todos sabiam que viria November Rain, mas antes fez uma "brincadeira" com a plateia, tocando Another Brick In The Wall do Pink Floyd, a plateia acompanhou em coro.

November Rain, foi sem palavras. Eu devo ser podre por dentro, pois acho que fui o único não estava chorando. Mas que arrepiou, arrepiou.

Ao final da execução dessa música eu aprendi uma coisa. Axl é o Guns. Podem falar o que quiserem, e chorar pela formação antiga, mas o Guns está vivo, gostem ou não os saudosistas.


Depois do solo de Bumblefoot, tocando o tema da Pantera Cor de Rosa, veio Knockin on Heavens Door em uma versão um pouco diferente, mas que foi identificada na hora pelas 20 mil pessoas presentes.


Night Train eu cantei inteira, até os solos, coitada da mulher que fico entre eu e a grade. Detalhe para DJ Ashba usando a bandeira do Rio Grande do Sul enrolada às costas.

Ao final Axl se despediu e agradeceu. Claro que todo mundo sabia que viria mais.


No bis, Madagascar representou pela última vez no show o Chinese Democracy.

Logo em seguida veio a muito aguardada Patience, e foi perfeitamente executada. Ouvir aquele assobio ao vivo é uma experiência única.

Por fim Paradise City. Refrão muito grudento e cantado por todos os presentes.
Com os gritos de "I want you take me home!" foi encerrada essa inesquecivel apresentação do Guns N' Roses.


Depois do show ainda cantamos parabéns para um membro da equipe técnica da banda, e tambem para uma fã muito sortuda, que estava na primeira fileira e foi pessoalmente chamada ao palco por Axl Rose.


E para termos certeza de que se tratava de Axl mesmo, um pequeno chilique/brincadeira em sua ida para o camarin. E ele saiu chigando todo mundo e arremessou o microfone no chão.


Agora sim! Podemos dizer que fomos a um show do Guns.


Ficamos 12 horas em pé, e 14 horas sem comer, mas nunca disseram que seria fácil assistir à banda mais perigosa do mundo.











A empreitada do Internacional em direção ao bi da Libertadores continua nesta quinta-feira, dia 18 de março, contra o Cerro do Uruguai, em Rivera, às 19h15. Jogando fora de casa, mas para uma torcida em sua maioria colorada, os dois times são os favoritos para passar de fase na competição.

Embora a vitória seja o melhor e o mais indicado - já que o time colorado chegaria à liderança da chave -, declarações de Fossati e dos jogadores do Inter já deixaram claro que não acham o empate um resultado ruim. Seja apenas um método de tratar o jogo com mistério, ou seja verdade, o que importa é que a torcida não recebeu com alegria essa notícia. Ela deseja a vitória.

Pudera, o Inter vem de duas atuações limitadas, e, embora os resultados sejam bons - como vitória de virada em casa e empate na altitude do Equador -, a massa alvirrubra deseja ver uma vitória convincente.

O empate não é mal resultado. Empatando todas fora de casa e ganhando todas em casa, o Inter terá em suas mãos a classificação. Mesmo assim, duvido que o time jogue pelo empate. Jorge Fossati conhece bem o estilo de jogo uruguaio, e já dá sinais de que mudará o esquema tático em campo. Por sinal, discussão essa que acalorou, mais uma vez, os nervos do meio futebolístico.

Com a volta de D'Alessandro ao time, o 4-4-2 passa a ser alternativa, com o argentino e a revelação Giuliano jogando juntos na armação, aproximando-se do ataque. O sistema preferido do técnico, o 3-5-2 (ou 3-4-1-2), recebe críticas devido à falta de jogadores chegando ao ataque com condições de concluir. Mudaria muito com o 4-4-2?

Talvez. Talvez não. Tomando a nomenclatura utilizada por Jorge Fossati, o 4-4-2 torna-se um 4-2-2-2. Os últimos quatro jogadores seriam responsáveis pelas investidas em direção ao gol adversário. Com isso, a dupla de volantes ficaria mais fixa, resguardando a zaga que agora é formada por 3 jogadores, com sempre um na sobra.

