sábado, 21 de novembro de 2009

Mané Garrincha


O Anjo das Pernas Tortas. Assim que Manuel Francisco dos Santos, ou simplesmente Mané Garrincha, foi apelidado pelo povo brasileiro. Por muitos foi considerado o melhor ponta-direita da história do futebol. Com seus dribles desconcertantes e muita agilidade, foi campeão de 2 Copas do Mundo pelo Brasil. Em 58 na Suécia e 62 no Chile.

Mané nasceu em Pau Grande-RJ, em 28 de outubro de 1933, e com 14 anos começou a jogar no Pau Grande Futebol Clube. Após ser rejeitado no Vasco da Gama por ter as pernas tortas, ele fez um teste no Botafogo-RJ, em 1953, e no primeiro lance com bola deixou no chão Nílton Santos, que na época já era um jogador renomado.

A partir dali começou uma carreira de muito sucesso. Garrincha foi conquistando seu espaço no cenário nacional e não demorou muito para ser chamado à seleção brasileira. Na sua estréia com a “amarelinha”, em 1955, Mané já foi fazendo o que sabia fazer de melhor. Driblar todos com uma frieza rara de se ver. Ainda mais por vestir a camisa da seleção, que na época era a maior honra que um brasileiro poderia ter.

Na Copa de 58 Garrincha ficou fora dos 2 primeiros jogos, mas os próprios jogadores da seleção convenceram o técnico Vicente Feola a incluí-lo como titular. Na sua estréia ele deu 2 passes para os 2 gols da vitória do Brasil sobre a Rússia. E depois que entrou não saiu mais. Garrincha junto com o grupo de jogadores venceram a primeira Copa do Mundo para o Brasil, e deram a maior alegria ao povo brasileiro.

Na Copa de 62, Garrincha já era uma unanimidade entre o mundo todo. Junto com Pelé, formava o melhor ataque de todos os tempos. Porém Pelé se contundiu no inicio da Copa, e Garrincha teve que assumir toda a responsabilidade. Nas quartas-de-final, marcou dois na vitória de 3 a 1 sobre a Inglaterra, e na semi marcou mais 2 na vitória de 4 a 2 sobre o Chile. Mas antes da partida terminar, o ponta-direita foi expulso. A seleção recorreu da expulsão e na final ele estava de volta em campo para enfrentar a Tchecoslováquia. Resultado: 3 a 0 para o Brasil.

No ano seguinte a Copa de 62, Mané teve que operar o joelho, e nunca mais recuperou o seu futebol de qualidade. Com turbulências familiares, e a vida pessoal exposta, Garrincha disputou a Copa de 66 e teve em seu último jogo pela seleção, a única derrota com a camisa do Brasil. Um derrota de 3 a 1 para a Hungria fez com que a seleção brasileira fosse embora mais cedo do Mundial.

Mais tarde, chegou a jogar pelo Corinthians, Flamengo, Olaria e o Red Star, da França. Mas, além do joelho, outro problema afetava seu desempenho em campo, o alcoolismo, que depois de algum tempo lhe rendeu uma cirrose.

Mané Garrincha se aposentou dos gramados em 1972, depois de uma carreira de 19 anos. Com uma saúde prejudicada, o jogador morreu pobre, num hospital, em decorrência de problemas causados pelo álcool em janeiro de 1983 aos 49 anos. Mas a sua obra vai ser lembrada para sempre, pois ele é até hoje um ídolo de todos os brasileiros que viram suas jogadas e acompanharam seus feitos. Um grande ídolo nunca morre, pois vive através de suas histórias pela eternidade.

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