
Já começou mais um semestre letivo em praticamente todas as universidades do país, e logo após o início das aulas, os calouros são recebidos calorosamente por seus veteranos. É algo muito antigo, mas ainda persiste na imbecilidade do ser humano cultivar a prática de trote na cultura universitária. Eu por sorte não tive trote por ser da primeira turma do meu curso, não poderia ter, segundo as regras da Faculdade de Letras, e se pudesse não aplicaria aos meus bixos.

Não é divertido sair sujo na rua, andar preso por uma cordinha e esmolar por moedas, andar fedendo mais que caminhão de lixo, ser submetido a outros tipos de humilhação.
Segundo os veteranos, o objetivo do trote é integrar os calouros aos demais alunos do curso. Uma festa com bastante álcool (desculpem-me os que não bebem) é mais divertida e faz a determinada função com mais eficiência que o trote sujo.
O mais incrível nisso tudo, é que o torturado um dia se torna torturador, ao invés de tentar abolir a prática que o humilhou, mas Paulo Freire explica bem isso no livro “Pedagogia do Oprimido”, o oprimido vira repressor.
É no mínimo uma perda de tempo.
O que não é perda de tempo é o trote solidário. Por sorte esse tipo de trote ainda é realizado e não deixado de lado.
tá cheio de erro de paralelismo sintático
ResponderExcluirOutro exemplo de oprimido que vira opressor é o exército e seus cabos e soldados, que sofrem humilhações, e depois de subirem de cargo fazem o mesmo ou pior com seus subordinados.
ResponderExcluirDe fato trote já é um costume cultural da nossa sociedade!
ResponderExcluirMas acredito que essa tua visão de trote é um pouco radical. Até onde sei, nos cursos em Pelotas, ninguém tem obrigação de levar ou dar trote. Eu já dei e recebi trote. É uma experiência diferente e interessante, ou talvez eu seja sadomasoquista!(risos)
E não podemos nos deixar levar por tudo que vemos na TV, é obvio que aquelas loucuras que aparecem na TV são muito exageradas, coisa de retardado. Mas um trote simples, apenas com sujeira, não vejo problema nenhum.
E vai te fude com paralelismo sintático. Que porra é essa?
Abraço.