
Com essa frase, D'Alessandro deu números finais para o confronto de Internacional e Pelotas, pegando uma bola de rebote e garantindo a virada colorada. A vitória de 3 a 2 do Inter rendeu a taça Fábio Koff e lugar na final absoluta do Gauchão 2010 contra o Grêmio.
O jogo.
No primeiro tempo, o Pelotas demonstrou a estratégia do seu técnico, Beto Almeida, para arrancar mais uma vitória em Porto Alegre. O Inter foi para cima e o Pelotas marcou dois gols em contra-ataques, pegando a defesa, em ambas as vezes, desorganizada. No primeiro gol, aos 30 minutos do primeiro tempo, Clodoaldo encobriu o arqueiro alvirrubro e incendiou a torcida áureo-cerúlea.
O Inter não se desesperou, colocou a bola no chão e parecia pronto para o empate. Mas, em novo contra-ataque, aos 39 minutos, Alex Dias acreditou, correu mais que todo mundo e colocou a bola no meio da área, com o goleiro já batido, para Clodoaldo empurrar para o gol. Pelotas 2 a 0. Parecia que o lobão pelotense vencia mais uma.
Mas o Inter jogava bem. E, aos 43, em escanteio, Andrezinho colocou no meio e Bolívar, sem marcação, mandou de primeira no cantinho do goleiro Jonatas. Golaço e início da reação colorada. O Inter motivou-se, e partiu para o intervalo com apenas um gol de desvantagem e o segundo tempo na cabeça.
Inter volta pegando fogo, e Pelotas chama o adversário.
Beto Almeida foi inteligente ao definir a tática do seu time no primeiro tempo, mas no segundo tempo não conseguiu fazer o mesmo, exagerou na retranca e limitou-se a defender. Chamou o Internacional para o ataque.
A pressão era desorganizada, até que Fossati mostrou que também tem estrela e fez as três substituições essenciais para o jogo. Walter entrou no lugar de Giuliano, de atuação fraca, e de cara partiu para o ataque, abusado e puxando para as pontas. Edu e D'Alessandro entraram no lugar de Taison e Andrezinho.
Logo em seguida, em escanteio, D'Alessandro cruzou na medida e Edu mandou para o gol de Jonatas. 2 a 2 e o Pelotas se desesperou.
Apenas se defendendo como podia e atacando sem a mínima atenção, o Pelotas foi displiscente e deu um contra-ataque para o Inter. Glaydson mandou uma bola longa para D'Alessandro, que acionou Alecsandro também de longe. O centroavante colorado foi abafado por uma péssima saída de Jonatas, que deu espaço para o argentino D'Alessandro mandar de direita e garantir o 3 a 2 e a virada colorada.
A torcida explodiu, D'Alessandro correu para a torcida, mostrou a camisa e berrou que o titular era ele. Naquele momento, depois de sua boa atuação, é fácil. Basta ver se vai se repetir.
Muito para se tirar.
Se o Pelotas não foi o campeão, pelo menos demonstrou ter uma força que antes era inimaginável de um time do interior. Há quanto tempo um time de Pelotas não chegava a uma final de campeonato? É difícil até para o mais estudioso dos jornalistas esportivos dizer.
Não há vergonha nenhuma em perder de um dos maiores times do estado. Há apenas o orgulho de ter chegado até lá, ter assustado o dono da casa e poder ostentar uma campanha invejável. O Pelotas montou uma boa equipe, e só o que nos resta agora é esperar para isso tornar-se um padrão. Para o bem da cidade, do futebol do estado e de todos nós que pudemos ver um ótimo campeonato gaúcho, tomara que isso torne-se um padrão.
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CAMPEÕES E ATUAÇÕES
● No Rio de Janeiro, o Botafogo foi o campeão estadual, em cima do Flamengo e seu astro - aparentemente, mais uma vez - decadente, Adriano, que chegou a perder pênalti. Pelo lado do Fogão, 2 a 1 com dois gols de pênalti, Herrera e Abreu, o segundo de cavadinha.
● Em São Paulo, o Santos venceu por 3 a 0 o tricolor. Joga por música esse time do Santos. Parece que Robinho queimou minha língua, mas o time inteiro joga muita bola. Com destaque, obviamente, para a cabeça de toda operação, Ganso, a habilidade, Neymar e o banco, Madson, que seria titular absoluto em grande parte dos grandes times brasileiros.
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