
Quem acompanhou os jornais gaúchos durante o início da temporada 2010 sabe da novela Maxi Lopez. O atacante argentino, que jogou no Grêmio em 2009, quebrou o pré-contrato estabelecido com o clube gaúcho para assinar com algum time da Europa.
Para garantir sua parte do acordo, o Grêmio pagou 1,5 milhão de euros, comprando 50% dos direitos econômicos do atacante. Mesmo assim, Maxi não se apresentou ao clube detentor dos seus direitos, o FC Moscou, e foi direto para a Itália, onde assinou com o Catania.
Informada por telegrama, dia 4 de janeiro, que Maxi não jogaria mais no RS, a diretoria tricolor movimentou-se, procurando punir judicialmente o argentino e o clube que o contratasse, recorrendo inclusive à Fifa para tentar reaver seu dinheiro e exercer seus direitos.
Mesmo que neste caso o culpado exclusivo pela lambança tenha sido Maxi Lopez, não podemos parar para pensar que a falta de acerto passa também pela política do Grêmio de emprestar jogadores. Apenas recentemente a diretoria do clube começa a assinar contratos de longa duração. A dificuldade do Grêmio de manter um time consistente a cada temporada reflete as péssimas administrações que transformaram dois ou três negócios difíceis em um condomínio de credores.
O atacante argentino quebrou o seu pré-contrato e foi irresponsável quanto aos documentos em que assinou seu próprio nome. Mas, como um jogador de 25 anos, queria buscar seu espaço onde todos querem, o cenário europeu. Com condições, salários e competições de altíssimo nível. Além disso, aparentemente sofria pressão da esposa, Wanda Nara, que desejava voltar ao velho mundo.
No fim das contas, quem paga o pato é a diretoria, que não foi incompetente neste caso, e agora busca prejudicar a empreitada de Maxi na Itália.
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Curtinhas:
* Leandro Damião foi um dos jogadores do time B promovidos ao Inter A. Vai jogar a Libertadores. Pelo que mostrou nos dois primeiros jogos do Gauchão, é centroavante eficiente. Promete.
* Douglas, ex-Corinthians, está próximo do Olímpico. Boa iniciativa da direção, que busca formar elenco, coisa que há tempos o Grêmio não tem.
* O Pelotas, pelo Gauchão, mostrou o que aqueles que acompanham de perto já sabem: o time é forte e não vai desistir fácil de uma vaga no mata-mata.
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