República na Copa: dia 4

Nestes dias que se passaram, o mundo da bola ferveu. Inter tem novidades, NBA tem novidades, e, obviamente, a Copa pegou fogo.

Alemanha 4 x 0 Austrália: No placar mais elástico até agora, o jogo também foi de qualidade. A Alemanha estudou seu adversário por um tempo suficiente para perceber sua fraqueza defensiva e foi para cima. Os alemães dominaram a partida, os Socceroos, e, afinal, o placar. Gols de Podolski, Klose (que deixou de fazer outros dois presentes do time), Muller, em um golaço, e Cacau, o brasileiro naturalizado alemão.

Gana 1 x 0 Sérvia: Um jogo fraco tecnicamente, como muitos outros desse início de Copa. O gol saiu de pênalti, em uma tentativa bizarra de alcançar a bola que resultou em um toque de mão. Gana, ainda assim, não mostrou um futebol de muita qualidade. No grupo D, Gana obteve três pontos importantes, que podem ser decisivos para sua classificação. A outra vaga, obviamente, é da Alemanha.

Eslovênia 1 x 0 Argélia: Mais um jogo fraco tecnicamente. O melhor lance foi o lance do gol. Apenas isso. E um frango. O goleiro argelino jogou-se em direção a bola sem esticar os braços, buscando empurrá-la para fora. Acabou levando o gol. Mais duas seleções na Copa que preocupam-se em não tomar gols antes de marcá-los. É o padrão, e o padrão que espera-se de várias outras seleções que ainda não entraram em campo. Mas tem uma que tem toque de bola e busca o resultado, essa sim, seria...

...a Holanda 2 x 0 Dinamarca: Com Holanda, todos sabemos o que esperar. Um futebol ofensivo, de toque de bola, lances magníficos e, no geral, chocolate para os olhos. Mesmo assim, demorou um tempo inteiro para sair o primeiro gol, que veio com 1 minuto da segunda etapa. E, detalhe: gol contra! Mas não foi o suficiente para impedir a boa atuação da Laranja Mecânica, que controlou a defensiva (outra) seleção da Dinamarca o tempo suficiente para garantir a vitória.

Pela tarde, a campeã Itália encontra o Paraguai. Promete ser um bom jogo. Primeiro, porque Paraguai fez uma boa campanha nas eliminatórias sul-americanas. Segundo, porque a Itália só decai. Do seu futebol campeão do mundo em 2006 - conhecido pela solidez defensiva -, pouco se vê. Enquanto ainda é forte na defesa, é inefetivo no ataque, tem problemas para criar suas jogadas. Falta, inclusive, renovação. Portanto, reconhecendo as qualidades do Paraguai e as dificuldades do suposto favorito, o jogo só pode ser bom. Ou muito fraco. Vai saber...

E na terrinha, como vão as coisas?

● Por aqui, temos destaque para quem chega. O Internacional tem um novo técnico. Celso Roth. Acho que trocaram 6 por meia-dúzia. Entre ficar com Jorge Fossati e contratar Celso Roth, seria adequado manter Fossati. Seus estilos são parecidos, e Fossati, afinal de contas, levou o time à semi-final. Mesmo com mais sorte do que juízo. Para chegar à final, agora com Roth, o Inter vai precisar de juízo e qualidade. Essa qualidade a diretoria espera alcançar com a volta de Rafael Sóbis, possível contratado. As vantagens de Celso Roth vão para o setor motivacional. Conhecido por fazer bons trabalhos no início e motivar o elenco, o treinador gaúcho pode contar com a vantagem de o Inter precisar de apenas 4 jogos para ser campeão. Resta esperar...

● Não na terrinha, mas na terra do Tio Sam, a NBA pegou fogo ontem à noite. As finais, disputadas pelo Los Angeles Lakers contra o Boston Celtics, dirigem-se para o fim. Após começar perdendo a série por 1 a 0, o Boston conseguiu ontem virar e alcançar a vantagem pela primeira vez. Vencendo o jogo 5, a série está 3 a 2. O detalhe é que os próximos dois jogos são em Los Angeles. Ganhando um deles, o Celtics garante seu décimo oitavo título. É o maior vencedor da NBA. O próximo promete ser um jogaço! Vale a pena ver!