terça-feira, 30 de março de 2010

Terça Internacional: o pós-jogo.

Entre as duas partidas, escolhi aquela que prometia ser um jogão: Bayern de Munique vs Manchester United. Não me arrependi. Jogaço. Apenas na Liga dos Campeões vê-se futebol tão bem jogado, mas até na competição das estrelas são raras partidas deste calibre.

Começou tudo no 1º minuto. Logo na primeira jogada, cruzamento de bola parada de uma falta feita pelo argentino Demichelis, erro individual do mesmo Demichelis e gol de Wayne Rooney. Parecia mais um dia para o inglês que já marcou 34 gols na temporada. O que ele não esperava era encarar um adversário sem vontade nenhuma de perder.

No primeiro tempo, o jogo foi equilibrado. Os bávaros controlavam a bola, tinham a posse, ditavam o ritmo, mas no contra-ataque poucos times são mais letais que o Manchester. Cada ataque alemão rebatido virava uma chance de gol para o Manchester. Quando tentou adiantar a marcação, foi envolvido pelo Bayern, que também criava chances mas não conseguia empatar o jogo. Resumiu-se a chamar a equipe da casa para seu campo e apostar tudo em jogadas parecidas com as do primeiro gol.

Sem Robben, fora por lesão, o time não mostrava o mesmo tipo de perigo com seu substituo, Altintop. Mas não tem problema, Ribéry estava para jogo. O francês chamou a responsabilidade de maestro do Bayern e dos seus pés saíram jogadas que encantaram os espectadores. Mas volto a Ribéry em seguida. Saberão porquê.

Com o fim do primeiro tempo, Louis Van Gaal deve ter dado um bom sermão nos seus jogadores. Quando o time alemão voltou para a segunda etapa não precisou mais se preocupar nem com os contra-ataques ingleses. O jogo era dominado pelo Bayern. Parecia questão de tempo para sair o gol de empate. Mas o Manchester era o adversário, e todos sabem que com os diabos vermelhos não se brinca. A bola não entrava.

Demorou 32 minutos de domínio, dezenas de belíssimas trocas de passe alemãs, tentativas de contra-ataque ingleses sem sucesso, jogadas de efeito de Ribéry até Gary Neville tirar a bola de perto da zaga de Van der Sar com a mão. Ah, Van der Sar! Não posso dizer que foi sua melhor partida, porque não acompanhei a carreira do goleiro veterano como um todo. Mas que foi uma das melhores que eu vi, foi. Pegou tudo. O único motivo do empate não ter saído antes foi a eficiência do goleiro holandês.

Com a falta para o Bayern, Ribéry colocou a bola no chão, respirou fundo e mandou um balaço que parecia pronto para morrer no meio da barreira. Que nada. A bola desviou em Rooney e morreu no fundo das redes de Edwin Van der Sar. O estádio rendeu-se ao talento (e sorte) do francês, e os bávaros cantaram seu nome.

Após o gol, o time inglês pareceu acordar, e até os 46 minutos, o jogo foi lá em cá, mas a pressão alemã prevalecia. O time não desistiu, lutou, chutou, procurou o gol sem parar. E foi premiado. Olic, aos 46, rouba uma bola que não parecia apresentar perigo, entra correndo na área e só tira a bola de Van der Sar. 2 a 1. O Allianz Arena explode, Olic corre arrancando a camisa para celebrar, Louis Van Gaal comemora.

Jogaço. Ouvi muito na transmissão que "o empate é um resultado justo", sem esperarem o fim do jogo. Mas a vitória foi merecida. A partida era do Bayern. E que partida.
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No jogo entre Lyon e Bourdeaux, 3 a 1 para o Lyon. Eu acho que é difícil o derrotado reverter o resultado em casa, mas nunca se sabe. Michel Bastos fez boa partida e marcou gol.

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