Sábado marcou o início do Gauchão. O mais interessante, entretanto, veio um dia depois. Para os pelotenses, a volta do Pelotas, para os gaúchos em geral, a estreia de Grêmio e Inter. E os felizardos do dia foram os eternos rivais. Por um pequeno detalhe: 45 minutos.
Na Boca do Lobo o clima era de festa, não poderia ser diferente. Com o início da partida a tensão ganhou espaço. Mas um gol logo aos dois minutos, convertido por Sandro Sotilli, deu impressão que a volta áureo-cerúlea poderia ser triunfal. O jogo era aberto e o vencedor, até aquele momento, viria da equipe com maior competência no último passe.
Essa equipe foi o Pelotas. Aos trinta minutos Sotilli coloca Tiago Duarte em boas condições de finalizar e o camisa 7 converte. Explosão de alegria. Bobinas, bandeiras, gritos, fumaça. Para retribuir, dois minutos depois os papeis se inverteram. Parecia normal: 2 a 0 Pelotas. Gol de Sotilli. Explosão de alegria. Bobinas, bandeiras, gritos, fumaça.
A fumaça nas cores azul e amarelo pareciam uma neblina, daquelas que nos impede enxergar abismos. Após um primeiro tempo equilibado, em que o Pelotas deu um "show de competência" (comentário oportuno de Elias Surita na TV UCPel), o Lobo ia para o intervalo com dois tentos de vantagem.
O segundo tempo comprovou teorias, fatos e argumentos. O Grêmio voltou para os últimos 45 minutos como terminou o primeiro: pressionando. Mas agora com maior poder ofensivo. Henrique, um jogador que não deverá se firmar no tricolor, pelo menos como lateral, deixou o campo no intervalo. Jonas foi o substituto, mas na prática, na função de Henrique entrou Leandro, antes utilizado com meia.
Silas foi inteligente. A mudança foi precisa. O Grêmio assustava. E aos 7 minutos o tricolor teve um pênalti. Jonas cobrou no canto e nesse momento a vitória estava ameaçada. Aos 21 Dick foi expulso e ficou impossível segurar. Foi normal ver o Grêmio empatar aos 35 com Borges e virar, aos 38, com Maylson. A torcida áureo-cerúlea não se calou, mas diminui a intensidade da festa. A fumaça se foi e ficou notável aquele abismo antes citado.
Grêmio e Inter são muito superiores aos times do interior. Na teoria, sim, mas o Grêmio colocou isso em prática. Quanto ao Internacional, goleada de 4 a 2, mesmo com o time B, sobre o Ypiranga. Fica a expectativa de descobrir quem será o campeão: Grêmio ou Inter?
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