Com o 4-4-2, Kléber e Nei (ou Bruno Silva, embora Nei tenha atuado melhor nas suas chances) perdem sua liberdade para subir ao ataque, uma das principais características do 3-5-2 de Fossati. D'Alessandro é um jogador diferenciado, que pode fazer a diferença. Giuliano voava no fim de 2009. Tirar qualquer um dos dois pode ser um problema. Aí basta fazer a escolha: Kléber e Nei ou D'Ale e Giuliano?

Fossati vem recebendo muitas críticas ao seu trabalho no colorado. Acho a grande maioria delas infundadas. Mas a torcida teme que o uruguaio seja um técnico de um esquema só, que poderia "queimar" alguns jogadores, em favor de outros de menos qualidade. O jogo contra o Cerro será essencial. Ganhando, o Fossati ganhará a confiança dos colorados. Empatando, receberá muitas críticas devido à quaisquer que forem as falhas da equipe em campo. Perdendo, será massacrado.

Todos caminhos levam a Rivera nesta quinta-feira.

● Nesta quarta-feira, a Copa do Brasil que toma a atenção. O Grêmio enfrenta o Votoraty, de São Paulo, às 15h30, precisando vencer por uma diferença de dois gols ou mais para evitar o jogo de volta no Olímpico. O clube paulista vem sendo encarado como uma surpresa, enquanto o Grêmio aposta tudo no peso da sua camisa para derrotar a equipe emergente.

Com William no lugar de Borges, Maylson alçado à condição de titular e Rodrigo aparecendo no time ao lado de Mário Fernandes, o Grêmio não vai com força máxima para o confronto, que não deve acontecer sem maiores surpresas. Não sou de fazer apostas, mas acho que dessa vez não vai dar zebra. O estádio pode ser ruim, a temperatura pode estar alta, mas o time tricolor tem mais qualidade, e experiência o suficiente para não ser surpreendido.

Veremos.

domingo, 14 de março de 2010

A volta do clássico

Clássico, hoje o termo está claramente banalizado no futebol, inclusive o tema já foi debatido no blog, porém em pelotas temos três: Bra-Pel, Far-Pel e Bra-Far. Há quem conteste, uma vez que o Farroupilha não te a mesma expressão dos demais. Eentretanto, o momento atual demonstra que o Bra-Far é clássico, e que clássico.

O xavante começou melhor, investindo pela direita, aproveitando o nervosismo do lateral-esquerdo Douglas, 17 anos, que estava nervoso, assim como toda a equipe fragatense. Mas o Brasil perdeu muitos gols e não aproveitou suas chances, já Kiki do fantasma aproveitou uma das raras oportunidades e abriu o marcador. O gol acalmou o time do Farrroupilha, que prontamente se retrancou.

Após muita insistência na bola parada, o rubro-negro conseguiu a virada, jogando com muito toque de bola e paciência. O Farrapo ainda não ia bem, mas empatou num belo gol de falta do garoto Douglas, ele mesmo, que melhorou muito na segunda etapa. Ainda no calor do segundo gol, em jogada rápida, Kiki sacramentou a vitória de virada do Farroupilha, que não jogou melhor, mas mostrou muita eficiência nas oportunidades recebidas.

O Farroupilha não vencia um clássico havia seis anos, e o jogo ainda teve duas expulsões, muitas paralisações, estádio cheio, jogo franco, torcida protestando. E ainda falam que Bra-Far não é clássico. Na falta do Bra-Pel é o que se tem de mais emocionante envolvendo duas equipes pelotenses no momento.

Foto: Futeboldaqui

sábado, 13 de março de 2010

Rodada decisiva para cidade

É chegada a hora para as equipes pelotenses em seus respectivos torneios, para o E. C. Pelotas, a hora é de arrancada, na chave ''mais difícil'', um jogo em casa, vindo de resultado adverso contra um equipe de qualidade, pode ser uma vitória de impulso para a equipe de Beto Almeida. O Caxias não é mais o mesmo, mas isso não importa, a equipe áreo-cerúlea tem o dever de vencer em casa a equipe que for.

Tiago Prado foi negocido e não compõe mais a zaga do Lobão, Jonathas ganhará mais uma vez uma chance. Jardel desfalca a equipe por suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo, a tendência é Jonas entrar no lugar, ainda podendo disputar a vaga com Jucemar. O fato é que não importa as mudanças que são feitas, o treinador não abre mão de manter o esquema, o que sempre é importante para ritmo de jogo da equipe.


