sábado, 12 de dezembro de 2009

Parem com este papo


Escrito por Renan Silva


Começou com Ronaldinho, passou para Cristiano Ronaldo. A bola da vez é Messi. Não trata-se de uma jogada, que, diga-se de passagem, teria tudo para ser fantástica. Na verdade, até podemos entender como uma jogada, mas uma jogada totalmente mal ensaiada pela imprensa.


O primeiro alvo foi Ronaldinho. O gaúcho era incapaz de fazer na Seleção, o que na época fazia de sobra no Barcelona. O genial Ronaldinho do time catalão, não passava de um jogador importante com a camisa verde e amarela. Até lá eu acreditava nessa conversa. Tudo bem.


Mais tarde foi a vez de Cristiano Ronaldo. O “cara” do Manchester United, autor de belos gols e, principalmente, dribles, nem sempre objetivos é verdade, mas quase sempre espetaculares, não repetia as atuações ao lado dos companheiros portugueses.


Agora é Messi quem carrega o rótulo de “não render na seleção o mesmo que no seu clube”. Coitado do Messi. Além de enfrentar a mesma dificuldade dos outros dois craques citados, tem a missão de fazer chover em uma equipe desorganizada, desorientada e mal comandada como a Argentina.


Entretanto, meus caros parceiros da imprensa, não esqueçam algumas diferenças básicas entre seleção e clube. Qualquer jogador aqui mencionado atua em um grande clube, é verdade. Mas isso não significa que nas suas respectivas equipes, Messi, Ronaldinho e Cristiano Ronaldo terão sempre pela frente um adversário forte. E mesmo que tenham, não esqueçam que todo grande clube tem seu craque, mas também conta com atletas limitados - para pegar leve.


O mesmo, meus amigos, não acontece nas grandes seleções. Como se diz na gíria, algumas seleções “são um cano”. Sim. Sem defeitos. Do massagista ao atacante, todos desempenham sem erros suas funções. Ou a Itália em 2006 não era um time de respeito, sem “furos”?


Então, chega desse papo. Nenhum craque deixa de ser importante no seu país por não conseguir entortar os onze adversários nos jogos de seleções. A questão está na dificuldade. No fato do nível do confronto entre dois países ser superior ao de dois clubes. Ou alguém espera que na Copa, Cristiano Ronaldo e Kaká acabem com o jogo entre Brasil e Portugal? Duvido. Mas se for para calar minha boca, que Kaká seja o responsável. Afinal, existem exceções.

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