segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Time comum, resultados comuns


Um time jovem e com atletas desconhecidos. A receita vem de Caxias do Sul e atende pelas cores verde e branco. Não é a juventude da equipe que ocasia os maus resultados do Juventude este ano, mas a fragilidade da equipe. O nível técnico.

O Juventude não é mais o mesmo. Não tem mais a qualidade do time de 2009, muito menos da equipe do ano retrasado. Isso que, nos dois últimos anos, o clube acumulou dois rebaixamentos. Em 2008, o destaque era o goleiro Michel Alves, hoje no Ceará. No ano passado, o atacante Mendes, hoje no Sertãozinho, virou a grande esperança da Papada.

Hoje, nenhum defende o time da Serra. E o pior: nem o ataque, assim como o gol, foi reforçado à altura. A camisa 1 poderia ser vestida por Silvio Luiz, que não lembra mais o mesmo atleta do São Caetano. Sendo assim, Carlão e Tiago Rocha ainda lutam pelo posto.

A maior esperança de gols é depositada nos pés de Marcos Denner. Seu último clube foi o rival Caxias. E não poderia ser diferente. O atacante rodou o Brasil. Jogou na Portuguesa, Santo André, Criciúma, Flamengo, Fortaleza, entre tantos outros. Se encontrou no futebol de Caxias do Sul. É inteligente e faz gols, mas tudo isso, é claro, se comparado aos adversários da Série C. Recentemente, sofreu no Bento Freitas enfrentando o aguerrido zagueiro Alex Martins - o defensor levou a melhor.

A grande estrela da equipe é o meia Zezinho. Defende a base da Seleção, demonstra habilidade e velocidade, com apenas 17 anos. No entanto, tem apenas 17 anos! Jovem demais para comandar uma equipe... Na falta de experiência, Lauro (foto) aparece para suprir a necessidade. Ídolo do clube, o volante ainda mostra que pode acrescentar positivamente na equipe. Embora considerado um atleta importante, não faz a diferença.

Aliás, o que falta na equipe é o diferencial. O Juventude não se sobressai como anteriormente, pelo menos em nível estadual. O meio-campo conta ainda com Edenilson, com passagem pelo Brasil de Pelotas que disputou o Gauchão após o trágico acidente. O atleta, de apenas 22 anos, mostra qualidade com a bola nos pés, tem técnica, mas pouco diferencia-se de outros tantos bons jogadores do interior gaúcho: Maicon Sapucaia (Pelotas), Pedro (São José), Miro Bahia (Avenida), Marcelo Costa (Caxias), Rodrigo Mendes (Novo Hamburgo). A maioria, aliás, com mais talento que o atleta do Juventude...

Na lateral, aparece o limitadíssimo Calisto, com passagens muitos ruins por Vasco e Atlético-MG. E assim, com jogadores comuns, os resultados são simples. Para um torcedor mal acostumado, fica difícil aturar. Resta para a Papada torcer para que no confronto contra o Internacional, histórias como a de 2008 não se repita.

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