Já no Bento Freitas e no Nicolau Fico a situação é um pouco mais adversa. Lanternas de sua chave, com apenas 7 pontos conquistados, as equiepes se enfrentarão mais uma vez. O Bra-Far fez bem ao xavente, que finalmente jogou bem, venceu, convenceu e marcou gols. Até jogadores que antes recebiam demasiadas críticas sairam aplaudidos no útimo jogo, caso de Belmonte e
Márcio Egídeo. Russo demostra personalidade sendo o líder da equipe dentro de campo, ao lado de Jair é um dos jogadores que não deixou a desejar nem nos piores momentos.

O fantasma tem a chance de revanche imediata contra o Brasil, fruto da tabela desorganizada e atrasada da segundona, mas o novo treinador precisará de muita calma para fazer a jovem time tricolor jogar o que sabe. O time também vêm evoluindo, mas talvez não seja o suficiente para avancar à próxima fase.


quinta-feira, 11 de março de 2010

Ronaldinho e a Copa (mais uma vez...)


A briga por Ronaldinho Gaúcho na Copa ganhou novo capítulo, agora que o Milan foi derrotado pelo Manchester United pela Champion's League. Gigantes compraram a discussão. Zagallo já havia defendido a CBF no caso apoiando a não-convocação do Gaúcho, e agora o próprio Presidente da República aparece defendendo Dunga.

Ambos defendem que Ronaldinho nunca foi decisivo com a camisa da seleção, e que sempre deixou a desejar. O jogo contra a Inglaterra, em 2002, que o dentuço, na época, com 22 anos, roubou a cena, teria sido sua única boa partida pela seleção.

Realmente, Ronaldinho nunca foi para a seleção o que foi pelo Barcelona, por exemplo. Mas alguém aqui tem dúvidas que o ridículo "quadrado mágico" de Parreira matou todos os jogadores envolvidos naquela formação esdrúxula? Com Ronaldo e Adriano fora de forma e Ronaldinho voando no Barcelona, alguém tem dúvidas que com outra formação e outro tipo de jogo, ele poderia ter feito grandes participações? Eu não tenho nenhuma.

E outra, quer dizer que Ronaldinho não tem lugar na seleção brasileira, mas jogadores limitados têm? Ou alguém também tem dúvidas que Josué estará na Copa? Ou Julio Baptista, banco na Roma, não poderia sair para a entrada do Gaúcho? Por mim, era até o caso de tirar Adriano, que aparentemente não consegue se manter focado por mais de meio ano, e colocar Ronaldinho. Não são as mesmas posições, mas colocar o dentuço na ponta-esquerda pode garantir boas atuações.

Eu quero Ronaldinho na Copa. Já vi do que ele é capaz. Ele merece.


● Pela Libertadores, o Corinthians empatou com o Independiente Medellín, em Bogotá, com um gol de Dentinho no fim. Bom, o resultado não reflete o jogo. O Independiente foi melhor, teve muitas mais chances, teve um gol mal-anulado - quando Roberto Carlos levantou a mão e a arbitragem foi na dele. O Corinthians dependeu muito da sorte para garantir seu ponto fora de casa, e, por mais que o Mano defenda seu time, jogou mal. Mas garantiu o primeiro lugar do grupo, e é isso que importa. Mesmo que sem merecer.

● O Flamengo foi à Venezuela e venceu o Caracas por 3 a 1, em um jogo marcado por superação. O time brasileiro vencia até ter um jogador expulso e sofrer o empate, mas correu atrás e garantiu a vitória com Vágner Love e Rodrigo Alvim. Continua 100% e mostra que é, mesmo, um dos candidatos ao título continental. Não sentiu a falta nem de Adriano.

● O Internacional joga hoje, em Quito, contra o Deportivo Quito, buscando manter o 100% e garantir o primeiro lugar no grupo. Seu principal rival, obviamente, a altitude, que pode ser o maior aliado. Fossati é mestre no Equador, sabe tudo como se joga futebol lá, e este será o trunfo colorado para vencer fora de casa na Libertadores.

Enquanto isso, na Copa do Brasil...

10 a 0 para o Santos. Que bola estão jogando os meninos da Vila. Ainda assim, quero esperar para falar se Robinho veio para jogar ou não, como eu achava antes. O rival foi o Naviraiense. Mas não tiremos os méritos. 10 a 0, que isso!