sábado, 23 de janeiro de 2010

Eu digo não à banalização!


Ultimamente, o que mais se vê é a palavra "craque". Em seguida, vem o termo "clássico". Cada vez mais, utilizamos estes dois termos, para falar sobre qualquer jogador bom e qualquer confronto entre dois times tradicionais.

Por que isso? Não é porque, eventualmente, em sua história centenária, o Grêmio enfrentou o Corinthians numa final de Copa do Brasil que qualquer jogo entre os dois clube será um clássico brasileiro! O mesmo vale para Inter e Vasco. Enfrentaram-se numa final de campeonato brasileiro, mas ninguém diz "ah, um grande clássico, não tem como perder" sempre que as equipes enfrentam-se.

Embora grande parte ache isso, a imprensa continua criando dérbis onde antes existia até simpatia e craques para todo e qualquer time. Eu, eventualmente, farei parte desta imprensa, talvez esportiva, talvez não, mas tentarei ao máximo evitar esta banalização, não importa sob qual circunstância.

E os craques? O técnico do selecionado brasileiro, Dunga, uma vez disse: "craque que é craque decide 7 jogos em 10". Tomemos como exemplo Carlos Alberto, do Vasco, já citado nos clássicos, e que subiu recentemente para a Série A. Tem futebol, todos sabemos. Sente-se confortável com a bola. É craque? Não. Não é tão essencial nem nunca foi quanto o esperado de um craque para o time em que joga. Diferenciado, pode até ser, mas daí não é tão difícil achar. Agora, craque... craque é outro nível.

Um jogador, para estar no mesmo patamar de famosos grandes craques históricos, tem que ter um "quê" a mais. Ou alguém colocaria Carlos Alberto ao lado de jogadores como Falcão, Zidane, Zico? E, recentemente, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho?

Por isso eu digo: já chega de banalização! Já chega! Eu não quero ver clássicos a todo momento. Nem todo jogo da primeira divisão precisa ser um dérbi! Até temos clássicos brasileiros, é claro... como Grêmio x Palmeiras ou Inter x Cruzeiro... mas o que dá gosto mesmo são os regionais. GreNal! Atletiba! Palmeiras e Corinthians, Guarani e Ponte Preta, Cruzeiro e Atlético, BaVi!

E já chega de craques! Eu não quero que a cada dois anos apareça um novo Pelé no Santos. Eu não quero que chamem um jogador bom, mas completamente sem importância para a história de um clube de craque. Eu quero ver é um maestro detentor de todas jogadas, gols e brilhantes atuações, decidindo jogos a torto e a direito, e, depois de certo tempo dedicado a fazer seu nome, todos apontemos para ele, e, com a boca cheia, possamos falar:

"Esse é craque. Craque."

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